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“8: Aprender”, Encontrar Forças no Senhor: Resiliência Emocional, 2021

“8: Aprender”, Encontrar Forças no Senhor: Resiliência Emocional

Aprender — Tempo máximo: 60 minutos

1. Relacionamentos são importantes

Leia:

À medida que desenvolvemos relacionamentos afetuosos com outras pessoas, nossa saúde física, mental e espiritual é fortalecida. O Pai Celestial quer que O amemos e também àqueles à nossa volta. Nossa família e nossos amigos nos amam e podem oferecer o apoio, o incentivo e os comentários sinceros que precisamos para enfrentar com êxito os desafios da vida. O adversário quer nos isolar uns dos outros e impedir que sejamos abençoados com nossos relacionamentos.

“O profeta Joseph Smith ensinou que ‘a amizade é um dos grandes princípios fundamentais do ‘mormonismo’ (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 487). Essa ideia deve inspirar e motivar todos nós, porque sinto que a amizade é uma das necessidades essenciais do mundo. Acho que dentro de nós existe um desejo profundo de ter um amigo, um grande anseio de satisfação e segurança que os relacionamentos íntimos e duradouros podem proporcionar” (Marlin K. Jensen, “Amizade: Um princípio do evangelho”, A Liahona, julho de 1999, p. 74).

Debata:

Que benefícios proporcionados por relacionamentos próximos e afetuosos você já observou?

2. Desenvolva relacionamentos

Leia:

Ao desenvolver relacionamentos, devemos tomar a iniciativa de nos aproximar das pessoas e tolerar as diferenças. Podemos desenvolver relacionamentos por meio de coisas “pequenas e simples” (Alma 37:6). Dedicar tempo para criar relacionamentos de qualidade é mais importante do que a quantidade. Descobriremos que há mais alegria na vida quando desenvolvemos relacionamentos próximos com algumas pessoas em quem confiamos do que quando mantemos relacionamentos superficiais com muitas pessoas. Não há nada errado em ter muitos amigos, mas não devemos supor que ter mais amigos é o que traz alegria.

Leia a lista a seguir para ver outras maneiras de criar e desenvolver relacionamentos com os outros.

Tenha um interesse verdadeiro pelas pessoas. Aprenda o que elas gostam ou o que mais as agrada. Não precisamos ter os mesmos interesses, mas podemos aprender a valorizar o que interessa a elas.

Sorria. A felicidade não depende do que está acontecendo à nossa volta, mas, sim, da maneira como respondemos às nossas circunstâncias. Sorrisos são gratuitos e são uma ótima maneira de fazer as pessoas se sentirem melhor.

Lembre-se do nome das pessoas. O nome de uma pessoa é o som mais importante para ela, quer a pessoa perceba ou não. Saber o nome de alguém pode ajudar essa pessoa a se sentir valorizada e importante.

Seja um bom ouvinte. Incentive as pessoas a falar sobre elas mesmas. As pessoas se sentem valorizadas quando alguém as ouve. A maneira mais fácil de fazer com que as pessoas queiram conversar com você é ser um bom ouvinte. Para ser um bom ouvinte, você deve se importar com o que os outros têm a dizer.

Tente sinceramente fazer com que as pessoas se sintam importantes. A regra de ouro é tratar as outras pessoas da maneira como gostaríamos de ser tratados. As pessoas gostam de se sentir importantes — gostam de sentir que o que dizem ou fazem é importante para outras pessoas. Você pode dar o melhor de si para ajudar as pessoas a se sentirem importantes, praticando as ideias listadas aqui.

Leia:

“Edificamos esse relacionamento com uma pessoa por vez — tendo sensibilidade para com as necessidades das pessoas, servindo a elas e doando-lhes nosso tempo e nossos talentos. Fiquei impressionado com uma irmã que, mesmo enfrentando os desafios da idade e da doença, decidiu que, embora não pudesse fazer muito, poderia ouvir. Então, toda semana, ficava atenta a pessoas que pareciam preocupadas ou desanimadas e passava algum tempo com elas, ouvindo. Que bênção ela foi na vida de tantas pessoas” (Dieter F. Uchtdorf, “As coisas que mais importam”, A Liahona, novembro de 2010, p. 22).

Pondere:

Pense em alguém com quem você pode desenvolver um relacionamento mais sólido. Considere as ideias anteriores desta seção e o conselho do presidente Uchtdorf e anote maneiras de aplicar o que aprendeu para edificar esse relacionamento.

3. Seja compreensivo, não crítico

Leia:

Todo mundo julga as situações e as pessoas, inclusive as ações de membros da família. O presidente Uchtdorf explicou: “Ao nos sentirmos magoados, nervosos ou invejosos, é muito fácil julgar os outros, em geral presumindo motivos torpes em suas ações para justificar nossos próprios ressentimentos” (Dieter F. Uchtdorf, “Os misericordiosos obterão misericórdia”, A Liahona, maio de 2012, p. 70). “E agora, meus irmãos, vendo que conheceis a luz pela qual podeis julgar, luz essa que é a luz de Cristo, tende cuidado para não julgardes erradamente; porque com o mesmo juízo com que julgardes, sereis também julgados” (Morôni 7:18).

Debata:

De que maneira ser compreensivo e menos crítico influencia nossa felicidade?

Leia:

Imagine que você vê um pai com quatro crianças pequenas. Elas são barulhentas e incomodam você e todos ao redor. O pai parece não ter percebido ou está distraído, desatento ao comportamento das crianças que está incomodando as pessoas ao redor delas. Após algum tempo, o pai olha para as crianças e fala bravo com elas para ficarem quietas.

Debata:

Em grupo, debatam o que seria um julgamento crítico. Criem explicações compassivas para o que pode ter levado o pai a agir daquela maneira. O que vocês poderiam fazer para ser mais compreensivos e menos críticos?

4. Comunique-se com mensagens do tipo “Eu”

Leia:

Desentendimentos e diferenças com outras pessoas são parte natural do desenvolvimento de um relacionamento. Isso pode ocorrer devido a diferenças de valores, opiniões, percepções, motivações, desejos e ideias. Aprender a lidar com essas diferenças de maneira saudável pode fortalecer seu relacionamento com as pessoas e ajudá-lo a desenvolver empatia e paciência. A resolução saudável de um conflito é mais provável de ocorrer quando os indivíduos se sentem seguros e valorizados. Embora as diferenças sejam normais, elas não precisam levar à discórdia. É a discórdia durante um conflito que causa um problema.

Quando ocorrem diferenças pessoais, talvez você tenha dificuldade para comunicar seu ponto de vista de maneira clara sem agravar o problema. Usar uma mensagem do tipo “Eu” pode ajudar a manifestar suas preocupações, seus sentimentos e suas necessidades de uma maneira mais fácil para que o ouvinte ouça e entenda. Uma mensagem do tipo “Eu” se concentra em seus próprios sentimentos e experiências e não está relacionada à sua perspectiva do que a outra pessoa fez ou deixou de fazer.

A primeira parte de uma mensagem do tipo “Eu” identifica e expressa seus próprios sentimentos, o que é essencial na abordagem de um conflito ou desentendimento. Ela ajuda a diminuir os sentimentos defensivos e torna mais fácil para um lado ouvir o outro. Leia os exemplos a seguir de como transformar uma recriminação com “você” em uma mensagem com “eu”.

Exemplos de mensagens com “Você”

Exemplos de mensagens com “Eu”

Exemplos de mensagens com “Você”

“Você nunca escuta e não está me escutando agora.”

Exemplos de mensagens com “Eu”

“Fico magoado quando acho que não sou compreendido. Manter o contato visual faz com que eu sinta que você se importa.”

Exemplos de mensagens com “Você”

“Você não tem consideração e foi negligente não avisando que não chegaria para o jantar.”

Exemplos de mensagens com “Eu”

“Sinto que não sou importante quando você não vem para o jantar e não me liga. Também me preocupo que algo possa ter acontecido com você.”

Debata:

Quais são as diferenças entre as mensagens do tipo “Você” e “Eu”?

Leia:

Quando você dedica parte de seu tempo para comunicar seus sentimentos a alguém, talvez você sinta que a outra pessoa tenha a responsabilidade de realizar seus desejos. Mas, mesmo quando você comunica seus sentimentos para outros, seus sentimentos e desejos continuam sendo sua responsabilidade. Quando sua mensagem do tipo “Eu” não produz o resultado desejado, você pode agir afetuosamente para criar o resultado esperado em vez de guardar ressentimento.

5. Seja caridoso

Leia:

“Sejam quais forem os problemas que sua família esteja enfrentando, seja o que for que você precise fazer para solucioná-los, o princípio e o fim da solução é a caridade, o puro amor de Cristo. Sem esse amor, até as famílias aparentemente perfeitas enfrentam dificuldades. Com ele, até as famílias com muitos problemas têm sucesso” (Dieter F. Uchtdorf, “Em louvor dos que salvam”, A Liahona, maio de 2016, pp. 79–80).

Assista:

Amor Eterno”, disponível em srs.ChurchofJesusChrist.org/videos [04:16].

Pondere:

Quem você conhece que poderia se beneficiar de sua caridade? Por quê?

Leia:

O Senhor nos deu conselhos sobre como desenvolver relacionamentos por meio do documento inspirado “A Família: Proclamação ao Mundo”. Ele ensina que relacionamentos bem-sucedidos são “estabelecidos e mantidos sob os princípios da fé, da oração, do arrependimento, do perdão, do respeito, do amor, da compaixão, do trabalho e de atividades recreativas salutares” (“A Família: Proclamação ao Mundo”, ChurchofJesusChrist.org).

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