Unidade 9: Dia 4
Êxodo 12–13
Introdução
Depois de avisar ao faraó que “todo o primogênito na terra do Egito” morreria (Êxodo 11:5) — ou seja, todos os primogênitos do sexo masculino, tanto seres humanos como animais —, Moisés disse aos israelitas o que fazer para escapar da praga. O Senhor explicou que a festa dos pães ázimos, ou a Páscoa, passaria a ser um dia em que se comemoraria a libertação de Israel do cativeiro egípcio. A ordenança da Páscoa ajudaria os israelitas a aguardarem a vinda do Messias e a libertação dos filhos de Deus da morte espiritual e física.
Êxodo 12
O Senhor institui a Páscoa
Se possível, para aprofundar-se no estudo da Páscoa, antes de começar a estudar a lição, você poderia conseguir estes alimentos: (1) algumas bolachas água e sal, pão sírio ou outro tipo de pão para representar os pães ázimos; (2) um pouco de salsa, coentro ou outra erva culinária para representar as ervas amargas e (3) um pedaço pequeno de carne assada ou cozida para representar o cordeiro. Se não for possível conseguir esses alimentos, quando chegar o momento certo da lição, imagine que os está comendo.
Você se lembra de quais foram as dez pragas do Egito? Qual foi a décima e última praga? Leia Êxodo 11:5–6 e descubra como o Senhor descreve qual seria o resultado da décima praga.
O Senhor deu instruções bem específicas que os israelitas precisariam seguir para escapar da praga. Leia Êxodo 12:2–14 e procure as instruções do Senhor para que as famílias israelitas escapassem da praga. Você pode marcar o que encontrar.
De acordo com o versículo 11, que nome o Senhor deu à refeição da qual os israelitas deviam comer?
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No diário de estudo das escrituras, no alto da página, escreva o título Páscoa. Você fará mais anotações nessa página ao estudar a Páscoa.
De acordo com os versículos 12–13, por que essa refeição foi chamada de Páscoa?
O cordeiro, o sangue, as ervas amargas e os pães ázimos usados na refeição da Páscoa eram símbolos para ensinar os israelitas a verem a mão do Senhor em sua libertação.
Para ajudá-lo a analisar e entender esses símbolos, primeiro coma (ou imagine-se comendo) as ervas amargas. Em sua opinião, qual é o gosto delas?
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No diário de estudo das escrituras, anote ervas amargas sob o título “Páscoa” e, depois, responda às seguintes perguntas por escrito:
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Que parte da vida dos israelitas tinha sido amarga? (Ao comer as ervas amargas, os israelitas deviam lembrar-se da amargura do cativeiro no Egito.)
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O que mais as ervas amargas poderiam simbolizar quanto à vida espiritual dos israelitas?
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Ao comer as ervas, ou imaginar o quanto são amargas, pense nos momentos em que sentiu a amargura de seus pecados.
O pecado nos coloca em um cativeiro semelhante ao de Israel no Egito e nos impossibilita de voltar à presença de Deus.
Anote pães ázimos em seu diário de estudo das escrituras, depois do que escreveu sobre as ervas amargas.
Você sabe o que é levedo? (Levedo é fermento e produz bolhas de ar na massa, o que faz o pão crescer. Além disso, é o levedo que faz com que o pão se estrague e mofe.) Na Bíblia, às vezes, o levedo é usado como símbolo de corrupção e pecado.
Leia Êxodo 12:15 e descubra o que os israelitas precisavam fazer com todo o levedo que tivessem em casa. Você pode marcar o que encontrar.
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No diário de estudo das escrituras, abaixo de “pães ázimos”, escreva o que acha que poderia simbolizar o ato de desfazer-se de todo o levedo (ou fermento) que houvesse em casa e de comer apenas os pães ázimos.
Coma ou imagine que está comendo um pão ázimo. O que você observa, ou imagina, que acontece com o sabor das ervas amargas ao comer o pão ázimo?
No diário de estudo das escrituras, anote a palavra cordeiro depois daquilo que escreveu sobre os pães ázimos. Lembre-se de que Êxodo 12:5 diz que cada família precisava sacrificar um cordeiro macho sem mácula.
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No diário de estudo das escrituras, abaixo da palavra “cordeiro”, escreva o que acha que o cordeiro poderia simbolizar e em que, em sua opinião, os israelitas deviam pensar ao comer a carne de cordeiro.
Coma ou imagine que está comendo da carne de cordeiro e medite sobre o sacrifício que Jesus Cristo fez para livrar você de seus pecados. Talvez você perceba que o sabor da carne elimina todo o amargor que ainda reste do sabor das ervas. Pondere sobre o que os israelitas poderiam aprender sobre o Salvador ao comer a carne de cordeiro.
Leia Êxodo 12:21–23 e identifique o que o Senhor faria pelas famílias que passassem o sangue do cordeiro na verga da porta. O mero sacrifício do cordeiro não garantia proteção contra o anjo destruidor. A promessa de proteção só se referia a quem marcasse devidamente a porta de casa com o sangue do cordeiro.
Pense em qual seria o tipo de morte da qual os israelitas foram poupados na noite da primeira Páscoa.
De que tipos de morte todos nós precisamos ser salvos?
Todos precisamos ser salvos tanto da morte física como da espiritual. A morte espiritual é estarmos separados de Deus.
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No diário de estudo das escrituras, abaixo do que escreveu sobre o cordeiro, escreva o que representa, em sua opinião, o cordeiro que salvou os israelitas da morte. Depois, responda às seguintes perguntas:
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Por que era importante que os israelitas não apenas sacrificassem um cordeiro, mas também fizessem algo com o sangue do animal?
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O que podemos fazer para sermos protegidos da morte espiritual da mesma forma que os israelitas que passaram o sangue do cordeiro na verga da porta foram protegidos da morte física?
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Podemos aprender esta doutrina por meio da simbologia da Páscoa: Por meio do sangue expiatório de Jesus Cristo e de nossa obediência a Seus mandamentos, podemos ser libertados da morte física e da espiritual.
Leia Êxodo 12:28 e identifique uma frase que resuma o que os filhos de Israel fizeram para ser libertados. O que teria acontecido se os israelitas não tivessem colocado o sangue do cordeiro na verga da porta como o Senhor mandara?
O que o exemplo dos israelitas nos ensina sobre o que devemos fazer para aplicar o sangue expiatório de Jesus Cristo em nossa vida?
Ao ler a seguinte declaração do Élder Richard G. Scott, do Quórum dos Doze Apóstolos, você pode marcar as frases ou palavras que lhe chamem a atenção.
“[O] arrependimento e [a] obediência são absolutamente essenciais para que a Expiação opere seu milagre integral na sua vida. (…)
A Expiação foi um ato abnegado com consequências eternas e infinitas (…). Por meio dela, o Salvador rompeu os laços da morte. (…) Abrem-se as portas da exaltação para todos os que se arrependerem e forem obedientes” (“A Expiação Pode Garantir Sua Paz e Felicidade”, A Liahona, novembro de 2006, p. 42).
Leia Êxodo 12:29–30 e descubra o que aconteceu com as famílias que não passaram o sangue do cordeiro na verga da porta.
Êxodo 12:31–51 conta que, como resultado dessa última praga, o faraó finalmente permitiu que os israelitas partissem.
Êxodo 13
O Senhor ordena aos israelitas que se lembrem da Páscoa depois de deixarem o Egito
Alguma vez seus pais, avós ou outros familiares já lhe contaram algum acontecimento que os ajudou a saber que Deus velava por eles? Pense em como você foi afetado por ouvi-los contar essas experiências.
Em Êxodo 13:1–7, lemos que Moisés disse aos israelitas que repetissem a festa da Páscoa anualmente, no aniversário de sua libertação, para recordarem o dia em que foram tirados do Egito. Leia Êxodo 13:8–10 e identifique o que os israelitas deviam dizer a seus filhos todos os anos na festa da Páscoa.
Observe que no versículo 10 a Páscoa é chamada de estatuto ou ordenança. Uma ordenança é “um ato sagrado e formal realizado por meio da autoridade do sacerdócio” (“Ordenanças”, Tópicos do Evangelho; LDS.org) As ordenanças ajudam-nos a lembrar de quem somos e de nosso dever para com Deus.
Leia Êxodo 12:14, 17, 24 e descubra por quanto tempo o Senhor disse que Seu povo devia continuar a realizar a ordenança da Páscoa.
Ainda realizamos a ordenança da Páscoa atualmente?
O Presidente Boyd K. Packer, do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou como participamos dessa ordenança:
“O sangue do Salvador foi derramado no Getsêmani e no Gólgota. Séculos antes, a Páscoa havia sido introduzida como um símbolo de coisas que viriam. Era uma ordenança a ser celebrada eternamente (ver Êxodo 12). (…)
Após a crucificação do Senhor, a lei do sacrifício deixou de exigir o derramamento de sangue. (…) O sacrifício, daí em diante, passou a ser um coração quebrantado e um espírito contrito: o arrependimento.
E a Páscoa passou a ser comemorada para sempre no sacramento, no qual renovamos os convênios do batismo e do qual participamos em lembrança do corpo do Cordeiro de Deus e de Seu sangue, derramado em nosso benefício” (ver “Expiação, Arbítrio, Responsabilidade”, A Liahona, julho de 1988, p. 74).
De que forma o sacramento é comparável à festa da Páscoa?
O que você colocaria no espaço em branco, no meio do seguinte diagrama, para ilustrar aquilo que tanto a Páscoa como o sacramento ajudam-nos a recordar?
Páscoa |
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Sacramento |
Na noite que precedeu Sua Crucificação, Jesus Cristo e Seus discípulos participaram juntos da ceia de Páscoa. Ao final da ceia, Ele realizou pela primeira vez a ordenança que agora chamamos de “sacramento” e disse aos discípulos que a repetissem em memória Dele. No dia seguinte, para cumprir a Páscoa, o Cordeiro de Deus foi sacrificado na cruz pelos pecados do mundo. Seu sacrifício pôs fim às ordenanças de sacrifício de animais. Depois da Crucificação do Salvador, Seus seguidores passaram a reunir-se no primeiro dia da semana para comer pão e beber vinho em memória Dele (ver Atos 20:7).
Pondere sobre a seguinte pergunta: Como a percepção da Páscoa afeta a forma como você participa do sacramento?
Da próxima vez que tomar o sacramento, você poderia pensar no que aprendeu sobre a Páscoa e seu simbolismo.
Em Êxodo 13:11–22, lemos que Moisés ordenou aos filhos de Israel que sacrificassem os primogênitos dos rebanhos ao Senhor. Deviam também fazer um sacrifício sempre que seu primogênito fosse um filho homem.
Quando deixaram o Egito, os israelitas levaram consigo os ossos de José, para enterrá-los na terra prometida, como ele pedira. O Senhor guiou Moisés e os filhos de Israel em sua peregrinação pelo deserto.
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Escreva o seguinte no final das designações de hoje em seu diário de estudo das escrituras:
Estudei Êxodo 12–13 e concluí esta lição em (data).
Perguntas, pensamentos e ideias adicionais que gostaria de comentar com o professor: