História da Igreja
Capítulo 11: Em qualquer outro país


Capítulo 11

Em qualquer outro país

Stan Bronson e os órfãos Songjuk atuando na televisão

No início de outubro de 1968, Isabel Santana estava em seu segundo ano na Benemérito de las Américas. A escola da Igreja agora tinha 1.200 alunos — mais do que o dobro do que quando Isabel lá chegara — e um campus em expansão com um novo auditório, um ginásio, uma pequena mercearia, dois prédios comerciais, um centro de recepção e mais 35 chalés residenciais. Quando o presidente N. Eldon Tanner visitou a Cidade do México no início do ano para dedicar os novos edifícios, o Coro do Tabernáculo também esteve presente para se apresentar na dedicação.

Isabel e sua irmã mais nova, Hilda, adaptaram-se rapidamente à vida na escola. Isabel era naturalmente tímida, mas se recusou a permitir que sua timidez atrapalhasse sua educação. Ela fez amizades, aprendeu a lidar com as diferenças culturais que encontrou e se esforçou para conversar com as pessoas que não conhecia.

Ela também se tornou uma aluna diligente. Buscava regularmente o conselho dos professores e dos administradores da escola. Um desses mentores, Efraín Villalobos, frequentara escolas da Igreja no México quando jovem, antes de estudar agronomia na Universidade Brigham Young. Ele tinha um bom senso de humor, e Isabel e outros alunos da Benemérito o consideravam muito amigável. Estando longe de casa, eles o consideravam um tutor, um orientador e uma figura paterna.

Outra professora que a inspirou foi Leonor Esther Garmendia, que ensinava física e matemática na escola. Durante o primeiro ano de Isabel, Leonor pediu aos alunos que levantassem a mão caso apreciassem matemática. Muitas mãos se levantaram. Ela perguntou quem não gostava da matéria. Isabel ergueu a mão.

“Por que você não gosta?”, perguntou Leonor.

“Porque eu não entendo”, disse Isabel.

“Você vai entender aqui.”

As atividades nas aulas de Leonor não eram fáceis. Mas, às vezes, ela dava uma tarefa à turma e depois chamava cada aluno para ir até sua mesa a fim de resolver os problemas de matemática com ela. Em pouco tempo, Isabel se tornou capaz de solucionar problemas matemáticos de cabeça — uma habilidade que ela nunca pensou que teria.

Como muitos de seus colegas de classe, Isabel equilibrava as atividades da escola com as responsabilidades do trabalho. A Igreja cobria a maior parte dos custos educacionais para manter as mensalidades baixas. Para pagar o restante, alguns alunos faziam a limpeza nos edifícios ou trabalhavam na fazenda de laticínios da escola. Isabel havia conseguido um emprego como telefonista da escola. Ela ficava sentada em uma cabine telefônica estreita por muitas horas e conectava as chamadas no campus usando uma central telefônica com pinos e números. O trabalho era simples, e muitas vezes ela levava um livro para ajudar a passar as horas.

Na época, estudantes universitários de todo o mundo protestavam contra seu governo. Na Cidade do México, muitos estudantes saíam às ruas para protestar, pedindo mais justiça econômica e política. Eles também se ressentiam da influência dos Estados Unidos sobre os líderes mexicanos. Os alunos acreditavam que a Guerra Fria entre os Estados Unidos e a União Soviética era uma oportunidade para que as nações poderosas pudessem dominar seus vizinhos menores e mais vulneráveis.

Para complicar as coisas, a Cidade do México estava se preparando para sediar as Olimpíadas de Verão — as primeiras Olimpíadas realizadas em um país latino-americano. As tensões atingiram o auge em 2 de outubro de 1968, dez dias antes das Olimpíadas, quando as forças armadas mexicanas atiraram em manifestantes na Praça Tlatelolco, na Cidade do México, matando quase 50 pessoas. Nas semanas que se seguiram, as autoridades prenderam líderes do movimento estudantil enquanto o governo e a mídia procuravam minimizar a brutalidade do massacre de Tlatelolco.

A Benemérito ficava perto do local onde se deu o derramamento de sangue, e Isabel sentiu uma grande tristeza quando soube das mortes. Mas ela se sentia segura na escola, onde a maioria dos alunos e professores não se engajava em protestos políticos.

Uma tarde, porém, um homem ligou e ameaçou roubar os ônibus da escola. Isabel ficou assustada, mas não entrou em pânico. “Quem está falando?”, perguntou ela.

A pessoa desligou a chamada.

Sem saber o que fazer, ela inseriu um pino na central telefônica e ligou para Kenyon Wagner, o diretor da escola.

“Isabel”, disse ele, “vamos cuidar disso”.

A chamada acabou sendo uma ameaça vazia, e Isabel ficou aliviada por nada de mau ter acontecido. A Benemérito havia se tornado seu oásis, um lugar pacífico onde ela podia estudar o evangelho e obter educação.

Enquanto estivesse lá, sabia que estaria protegida.


Na manhã de 10 de novembro de 1968, Henry Burkhardt se reuniu com cerca de 230 santos para uma conferência de distrito em Görlitz, uma cidade na fronteira leste da República Democrática Alemã. O prédio de três andares onde se reuniam estava arruinado. Era possível ver tijolos expostos ao redor das janelas onde a fachada havia ruído.

De repente, a alegria percorreu a capela. O apóstolo Thomas S. Monson apareceu na conferência, surpreendendo os santos. Nos sete anos desde que o Muro de Berlim havia sido erguido, eles tiveram poucas oportunidades de se encontrar com uma autoridade geral.

O élder Monson havia sido recentemente designado para supervisionar as missões que falavam alemão, e Henry, como líder da Igreja na RDA, estava ansioso para trabalhar a seu lado. Aos 41 anos, o élder Monson era apenas alguns anos mais velho que Henry. Mas ele era um apóstolo — e, aos olhos de Henry, isso realmente o diferenciava. Como ele seria? Eles se dariam bem?

Essas perguntas desapareceram no momento em que o élder Monson entrou na capela. Ele era prático e envolvente. Não falava alemão, e Henry não falava inglês, mas os dois se tornaram amigos.

A conferência começou às 10 horas. Os santos na congregação estavam sorrindo, claramente gratos pela presença do élder Monson. Alguns deles certamente eram informantes — membros da Igreja que reportavam ao governo as palavras e ações de seus companheiros santos. Henry acreditava saber quem era a maioria deles, mas não os barrava. Ele preferia muito mais que o governo recebesse relatórios de informantes santos dos últimos dias, que contavam a verdade sobre a Igreja, do que de fontes menos simpatizantes.

No entanto, ele se ressentia das muitas restrições impostas a ele e a outros alemães orientais. Liderar a Igreja nessas condições continuava a mantê-lo longe de sua família seis dias por semana, e agora ele e Inge tinham um segundo filho, um menino chamado Tobias. Toda vez que precisava lidar com funcionários do governo — o que era algo frequente — eles tentavam convencê-lo dos benefícios do comunismo. Ele não conseguia enxergá-los. Quando pensava nas condições do país e em um sistema que seduzia os santos a reportar outros santos, perguntava a si mesmo: “Como algo assim é possível?”

O élder Monson também ficou visivelmente comovido com as condições na RDA. Quando ele se levantou para se dirigir aos santos na conferência, lágrimas encheram seus olhos. Ele tentou falar, mas sua voz vacilou, embargada pela emoção. Por fim, ele disse: “Se vocês permanecerem fiéis aos mandamentos de Deus, todas as bênçãos que os membros da Igreja desfrutam em outros países serão suas também”.

Para Henry e os outros santos da congregação, o élder Monson acabara de prometer tudo o que desejavam como membros da Igreja. Mas muita coisa teria que mudar na RDA para que aquelas palavras se tornassem realidade. Quando os líderes da Igreja propuseram a criação de uma estaca na RDA, Henry rejeitou a ideia, temendo que atraísse atenção indesejada do governo. E, desde que a RDA tinha reforçado suas fronteiras, as bênçãos do templo estavam fora de alcance. Toda vez que os santos pediam permissão para ir ao templo suíço, o governo negava seu pedido.

Ainda assim, um espírito maravilhoso preencheu toda a sala. O élder Monson abençoou os santos e eles encerraram a reunião com um hino fervoroso:

Deus vos guarde bem no seu amor,

Consolados e contentes,

Na verdade diligentes;

Deus vos guarde bem no seu amor!


Por volta dessa época, na nação de Gana, África Ocidental, Joseph William Billy Johnson tinha certeza de que havia encontrado o verdadeiro evangelho de Jesus Cristo. Quatro anos antes, seu amigo Frank Mensah havia lhe dado um Livro de Mórmon e outros livros e panfletos dos santos dos últimos dias. Assim como a nação vizinha Nigéria, Gana não tinha congregação da Igreja. Frank queria mudar isso.

“Sinto que você é o homem com quem eu deveria trabalhar”, ele havia dito a Billy.

Depois disso, eles organizaram quatro congregações não oficiais de santos dos últimos dias em Acra, capital de Gana, e seus arredores. Eles haviam entrado em contato com a sede da Igreja e sabiam da relutância da Igreja em enviar missionários para a África Ocidental. Mas LaMar Williams e outros os incentivaram a estudar o evangelho e se reunir com fiéis que pensavam da mesma maneira. Quando souberam que Virginia Cutler, professora da Universidade Brigham Young, estava em Acra para dar início a um programa de economia doméstica na Universidade de Gana, eles organizaram uma escola dominical semanal com ela.

Billy amava compartilhar o evangelho. Ele trabalhava no setor de importação e exportação, mas queria deixar seu emprego e dedicar mais tempo ao trabalho missionário. Sua esposa não compartilhava de sua fé. “Esta igreja é tão nova”, disse ela. “Não quero que você deixe seu emprego.”

Mas Billy estava ansioso para pregar mais. “Há algo ardendo em mim que não consigo conter”, disse-lhe.

Há muito tempo a religião era importante para Billy. Sua mãe, Matilda, era uma metodista devota, e ela o havia criado para ter fé em Deus e amar Sua palavra. Na escola, Billy costumava encontrar um lugar reservado para cantar hinos e orar enquanto os outros alunos brincavam. Um de seus professores notou isso e lhe disse que um dia ele se tornaria um sacerdote.

À medida que Billy crescia, sua fé era confirmada por sonhos e visões extraordinários. Pouco depois de Frank Mensah apresentá-lo ao evangelho restaurado, Billy estava orando quando viu os céus se abrirem e uma hoste de anjos aparecer, tocando trombetas e cantando louvores a Deus. “Johnson, Johnson, Johnson”, uma voz o chamou. “Se você se dedicar à Minha obra como Eu lhe ordenarei, Eu o abençoarei e abençoarei sua terra.”

No entanto, nem todos aceitavam Billy e Frank nem suas crenças. Algumas pessoas diziam que eles estavam seguindo uma igreja falsa. Outros os acusavam de não acreditar em Jesus Cristo. As palavras dessas pessoas magoavam Billy. Preocupado se havia sido enganado, ele começou a jejuar. Depois de três dias, foi para um quarto em sua casa onde havia pendurado o retrato dos presidentes da Igreja na parede. Ele se ajoelhou e orou a Deus pedindo por ajuda.

“Eu gostaria de ver esses profetas”, disse ele. “Quero que me deem instruções.”

Naquela noite, enquanto dormia, Billy sonhou que Joseph Smith apareceu para ele e disse: “Muito em breve os missionários virão. O profeta McKay está pensando em você”.

Outro homem também se aproximou dele e se apresentou como Brigham Young. “Johnson, estamos com você”, disse ele. “Não se desanime.” Antes que a noite acabasse, Billy viu todos os profetas dos últimos dias até George Albert Smith.

O desejo de Billy de dedicar mais tempo a compartilhar o evangelho logo o levou a deixar seu emprego e se mudar para Cape Coast, uma cidade a sudoeste de Acra, onde planejava cultivar uma fazenda e começar uma nova congregação. Sua esposa não apoiava essa decisão, então, em vez de se mudar com a família, ela se divorciou de Billy, deixando os quatro filhos pequenos aos cuidados dele.

Billy ficou arrasado, mas encontrou apoio em sua mãe, Matilda. Ela mesma tinha suas próprias dúvidas sobre Billy deixar seu emprego e se mudar com a família para Cape Coast, imaginando se ele poderia ter sucesso em uma cidade que já tinha muitas igrejas. Mas Billy era seu único filho vivo, e ela dependia dele para seu próprio bem-estar, então foi com ele.

Matilda agora compartilhava a mesma fé que o filho. Quando Billy contou a ela pela primeira vez sobre suas novas crenças, ela não as levou a sério. Mas, depois de ver como essas crenças haviam mudado a ele e as pessoas a quem ele ensinava, ela percebeu que seu filho havia encontrado algo especial. Sabia que ela e muitas outras pessoas seriam abençoadas quando a Igreja viesse a Gana, e esse conhecimento lhe deu coragem.

Assim que a família se estabeleceu em Cape Coast, Matilda cuidava dos filhos de Billy enquanto ele estabelecia sua nova congregação. Ela também lhe ofereceu apoio moral e incentivo, ajudando quando podia para fortalecer a congregação.

“Não importa as circunstâncias, não importa o futuro”, afirmou ela, “estou preparada para travar uma batalha honesta pela Igreja”.


Depois de lançar seu álbum com Stan Bronson, as cantoras do Orfanato Songjuk logo estavam se apresentando regularmente em bases militares e em programas de televisão americanos e coreanos. Todos, inclusive o presidente da Coreia do Sul e o embaixador dos Estados Unidos, pareciam amar o coro de meninas.

Hwang Keun Ok gostava de trabalhar com Stan e as cantoras. O grupo tinha um efeito positivo nas meninas. Por exemplo, para participar, elas precisavam manter em dia a lição de casa. Mais do que isso, Keun Ok ficou satisfeita ao ver as meninas ganharem um senso de valor próprio com o coro. À medida que a fama do grupo aumentava, ela e Stan continuavam a incentivá-las, orientando as cantoras com cuidado em cada ensaio, apresentação e gravação.

Eles queriam ajudar as meninas do orfanato no presente e no futuro. Quando estivera de licença no ano anterior, Stan conversou com as pessoas em sua cidade natal a respeito de comprarem um novo casaco ou uma boneca para cada menina no Natal. Então, ele pediu a um amigo que falava coreano que se vestisse de Papai Noel para entregar os presentes. Posteriormente, ele e Keun Ok pensaram em pedir às pessoas nos Estados Unidos que fornecessem apoio financeiro mensal para as meninas.

Assim que Stan foi dispensado do exército, ele estabeleceu uma organização sem fins lucrativos em Utah. Ele também falou em reuniões da Igreja, fez shows e vendeu álbuns para aumentar a conscientização a respeito das meninas e suas necessidades financeiras. No entanto, antes que a organização pudesse operar na Coreia do Sul, ela precisava de uma licença do governo. O governo sul-coreano havia restringido organizações estrangeiras de fazer trabalho social dentro do país. Felizmente, Keun Ok conseguiu usar a popularidade do grupo de cantoras e suas conexões no governo para garantir uma licença para a organização de Stan.

Durante a criação da organização sem fins lucrativos, Stan leu um livro inspirador intitulado Tender Apples, sobre uma mulher que era membro da Igreja e ajudou crianças em risco. Ele e Keun Ok gostaram do título, então, ele entrou em contato com o autor, que concordou em deixá-los chamar sua organização de Tender Apples Foundation. Keun Ok transformou um quarto em sua casa de dois andares em Seul no escritório coreano da organização sem fins lucrativos, e Stan trabalhou lá pelo tempo que passou na Coreia. Em pouco tempo, o grupo de cantoras também assumiu o nome de Tender Apples.

Certo dia, algumas garotas estavam rindo quando levaram um dicionário para Stan. Tendo cantado nas reuniões dos santos dos últimos dias em uma base militar americana, elas sabiam que Stan era membro da Igreja. Mas, como a maioria dos coreanos, elas ainda não sabiam muito sobre a Igreja ou o que ela ensinava. Quando procuraram “mórmon” no dicionário, a definição era “pessoas com comportamento estranho”.

“Bem”, Stan perguntou às meninas, “vocês acham que sou estranho?”

“Ah, não”, elas disseram.

“Vocês acham que a Srta. Hwang é estranha?”

As meninas ficaram surpresas. Nenhuma delas sabia que sua superintendente também era “mórmon”.

Stan contou a Keun Ok o que havia acontecido. Ela sabia que era apenas uma questão de tempo até que os patrocinadores protestantes do orfanato soubessem sobre sua filiação à Igreja, e se preparou para dar uma resposta a eles.

Ela não precisou esperar muito. Assim que os patrocinadores descobriram que Keun Ok era membro da Igreja — e que algumas das meninas do orfanato se interessavam pela Igreja — eles lhes deram uma escolha. Ela poderia deixar a Igreja ou renunciar ao seu cargo. Para Keun Ok, isso não era uma escolha.

Ela juntou suas coisas e saiu do orfanato. Várias das meninas mais velhas que passaram a amar Keun Ok logo a seguiram, carregando suas poucas posses consigo. Quando apareceram na porta de Keun Ok, ela sabia que teria que encontrar uma maneira de cuidar daquelas meninas.


Em Utah, Truman Madsen tinha apenas boas notícias para seu comitê que pesquisava as origens da Igreja. Ao longo do verão de 1968, os historiadores lhe enviaram atualizações das viagens de pesquisa que faziam no leste dos Estados Unidos. Graças ao financiamento da Primeira Presidência, eles puderam vasculhar bibliotecas e arquivos, localizar documentos históricos e confirmar datas e fatos importantes.

“Tem sido um ótimo verão!”, declarou Truman. Ele estava confiante de que os historiadores santos dos últimos dias estavam agora mais bem preparados para responder às afirmações de Wesley Walters sobre a Primeira Visão.

Uma de suas descobertas mais significativas naquele verão foi uma forte evidência de um avivamento religioso perto da casa de Joseph Smith em 1820. Milton Backman, professor de história e religião na Universidade Brigham Young, observou que Joseph Smith descreveu o entusiasmo religioso em termos gerais, sem identificar um local específico. Isso levou Milton a acreditar que Wesley Walters havia focado sua pesquisa muito estritamente em Palmyra. Depois de passar semanas vasculhando os registros históricos no oeste de Nova York, Milton descobriu que um “ciclone” de fervor religioso havia realmente passado pela região ao redor de Palmyra em 1819 e 1820 — exatamente como o profeta Joseph descrevera em seu relato de 1838 da Primeira Visão.

Nos meses seguintes, Truman e outros historiadores trabalharam em artigos sobre suas descobertas. Ele queria publicar todas as pesquisas juntas em uma edição da BYU Studies, uma revista acadêmica publicada pela Universidade Brigham Young.

Ao mesmo tempo, Hugh Nibley continuava estudando os fragmentos de papiro do Museu Metropolitano de Arte. Quando a Igreja adquiriu os artefatos, muitas pessoas estavam ansiosas para descobrir o que eles revelavam sobre o Livro de Abraão e sua tradução. Afinal, por mais de um século, algumas pessoas lançaram dúvidas sobre a interpretação de Joseph Smith dos três “fac-símiles” publicados junto com o Livro de Abraão. Reproduzidos a partir de ilustrações encontradas nos papiros, esses fac-símiles eram quase idênticos às imagens nos pergaminhos funerários egípcios comuns que pareciam não ter nada a ver com Abraão ou sua época.

As primeiras análises e traduções dos fragmentos confirmaram que se tratavam de textos funerários de séculos após a época de Abraão, e nem a Igreja nem Hugh contestaram essa descoberta. No entanto, Hugh acreditava que um estudo mais aprofundado poderia trazer mais esclarecimento sobre o papiro e a tradução do profeta. Em mais de uma dúzia de artigos publicados em 1968 e 1969, ele usou seu conhecimento sobre culturas e línguas antigas como base para prosseguir com várias teorias sobre o Livro de Abraão e sua relação com a religião e a cultura no antigo Egito. Ele observou, por exemplo, que algumas das evidências mais fortes da autenticidade do Livro de Abraão eram sua semelhança com outros textos antigos do templo e tradições milenares sobre Abraão, a respeito das quais Joseph Smith provavelmente nada sabia. Os textos de Hugh também atestavam os poderosos ensinamentos do livro sobre o sacerdócio, as ordenanças do templo e o plano de salvação.

Na primavera de 1969, a pesquisa conduzida pelo comitê de Truman apareceu na BYU Studies. A edição apresentou as informações mais atualizadas sobre a Primeira Visão e forneceu um sólido suporte histórico para o testemunho de Joseph Smith. Leonard Arrington e James Allen, dois membros do comitê, resumiram os artigos e os livros existentes publicados no início da história da Igreja. Milton Backman escreveu um artigo sobre sua pesquisa a respeito das atividades religiosas nas proximidades de Palmyra. E Dean Jessee, arquivista do Escritório do Historiador da Igreja, preparou um artigo sobre os relatos da Primeira Visão de Joseph Smith. Outros artigos tratavam de temas semelhantes. Além de seu valor na defesa da fé, Truman acreditava que os textos mostravam o valor dos santos trabalhando juntos para obter uma compreensão mais completa da história da Restauração. Ele observou que muitos membros da Igreja tinham cartas, diários e outros documentos em sua posse que poderiam ser muito bem usados pelos historiadores.

“Há tarefas importantes de coleta, pesquisa e interpretação que são vastas demais para uma mente, ou cem mentes”, escreveu ele em seu prefácio à edição da BYU Studies. “Elas devem envolver todos nós.”


Enquanto isso, na República Democrática Alemã, Henry Burkhardt estava supervisionando várias mudanças para os santos sob seus cuidados. Após a visita do élder Monson a Görlitz, a Primeira Presidência criou uma missão em Dresden, uma grande cidade da RDA, e chamou Henry para ser o presidente. Pouco tempo depois, o élder Monson retornou ao país para organizar a missão, ordenar Henry ao ofício de sumo sacerdote e prepará-lo para seu novo chamado.

A esposa de Henry, Inge, foi chamada para servir ao lado dele. Desde que conhecera a família Burkhardt, o élder Monson ficou preocupado com o fato de que o casal se via apenas algumas horas por semana. “O que vocês estão fazendo não está certo”, ele havia dito a Henry. Agora, Inge, como líder da missão, viajava regularmente com o marido pelo país e, às vezes, cumpria tarefas no escritório da missão.

No entanto, quando achava que poderia encontrar problemas, Henry preferia viajar sozinho. O governo ainda estava monitorando as atividades dos santos, mas ficou menos desconfiado da Igreja depois que Henry, um cidadão da Alemanha Oriental, foi chamado como presidente da missão. Desde que os santos não realizassem reuniões não programadas, imprimissem ou mimeografassem qualquer material da Igreja, ou agissem sem cautela, as autoridades os deixariam em paz. Eles eram livres para realizar as reuniões sacramentais, ensinar em casa e se reunir para as reuniões da Sociedade de Socorro, da Escola Dominical, do sacerdócio e da Primária.

Henry procurava ser cauteloso. Muitos santos no país estavam preocupados em perder o contato com a Igreja no restante do mundo, e eles desejavam ter mais materiais impressos da Igreja. Às vezes, o governo permitia que os santos importassem um grande número de materiais impressos, como hinários e escrituras. Mas, geralmente, os membros da Igreja tinham que se contentar com o que tinham. Para acomodar as restrições contra a impressão e mimeografia de materiais da Igreja, Henry recrutou voluntários de confiança que faziam cópias dos manuais com máquinas de escrever e papel carbono.

Isso não infringia a lei, então Henry se sentia justificado em produzir e distribuir os manuais. Mas essa prática ainda o preocupava. As leis que restringiam a liberdade religiosa nem sempre eram escritas ou aplicadas uniformemente em todo o país. Henry sabia muito bem que os oficiais da Stasi não precisavam de um motivo para prendê-lo. Se o oficial errado o encontrasse com manuais estrangeiros da Igreja, Henry poderia facilmente ter sérios problemas.

Embora as condições no país não fossem ideais, a Igreja seguiu em frente. Quarenta e sete pessoas foram batizadas em 1968, algo notável. Na época em que o élder Monson organizou a Missão Dresden, havia 4.641 santos na Alemanha Oriental em 47 ramos e 7 distritos. Os santos frequentavam as reuniões, faziam reuniões familiares e realizavam atividades na Igreja quando possível. Eles até fizeram uma “Semana de genealogia” e enviaram 14 mil nomes para o trabalho do templo.

À medida que Henry refletia sobre seu novo chamado, ele e sua família se comprometiam com tudo o que era requerido. “Deveríamos trabalhar agora com todas as nossas forças para edificar a Igreja”, escreveu Henry em seu diário. “Ao lado de Inge, espero ser capaz de realizar todas as tarefas e superar minhas próprias fraquezas também.”

  1. “School Complex Dedicated”, Church News, 3 de agosto de 1968, pp. 3–4; Joseph Bentley a N. Eldon Tanner, 29 de abril de 1968; Joseph Bentley a Harvey Taylor, 25 de junho de 1969, Sistema Educacional da Igreja, arquivos administrativos de Harvey L. Taylor, Biblioteca de História da Igreja.

  2. Isabel Santana, entrevista sobre história verbal, 2 de fevereiro de 2022, p. 2; Santana e Machuca, entrevista sobre história verbal, pp. 32–33; Isabel Santana, entrevista sobre história verbal, 5 de janeiro de 2022, p. 3.

  3. Isabel Santana, entrevista sobre história verbal, 5 de janeiro de 2022, pp. 6–7; Santana e Machuca, entrevista sobre história verbal, pp. 2, 28, 34; Isabel Santana, entrevista sobre história verbal, 2 de fevereiro de 2022, pp. 5, 8; Hilda Santana, entrevista sobre história verbal, p. 14; Morgan, “Century of LDS Church Schools in Mexico”, p. 372; Morgan, “Impact of Centro Escolar Benemérito”, p. 151.

  4. Isabel Santana, entrevista sobre história verbal, 5 de janeiro de 2022, p. 13; Isabel Santana, entrevista sobre história verbal, 2 de fevereiro de 2022, p. 14; Isabel Santana, entrevista sobre história verbal, 19 de abril de 2022, p. 2.

  5. Joseph Bentley a Harvey Taylor, 25 de junho de 1969, Sistema Educacional da Igreja, arquivos administrativos de Harvey L. Taylor, Biblioteca de História da Igreja; Morgan, “Benemérito de las Américas”, pp. 100–101; Isabel Santana, entrevista sobre história verbal, 5 de janeiro de 2022, p. 3; Isabel Santana, entrevista sobre história verbal, 2 de fevereiro de 2022, pp. 24–25; Eleven Year Report of the President, p. 394.

  6. Suri, Power and Protest, pp. 1–6, 164–212; Carey, Plaza of Sacrifices, pp. 11–34, p. 139; Kriza, “Student Massacre on Tlatelolco Square”, pp. 82–86; Sloan, “Carnivalizing the Cold War”; Zimelis, “Let the Games Begin”, pp. 266–267.

  7. Isabel Santana, entrevista sobre história verbal, 5 de janeiro de 2022, p. 21; Santana e Machuca, entrevista sobre história verbal, pp. 5–7, 31; Isabel Santana, entrevista sobre história verbal, 2 de fevereiro de 2022, p. 25.

  8. Isabel Santana, entrevista sobre história verbal, 5 de janeiro de 2022, p. 24; Santana e Machuca, entrevista sobre história verbal, p. 7; Isabel Santana, entrevista sobre história verbal, 2 de fevereiro de 2022, p. 10.

  9. Monson, diário, 10 de novembro de 1968; Ramo de Görlitz, minutas, 9–10 de novembro de 1968; Missão Alemanha Hamburgo, história manuscrita e relatórios históricos, 10 de novembro de 1968; Monson, Faith Rewarded, p. 3; Peterson, diário, 9 de maio de 1978.

  10. Distriktskonferenz in Görlitz”, Der Stern, março de 1969, p. 94; Stanley Rees a Thomas S. Monson, 29 de maio de 1968, Missão Alemanha Norte, arquivos do presidente, Biblioteca de História da Igreja; Kuehne, Henry Burkhardt, p. 62; Kuehne, Mormons as Citizens of a Communist State, p. 110. Tópicos: Alemanha; Thomas S. Monson

  11. “Authorities Assigned to New Areas”, Church News, 25 de maio de 1968, p. 8; Monson, diário, 13 de junho e 12 de julho de 1968; Kuehne, Mormons as Citizens of a Communist State, p. 110; Kuehne, Henry Burkhardt, p. 67; Burkhardt, entrevista sobre história oral, 2018, pp. 4, 12.

  12. Distrito de Dresden, relatórios trimestrais, 9–10 de novembro de 1968; Monson, diário, 10 de novembro de 1968; Burkhardt, entrevista sobre história verbal, 1991, pp. 16–17; Santos, volume 3, capítulo 36.

  13. Burkhardt, entrevista sobre história verbal, 1991, pp. 8, 14–17; Burkhardt, entrevista sobre história verbal, 2018, pp. 3–4.

  14. Monson, diário, 10 de novembro de 1968.

  15. Kuehne, Henry Burkhardt, pp. 61, 88–89; Burkhardt, entrevista sobre história verbal, 1991, pp. 8–9, 12.

  16. Ramo de Görlitz, minutas, 10 de novembro de 1968; “Gott sei mit euch”, Gesangbuch, nº 179; “Deus vos guarde”, Hinos, nº 85.

  17. Joseph Johnson, entrevista sobre história verbal, 1988, pp. 12–14; Joseph Johnson, entrevista sobre história verbal, 1998, p. 2; Joseph Johnson, entrevista sobre história verbal, 2005, pp. 3–4; Johnson, “History of The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints in Ghana”, pp. 1–2.

  18. E. Dale LeBaron, “Steadfast African Pioneer”, Ensign, dezembro de 1999, pp. 46–47; Joseph Johnson, entrevista sobre história verbal, 1988, p. 18; Lamar Williams a Clement Osekre, 6 de junho de 1968; 17 de julho de 1968, correspondência sobre o estabelecimento da Igreja em Gana, Biblioteca de História da Igreja; Cutler, entrevista sobre história verbal, 1983, pp. 112, 115–121; Cutler, entrevista sobre história verbal, 1986, p. 7; Kissi, Walking in the Sand, pp. 11–20. Tópico: Gana

  19. Joseph Johnson, entrevista sobre história verbal, 1988, p. 1; Joseph Johnson, entrevista sobre história verbal, 2005, p. 4; Brigham Johnson, entrevista sobre história oral, (00:01:35).

  20. Joseph Johnson, entrevista sobre história verbal, 1988, pp. 1–6, 13–15, 26, 87–90; Joseph Johnson, entrevista sobre história verbal, 1998, pp. 1–2; Joseph Johnson à Primeira Presidência, 9 de setembro de 1978, arquivos missionários internacionais, Biblioteca de História da Igreja; Johnson, “We Felt the Spirit of the Pioneers”, p. 14.

  21. Joseph Johnson, entrevista sobre história verbal, 1988, p. 19; Joseph Johnson, entrevista sobre história verbal, 1998, p. 3.

  22. Joseph Johnson, entrevista sobre história verbal, 1988, pp. 7, 32, 87–88, 101, 106–107.

  23. Bronson, entrevista sobre história verbal, pp. 3–4, 15, 74–75; Shirleen Meek Saunders, “Whang Keun-Ok: Ela cuidou das crianças da Coreia”, A Liahona, outubro de 1992, p. 36.

  24. Hwang, “Hwang Keun Ok”, p. 293; Roby, entrevista sobre história verbal, pp. 1–4; Bronson, entrevista sobre história verbal, pp. 3–5; Till, Till e Munoa, entrevista sobre história verbal, pp. 16–17.

  25. Bronson, entrevista sobre história verbal, pp. 10, 22.

  26. Bronson, entrevista sobre história verbal, pp. 5, 12, 22, 36–38, 74–78; Stewart, Tender Apples, pp. ix, 281–282.

  27. Bronson, entrevista sobre história verbal, pp. 11–12, 44–45, 80–81; Sarah Jane Weaver, “Orphanage Founder’s Life Spent Serving”, Church News, 19 de agosto de 2000, p. 7; Shirleen Meek Saunders, “Whang Keun-Ok: Ela cuidou das crianças da Coreia”, A Liahona, outubro de 1992, p. 36.

  28. Bronson, entrevista sobre história verbal, pp. 84–85.

  29. Bronson, entrevista sobre história verbal, pp. 11–12, 80–85; “LDS Teacher Helps Korean Orphans”, Church News, 6 de fevereiro de 1971, p. 7; Sarah Jane Weaver, “Orphanage Founder’s Life Spent Serving”, Church News, 19 de agosto de 2000, p. 7; Roby, entrevista sobre história verbal, pp. 3, 7–8; Shirleen Meek Saunders, “Whang Keun-Ok: Ela cuidou das crianças da Coreia”, A Liahona, outubro de 1992, p. 36.

  30. Sarah Jane Weaver, “Orphanage Founder’s Life Spent Serving”, Church News, 19 de agosto de 2000, p. 7; Bronson, entrevista sobre história verbal, pp. 10–13, 83.

  31. Truman Madsen a Leonard Arrington e outros, 23 de setembro de 1968, documentos de Richard L. Bushman e Claudia L. Bushman, BYU; Paul Richards a Truman Madsen, 24 de julho de 1968; Larry Porter a Truman Madsen, 7 de agosto de 1968, correspondência de Truman G. Madsen, Biblioteca de História da Igreja.

  32. Milton Backman a Victor Purdy, 2 de setembro de 1968, correspondência de Truman G. Madsen, Biblioteca de História da Igreja; Truman Madsen a Leonard Arrington e outros, 23 de setembro de 1968, documentos de Richard L. Bushman e Claudia L. Bushman, BYU; Backman, “Awakenings in the Burned-Over District”, pp. 301–320; Backman, Joseph Smith’s First Vision, pp. 71–79; Joseph Smith—História 1:5–9. Tópico: Relatos da Primeira Visão de Joseph Smith

  33. Truman Madsen a Leonard Arrington e outros, 23 de setembro de 1968, documentos de Richard L. Bushman e Claudia L. Bushman, BYU; Truman Madsen a Dean Jessee, 4 de novembro de 1968, correspondência de Truman G. Madsen, Biblioteca de História da Igreja.

  34. Barney, “Facsimiles and Semitic Adaptation of Existing Sources”, pp. 107–115; Hugh Nibley, “A New Look at the Pearl of Great Price”, Improvement Era, abril de 1968, pp. 64–69; Givens, Pearl of Greatest Price, pp. 140–146; Abraão, fac-símiles 1, 23.

  35. New Light on Joseph Smith’s Egyptian Papyri”, Improvement Era, fevereiro de 1968, pp. 40–41; Wilson, “Summary Report”, pp. 67–85; Nibley, “Phase One”, pp. 99–105; Hugh Nibley, “A New Look at the Pearl of Great Price”, Improvement Era, agosto de 1968, p. 57.

  36. Midgley, “Hugh Winder Nibley”, pp. xlv–xlvii; Nibley, “As Things Stand at the Moment”, pp. 69–102; Hugh Nibley, “The Unknown Abraham”, Improvement Era, janeiro de 1969, pp. 26–31; Nibley, “Phase One”, pp. 99–105; Givens, Pearl of Greatest Price, p. 160.

  37. Givens, Pearl of Greatest Price, pp. 162–163; Nibley, Approach to the Book of Abraham, pp. 9–10, 176–177; Nibley, Message of the Joseph Smith Papyri, pp. 6–14. Tópico: A tradução do Livro de Abraão

  38. Madsen, “Guest Editor’s Prologue”, pp. 236–237; ver também Allen e Arrington, “Mormon Origins in New York”, pp. 241–274; Backman, “Awakenings in the Burned-Over District”, pp. 301–320; Jessee, “Early Accounts of Joseph Smith’s First Vision”, pp. 275–294; e Harper, First Vision, pp. 219–221. No ano seguinte, um artigo sobre os diferentes relatos da Primeira Visão foi publicado na revista oficial da Igreja, Improvement Era. (James B. Allen, “Eight Contemporary Accounts of Joseph Smith’s First Vision: What Do We Learn from Them?”, Improvement Era, abril de 1970, pp. 4–13.) Tópico: História da Igreja e manutenção de registros

  39. Thomas S. Monson à Primeira Presidência, memorando, 30 de junho de 1969, Primeira Presidência, correspondência da missão, 1964–2010, Biblioteca de História da Igreja; Monson, diário, 13–15 de junho de 1969.

  40. Burkhardt, entrevista sobre história verbal, 2018, p. 3; “Geschichte der Dresdener Mission”, 24 de agosto de 1969, p. 10.

  41. Thomas S. Monson à Primeira Presidência, memorando, 30 de junho de 1969, Primeira Presidência, correspondência da missão, 1964–2010, Biblioteca de História da Igreja; Kuehne, Mormons as Citizens of a Communist State, pp. 100–103.

  42. Kuehne, Henry Burkhardt, pp. 56–59, 61; História da Missão, p. 13, na Missão República Democrática Alemã Dresden, registro histórico, Biblioteca de História da Igreja; Thomas S. Monson à Primeira Presidência, memorando, 30 de junho de 1969, Primeira Presidência, correspondência da missão, 1964–2010, Biblioteca de História da Igreja; Burkhardt, entrevista sobre história verbal, 1991, p. 15; Monson, diário, 14 de junho de 1969; Zwirner e Zwirner, “Church or School?”, pp. 210–211, 228.

  43. Monson, diário, 14–15 de junho de 1969; Thomas S. Monson à Primeira Presidência, memorando, 30 de junho de 1969, Primeira Presidência, correspondência da missão, 1964–2010, Biblioteca de História da Igreja; “Bericht über die Genealogische Arbeitswoche in Dresden”, 9–14 de junho de 1969; Kuehne, Henry Burkhardt, p. 66.

  44. Burkhardt, diário, 19 de junho de 1969.