História da Igreja
Capítulo 15: A alegria de um convênio eterno


Capítulo 15

A alegria de um convênio eterno

grupo em pé em um quarto de hospital

Ocupado com o trabalho na Igreja em Salt Lake City, o presidente Harold B. Lee chegou atrasado à conferência geral de área na Cidade do México. Seu avião pousou no início da tarde de 26 de agosto de 1972 e, à noite, ele estava sendo transportado de um lugar a outro para discursar em sessões individuais da conferência para a Sociedade de Socorro, para os portadores do Sacerdócio Aarônico e de Melquisedeque e para as Moças. Na manhã seguinte, os santos da conferência o apoiaram como novo presidente da Igreja — a primeira congregação do mundo a fazer isso.

O profeta retornou a Utah alguns dias depois e soube que um membro de um grupo apóstata havia supostamente feito ameaças de morte contra ele.

Para garantir a segurança do presidente Lee, a polícia começou a acompanhá-lo por onde quer que ele fosse. Ele era grato por essa proteção, mas a presença dos policiais o incomodava. Presidentes recentes da Igreja geralmente não tinham guarda-costas. E toda vez que o presidente Lee saía, sua escolta policial era uma fonte de agitação.

Logo, ele e sua esposa, Joan, decidiram se juntar ao élder Gordon B. Hinckley e sua esposa, Marjorie, em uma viagem para visitar os santos na Europa e em Israel.

A viagem, no entanto, incluía seus próprios riscos. Eles viajariam sem um plano de segurança, a uma região conflituosa do mundo. Um grupo palestino havia acabado de sequestrar e matar 11 membros da equipe olímpica nacional israelense nos Jogos Olímpicos de Verão de 1972, em Munique, Alemanha Ocidental. O ataque havia abalado o mundo, e o presidente Lee se preocupava com a possibilidade de um conflito armado eclodir em Israel. Ainda assim, ele e a irmã Lee acompanharam o casal Hinckley como planejado.

O grupo chegou ao aeroporto de Tel Aviv, Israel, na noite de 19 de setembro. David Galbraith, membro da Igreja no Canadá, estudava na Universidade Hebraica de Jerusalém e os pegou no aeroporto, levando-os a uma distância de 64 quilômetros a sudeste de Jerusalém. Estava escuro quando eles chegaram, e não puderam ver muitas coisas, mas havia algo maravilhoso em viajar pela cidade antiga e sagrada.

Nos três dias seguintes, os casais Lee e Hinckley se reuniram com autoridades israelenses e visitaram locais sagrados. Teddy Kollek, o prefeito de Jerusalém, disse ao presidente Lee que ouvira a história do apóstolo Orson Hyde fazendo uma oração no Monte das Oliveiras em 1841. O presidente Lee disse-lhe que a Igreja queria um dia construir um monumento ou um centro de visitantes na cidade para comemorar a oração.

“Estamos buscando adquirir propriedades no Monte das Oliveiras para criar um parque para meditação”, disse o prefeito Kollek. “Pode ser possível ter um monumento com essa epígrafe no parque.”

Na noite de 20 de setembro, David e um pequeno grupo de santos que moravam em Israel se reuniram com os casais Lee e Hinckley ao túmulo em um jardim que alguns acreditavam ter sido o lugar onde Jesus foi sepultado após a Crucificação. Um sentimento de santidade pairava sobre o grupo. Eles imaginaram o corpo sem vida do Salvador sendo levado para o túmulo, ou Maria Madalena retornando ao jardim no terceiro dia e contemplando o Senhor ressurreto.

No jardim, o presidente Lee organizou os santos em um ramo, com David como seu presidente. Embora não houvesse mais de 30 membros da Igreja morando no país, recentemente, alguns grupos de estudantes da BYU tinham vindo para estudar na Terra Santa por alguns meses, mais do que dobrando o número de santos nas reuniões. O presidente Lee acreditava que o ramo seria o alicerce de uma grande obra na região.

“Quando as pessoas perguntarem quem são vocês”, aconselhou ele, “não digam que são membros da Igreja Mórmon, nem da Igreja SUD, mas digam A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”.

Após a reunião, o presidente Lee retornou ao seu quarto de hotel, exausto. Havia vários dias que ele sentia uma dor intensa na parte inferior das costas e estava com uma tosse dolorida, sentindo falta de ar. Agora, com o início do cansaço, ele temia que algo estivesse errado.

Mais tarde naquela noite, por insistência da irmã Lee, o élder Hinckley foi ao quarto deles no hotel e deu uma bênção no presidente Lee. Na manhã seguinte, o presidente Lee tossiu um pouco de sangue e sentiu um alívio instantâneo em sua falta de ar. Logo, ele estava se sentindo bem o suficiente para se juntar a David e ao casal Hinckley para um passeio turístico por Betânia, Jericó, Cafarnaum, Nazaré e outros lugares sagrados.

No dia seguinte, durante o café da manhã, ele disse ao élder Hinckley que havia vivenciado um milagre. Ele sentia como se estivesse à beira da morte, mas, com a bênção do élder Hinckley, o Senhor restaurara sua saúde.

“Tivemos que vir à terra dos milagres para testemunhar um milagre entre nós”, disse ele com gratidão.

Eles deixaram Jerusalém naquela noite e passaram o tempo restante andando por onde Jesus andou. Visitaram o Getsêmani, o túmulo de Lázaro, Belém e os resquícios da muralha que cercava o templo. David então os levou ao aeroporto, e eles pegaram um avião para Roma, com a fé renovada depois de tudo o que viram e vivenciaram na Terra Santa.


Em 7 de novembro de 1972, Ardeth Kapp ouviu o telefone tocar ao entrar em seu apartamento em Bountiful, Utah. Francis Gibbons, o secretário da Primeira Presidência, estava do outro lado da linha. “Você e seu marido poderiam se reunir com o presidente Harold B. Lee amanhã de manhã em seu escritório às 11h35?”, perguntou ele.

Respirando fundo, Ardeth disse: “Estaremos lá”. Imediatamente, ela se perguntou por que o presidente Lee queria conversar com eles.

Ela e o marido, Heber, trabalhavam como professores. Embora ainda fossem relativamente jovens — ela tinha 41 anos —, eles haviam servido ativamente na Igreja por muitos anos. Ela era membro do corpo docente de educação na Universidade Brigham Young e servia no Comitê de Correlação de Jovens da Igreja. Ele tinha sido bispo e agora era conselheiro na presidência da estaca.

Quando Heber chegou em casa, Ardeth lhe contou sobre o telefonema. Ela pensou que o presidente Lee o chamaria para servir como presidente de missão. Heber achava que não, mas achava que talvez teriam que se mudar. Eles estavam construindo uma casa e teriam que abandonar o projeto se fossem chamados para a missão. Heber estava fazendo a maior parte do trabalho de construção sozinho, e eles não podiam pagar ninguém para concluir o projeto.

Ardeth passou a noite sem dormir, refletindo sobre sua vida. O Senhor sempre a ajudara em suas provações. Quando menina, morou perto de Cardston, Alberta, Canadá, e foi reprovada por dois anos na escola. Poucas pessoas esperavam que ela se destacasse em seus estudos, mas, com a ajuda de Deus, havia recentemente obtido um mestrado em desenvolvimento curricular.

Mas esse não tinha sido seu maior desafio. Embora ela sempre quisesse uma família grande, ela e Heber nunca conseguiram ter filhos, apesar das frequentes orações pedindo por um milagre. Por um tempo, eles pensaram em adotar, mas toda vez que buscavam a orientação do Senhor sobre o assunto, recebiam um “estupor de pensamento”. Eles se sentiam julgados pelos vizinhos, amigos e familiares que diziam que eles eram egoístas por não terem filhos. Apenas uma perspectiva eterna do plano de Deus lhes trouxera a paz e a aceitação de que precisavam para lidar com a dor.

Na manhã de seu encontro com o presidente Lee, Ardeth e Heber estavam ansiosos quando chegaram ao edifício administrativo da Igreja, mas dispostos a aceitar qualquer designação do Senhor. O presidente Lee os cumprimentou calorosamente e os convidou para entrar em seu escritório. “Procurem relaxar”, disse ele. “Tenho certeza de que vocês sabem que esta não é apenas uma visita casual.”

Em seguida, ele falou sobre a necessidade de mudanças organizacionais frequentes na Igreja para acompanhar seu rápido crescimento. O programa de jovens da Igreja o deixava especialmente preocupado. Ele acreditava que a Igreja precisava fazer mais para fortalecer os jovens e prepará-los para servir no reino de Deus. Por esse motivo, as Associações de Melhoramento Mútuo estavam sendo reestruturadas para colocá-las sob a supervisão direta dos líderes gerais do Sacerdócio Aarônico e de Melquisedeque.

Enquanto ouvia o presidente Lee, Ardeth se perguntava o que ele pediria a Heber. “O que quer que seja”, ela pensou, “tenho certeza de que ele fará um bom trabalho e estou disposta a apoiá-lo”.

O presidente Lee então chamou Ardeth para servir, pegando-a de surpresa. Ela era a razão pela qual ele os havia chamado em seu escritório?

O presidente Lee explicou que Ruth Funk concordara recentemente em servir como presidente geral da Associação de Melhoramento Mútuo das Moças. Tendo trabalhado com Ardeth no Comitê de Correlação, Ruth a recomendara para servir como segunda conselheira. A nova presidência teria seu escritório no 19º andar no edifício de escritórios da Igreja, um arranha-céu recém-concluído no centro de Salt Lake City.

Sentindo-se surpresa, Ardeth aceitou o chamado, grata pela confiança que aquilo representava. Pouco tempo depois, a Igreja anunciou oficialmente a reorganização do programa para os jovens. Antes disso, a AMM Moças operava sob a supervisão da Primeira Presidência. Agora, como parte da correlação das organizações da Igreja, a AMM Moças e a AMM Rapazes coordenariam seus esforços sob a direção do Bispado Presidente e dos líderes do sacerdócio da ala e da estaca. A nova estrutura também estabelecia distinções entre a AMM do Sacerdócio de Melquisedeque, ou adultos solteiros com mais de 18 anos, e a AMM do Sacerdócio Aarônico, ou rapazes e moças entre 12 e 18 anos.

Embora a AMM do Sacerdócio Aarônico fosse supervisionada por líderes do sacerdócio, o programa continuaria a oferecer aulas e atividades para rapazes e moças separadamente e de acordo com sua idade. Paralelamente aos ofícios do sacerdócio de diáconos, mestres e sacerdotes, as classes das Moças eram chamadas de Abelhinhas (12 a 13 anos), Meninas-Moças (14 a 15 anos) e Lauréis (16 a 18 anos) — nomes que a AMM Moças usava havia muito tempo. Alguns anos antes, os líderes da Igreja haviam pedido a cada ala que começasse um conselho de jovens sob a direção do bispo, dando à juventude novas oportunidades para liderar. Agora, a Primeira Presidência queria que as novas organizações da AMM dessem aos jovens ainda mais oportunidades de liderança.

A presidente Funk apoiava essa visão para o programa. Como professora de Ensino Médio, ao longo dos anos, ela dera muitas oportunidades a seus alunos de se desenvolverem como líderes, e eles fizeram muitas coisas. “Vocês não se tornam alguma coisa na vida apenas ouvindo”, declarou ela. “Vocês se tornam fazendo.”

O princípio era algo que Ardeth levaria a sério também. Não muito tempo depois de seu chamado, ela aceitou uma designação de participar de várias conferências regionais no Reino Unido. Ela estava ansiosa com a viagem porque era nova em seu chamado. Mas, então, ela se lembrou das palavras de Néfi no Livro de Mórmon: “O Senhor nunca dá ordens aos filhos dos homens sem antes preparar um caminho pelo qual suas ordens possam ser cumpridas”.

“Eu soube disso toda a minha vida”, disse a si mesma, “mas preciso saber disso agora”.


Após serem batizados, Helvécio e Rudá Martins descobriram que outros santos brasileiros com frequência queriam conversar com eles sobre a restrição ao sacerdócio e ao templo. Algumas pessoas se perguntavam como a família permanecia firme na Igreja sendo que nem Helvécio nem seu filho, Marcus, podiam ser ordenados ao sacerdócio. Uns poucos, irritados com a devoção dos Martins, os criticavam e zombavam deles.

“Se eu estivesse em seu lugar”, disse um homem a Helvécio, “acho que não ficaria na Igreja”.

Ainda assim, muitos santos admiravam a família Martins por seu forte testemunho e compromisso em seus chamados. Quatro meses depois de se filiarem à Igreja, o élder Bruce R. McConkie — o mais novo membro do Quórum dos Doze Apóstolos — foi ao Rio de Janeiro para organizar a quinta estaca no Brasil. Na época, Helvécio não entendia completamente a diferença entre um distrito e uma estaca, mas concordou em servir como conselheiro na presidência da Escola Dominical da estaca. Rudá, por sua vez, aceitou um chamado para servir na presidência da Primária da estaca.

A nova estaca cobria uma área imensa, estendendo-se por milhares de quilômetros quadrados. O novo chamado de Helvécio e Rudá lhes deu a oportunidade de visitar as muitas alas e ramos distantes na estaca. Muitas vezes, Helvécio buscava Rudá no ponto de ônibus tarde da noite quando ela retornava de uma designação. Embora as novas demandas sobre eles fossem difíceis, os Martins eram felizes por servir.

O batismo também mudara o relacionamento com a família deles. Os familiares de Rudá não gostaram que ela tivesse se filiado à Igreja e tentaram persuadi-la e a Helvécio a abandonar sua nova religião, prevendo que, se não fizessem isso, uma tragédia cairia sobre eles. Alguns da família até advertiram que Deus poderia tirar a vida de seu filho Marcus.

Mas os Martins se sentiam confortáveis entre os santos. Os membros do ramo os acolheram tão calorosamente que Helvécio se perguntava se sua família estava recebendo tratamento especial por causa de seu status profissional proeminente. Ao receber a designação de realizar uma tarefa mais cotidiana em uma atividade do ramo, no entanto, ele percebeu que sua família não estava sendo tratada de maneira diferente.

Certo dia, um amigo da Igreja disse a Helvécio: “Membros fiéis como você demonstraram ao Senhor sua reivindicação ao sacerdócio. Não tenho dúvidas de que um dia você receberá o sacerdócio.”

Helvécio e Rudá apreciavam o apoio de seus amigos e de outros membros da Igreja. Contudo, preferiam não pensar demais sobre a questão de quando ou como os santos negros receberiam as bênçãos do sacerdócio. Eles tinham fé, acreditando que Deus algum dia cumpriria todas as Suas promessas. Ainda assim, a família Martins manteve suas expectativas baixas para não se decepcionarem nem se magoarem. Eles acreditavam que as bênçãos completas do sacerdócio e do templo viriam a eles no Milênio. Até lá, eles apenas oravam por mais fé e força para servir na Igreja.

Depois que a estaca Rio de Janeiro foi organizada, Helvécio e Rudá marcaram uma data para receber sua bênção patriarcal. Quando Walmir Silva, o patriarca da estaca, abençoou Helvécio e Rudá, ele prometeu que eles viveriam juntos “na Terra, na alegria de um convênio eterno”. A promessa era linda, mas a família chegou em casa se sentindo confusa. Por causa da restrição ao sacerdócio, Helvécio e Rudá não podiam entrar no templo e não esperavam fazer os convênios no templo durante a vida na mortalidade. O que o patriarca queria dizer com aquilo?

Sete semanas depois, Marcus, de 14 anos, foi à casa do patriarca para receber sua própria bênção. Quando o patriarca o abençoou, ele prometeu a Marcus que o jovem teria a oportunidade de pregar o evangelho e prestar seu testemunho da verdade. Helvécio e Rudá interpretaram essa promessa como uma futura missão para Marcus. Mas isso também parecia impossível. Marcus não poderia servir missão a menos que fosse um portador do sacerdócio.

A família Martins não queria que as palavras do patriarca perturbassem o ritmo constante e pacífico de sua vida. Eles decidiram continuar vivendo como antes e não pensaram muito a respeito dessa experiência.

No entanto, Helvécio e Rudá ainda não queriam ignorar as promessas que haviam recebido. Por precaução, eles silenciosamente abriram uma nova conta poupança — um fundo missionário para Marcus.


O Natal de 1973 foi uma data tranquila para Spencer W. Kimball. Ele e Camilla trocaram presentes entre si e com a irmã de Camilla, Mary, que havia nascido surda e agora vivia com eles. Camilla colocou um peru no forno e ele a ajudou a arrumar uma mesa extra para os convidados que esperavam para o jantar.

O élder Kimball passou o resto da manhã em sua máquina de escrever enquanto procurava colocar em dia uma pilha de cartas sem resposta. A música de Natal tocava no fonógrafo, e ele fazia uma pausa ocasional em sua digitação para virar o disco.

Quando a manhã se transformou em tarde, alguns dos filhos, netos e bisnetos da família Kimball chegaram para o jantar de Natal. Entre os convidados, estavam Mangal Dan Dipty, um homem que o élder Kimball havia batizado 12 anos antes em Déli, na Índia, e uma jovem zuni chamada Arlene, que morava com a filha do casal Kimball, Olive Beth, como parte do Programa de Integração para Alunos Indígenas. O grupo comeu e cantou, e o élder Kimball foi para a cama com o sentimento de que o dia havia sido agradável.

Na noite seguinte, depois das 8 horas, o élder Kimball atendeu o telefone em sua casa. “É o Arthur”, disse a pessoa do outro lado da linha. Imediatamente, o élder Kimball soube que era Arthur Haycock, secretário do presidente Lee.

“Olá, Arthur”, disse o élder Kimball com alegria, “como você está?”

“Não muito bem”, respondeu Arthur. “Estou no hospital com o presidente Lee, e ele está muito doente. Acho que você deveria vir agora mesmo.”

O élder Kimball desligou o telefone e foi direto para o hospital, onde encontrou Arthur no corredor. Arthur explicou que o presidente Lee tinha ido ao hospital para descansar e fazer um check-up. Ele estava sentado na cama quando repentinamente teve uma parada cardíaca. Arthur pediu ajuda e, rapidamente, a sala se encheu de médicos, enfermeiras e equipamentos. O lugar ainda se encontrava em grande agitação.

Joan, a esposa do presidente Lee, havia chegado com sua filha Helen e seu genro Brent. Arthur lhes pediu que saíssem do quarto do presidente Lee, então o pequeno grupo encontrou uma sala vazia no final do corredor, onde poderiam esperar. Eles oraram juntos e pediram ao Senhor que preservasse a vida do profeta. Enquanto aguardavam, Marion G. Romney, o segundo conselheiro do presidente Lee na Primeira Presidência, chegou.

Sem saber o que mais poderiam fazer, o presidente Romney liderou o grupo em outra oração. Em seguida, um médico entrou na sala.

“Estamos fazendo tudo ao nosso alcance”, disse ele, “mas a situação não parece boa”.

O élder Kimball ficou chocado. O presidente Lee, que o havia apoiado constantemente em suas próprias doenças, tinha 74 anos — mais jovem do que ele mesmo. E também parecia muito mais saudável. Muitos na Igreja achavam que ele viveria por muito tempo depois que o élder Kimball se fosse. E ninguém havia orado mais do que o casal Kimball para que a saúde do presidente Lee continuasse boa.

Dez minutos se passaram. O élder Kimball saiu da sala e caminhou pelo corredor em direção ao quarto do presidente Lee. Ao se aproximar, um médico saiu.

Ele disse: “Desistimos”. O presidente Lee havia falecido.

  1. Lee, diário, pp. 26–27 de agosto de 1972; First Mexico and Central America Area General Conference, pp. 110–115; Holzapfel e Lambert, “Photographs of the First Mexico and Central America Area Conference”, p. 70; J M. Heslop, “Spirituality Themes Conference”, Church News, 2 de setembro de 1972, p. 3. Tópicos: Comum acordo; Harold B. Lee

  2. Lee, diário, 29 de agosto de 1972; Goates, Harold B. Lee, pp. 475–477; Tanner, diário, 12 de setembro de 1972; “7 Sought in Slaying of Cult Leader in Mexico”, Los Angeles Times, 2 de setembro de 1972, seções 3, 8.

  3. Lee, diário, 29 de agosto de 1972; 5, 7, 9–10 e 13 de setembro de 1972; Goates, Harold B. Lee, p. 476–479; Dew, Go Forward with Faith, p. 319; “Olympic Day of Terror Ends with 16 Dead in Gun Battles”, Salt Lake Tribune, 6 de setembro de 1972, p. 1; Hack Miller, “Terror-And Now the World Weeps”, Deseret News, 6 de setembro de 1972, p. A1.

  4. Gordon B. Hinckley, “Holy Land Tour Thrills Pres. Lee, élder Hinckley”, Church News, 16 de dezembro de 1972, p. 5; Hinckley, diário, 19–22 de setembro de 1972; Lee, diário, 20–22 de setembro de 1972; Galbraith, entrevista sobre história verbal, 11 de outubro de 2021, pp. 12–13; Santos, volume 1, capítulos 3536. Tópico: A dedicação da Terra Santa

  5. Hinckley, diário, 20 de setembro de 1972; John A. Tvedtnes, “A Visit with President Lee”, New Era, abril de 1973, pp. 6–7; Gordon B. Hinckley, “Holy Land Tour Thrills Pres. Lee, élder Hinckley”, Church News, 16 de dezembro de 1972, p. 12; David Galbraith a E. Q. Cannon Jr., 15 de janeiro de 1972, Missão Suíça Zurique, arquivos do presidente, Biblioteca de História da Igreja; Taylor, “Contest and Controversy”, pp. 54–56.

  6. Lee, diário, 16–17 e 21–24 de setembro de 1972; Hinckley, diário, 20–22 de setembro de 1972; Dew, Go Forward with Faith, p. 321; Goates, Harold B. Lee, pp. 486–487.

  7. Thompson, Stand as a Witness, p. 211; Kapp, entrevista sobre história verbal, p. 80; Kapp, diário, 7 de novembro de 1972. Tópico: Ardeth G. Kapp

  8. Kapp, entrevista sobre história verbal, p. 80; Thompson, Stand as a Witness, p. 204–211.

  9. Kapp, entrevista sobre história verbal, pp. 80–81; Thompson, Stand as a Witness, p. 211; Kapp, diário, 7 de novembro de 1972.

  10. Kapp, entrevista sobre história verbal, p. 81; Thompson, Stand as a Witness, pp. 43–46, 64–67, 70–71, 127–131, 153–157, 167–171; Karen Thomas Arnesen, “Ardeth Greene Kapp: A Prairie Girl, a Young Woman Still”, Ensign, setembro de 1985, pp. 35, 38; Kapp, My Neighbor, My Sister, My Friend, pp. 122–123; Doutrina e Convênios 9:9.

  11. Kapp, entrevista sobre história verbal, p. 81; Thompson, Stand as a Witness, p. 211; Funk, “Ruth, Come Walk with Me”, p. 122; “2 Priesthood-Oriented MIAs”, Church News, 11 de novembro de 1972, p. 3, 8–9. Tópicos: Organizações dos Rapazes; Organizações das Moças

  12. Kapp, entrevista sobre história verbal, p. 81; Thompson, Stand as a Witness, pp. 211–212.

  13. Kapp, entrevista sobre história verbal, p. 81; Thompson, Stand as a Witness, pp. 212–213; “Moving Days Are Near”, Church News, 5 de agosto de 1972, p. 4. Tópicos: Chamados na Igreja; Sede da Igreja

  14. Kapp, entrevista sobre história verbal, p. 81; Thompson, Stand as a Witness, p. 212; “2 Priesthood-Oriented MIAs”, Church News, 11 de novembro de 1972, pp. 3, 8–9; Romney, “History of the Correlation of L.D.S. Church Auxiliaries”, p. J3; Primeira Presidência aos representantes regionais dos Doze e outros, 9 de novembro de 1972, Primeira Presidência, cartas circulares, Biblioteca de História da Igreja.

  15. “2 Priesthood-Oriented MIAs”, Church News, 11 de novembro de 1972, p. 3; Mission MIA Manual, pp. 69, 74, 84; Stephen W. Gibson, “New Bishop’s Youth Council”, Church News, 3 de maio de 1969, p. 4; Victor L. Brown, “The Aaronic Priesthood MIA”, Ensign, julho de 1973, p. 83; Pulsipher, Ruth Hardy Funk, p. 137.

  16. Peterson e Gaunt, Keepers of the Flame, p. 112; Pulsipher, Ruth Hardy Funk, p. 135.

  17. Kapp, entrevista sobre história verbal, p. 85; Kapp, diário, 24 de novembro e 9 de dezembro de 1972; 1 Néfi 3:7.

  18. Martins, autobiografia do élder Helvécio Martins, pp. 56–58. Tópico: Restrição ao sacerdócio e ao templo

  19. Martins, autobiografia do élder Helvécio Martins, pp. 53–54, 56–57; Estaca Rio de Janeiro Brasil, história manuscrita e relatórios históricos, 31 de dezembro de 1972; Shields, “Rio de Janeiro’s Journey to Become a Center of Strength for the LDS Church”, p. 108; Deseret News 1989–1990 Church Almanac, pp. 227–233; Martins, Martins e Martins, entrevista sobre história verbal, pp. 11–12. Tópico: Alas e estacas

  20. Martins, autobiografia do élder Helvécio Martins, p. 54.

  21. Martins, autobiografia do élder Helvécio Martins, pp. 46, 51–52; Martins e Martins, entrevista sobre história verbal, pp. 11, 18–19.

  22. Martins, autobiografia do élder Helvécio Martins, pp. 47–48.

  23. Martins, autobiografia do élder Helvécio Martins, p. 61.

  24. Martins, Martins e Martins, entrevista sobre história verbal, pp. 1, 13, 15–16; Estaca Rio de Janeiro Brasil, história manuscrita e relatórios históricos, 31 de dezembro de 1972 e 22 de fevereiro de 1975; Martins, autobiografia do élder Helvécio Martins, pp. 63–64; Marcus Martins a Jed Woodworth, e-mail, 20 de junho de 2022, cópia em posse dos editores. Tópico: Bênçãos patriarcais

  25. Spencer W. Kimball, diário, 6–7 de janeiro de 1961; 28 de março de 1961; 25 de dezembro de 1973; Mangal Dan Dipty e John Santosh Murala, “My Journey as a Pioneer from India”, Ensign, julho de 2016, pp. 66–69; Mack, autobiografia de Olive Beth Kimball Mack, p. 83; Kimball e Kimball, Spencer W. Kimball, pp. 1–2.

  26. Haycock, história pessoal, pp. 67–69; Spencer W. Kimball, diário, 26 de dezembro de 1973; Goates, Harold B. Lee, p. 581. Tópicos: Harold B. Lee; Spencer W. Kimball

  27. Haycock, história pessoal, pp. 68–69; Gerry Avant, “Camilla Kimball Feels Mantle of Responsibility”, Church News, 6 de janeiro de 1979, p. 6; Spencer W. Kimball, diário, 26 de dezembro de 1973; Goates, Harold B. Lee, p. 579.

  28. Haycock, história pessoal, pp. 69 e 71; Spencer W. Kimball, diário, 26 de dezembro de 1973; Romney, diário, 26–27 de dezembro de 1973; Kimball, Lengthen Your Stride, p. 5; Goates, Harold B. Lee, pp. 576, 580.

  29. Kimball, Lengthen Your Stride, p. 5; Haycock, história pessoal, pp. 69–70; Spencer W. Kimball, diário, 26 de dezembro de 1973; Edward L. Kimball, notas, 26 de dezembro de 1973, documentos de Edward L. Kimball, Biblioteca de História da Igreja.