Alma 8

Introdução

Depois que muitas pessoas aceitaram a mensagem de Alma em Zaraenla, em Gideão e em Meleque, o povo de Amonia rejeitou Alma e o expulsou de sua cidade. Quando Alma se entristeceu com a iniquidade daquele povo, o mesmo anjo que aparecera a ele e aos filhos de Mosias o visitou novamente. O anjo elogiou Alma por sua fidelidade e ordenou que ele retornasse a Amonia. Alma obedeceu fielmente aos mandamentos do Senhor, e o Senhor chamou Amuleque para auxiliá-lo em seu ministério. Alma e Amuleque se puseram fielmente a ensinar o povo de Amonia, cheios do Espírito Santo e do poder para fazer a obra do Senhor.

Sugestões Didáticas

Alma 8:1–6

Muitas pessoas de Meleque aceitam a mensagem de Alma e são batizadas

Peça aos alunos que ergam a mão se tiverem um parente ou amigo que serviu uma missão para a Igreja. Peça a dois ou três alunos que contem uma experiência pessoal que um parente ou amigo lhes tenha relatado e que ilustre como os missionários se sentem quando sua mensagem é aceita. (Você pode convidar os alunos a relatar ocasiões em que alguém foi receptivo ao seu empenho de compartilhar o evangelho. Você pode também contar uma experiência pessoal.)

Peça aos alunos que leiam Alma 8:1–5 em silêncio. Peça que identifiquem as três cidades nas quais Alma havia pregado o evangelho. Anote o nome dessas três cidades no quadro. (Zaraenla, Gideão e Meleque.)

Quais foram os resultados da pregação de Alma nessas três cidades? (Você pode sugerir que os alunos consultem os resumos dos capítulos de Alma 6–8 para ajudá-los a responder a essa pergunta.)

Saliente que mesmo que as pessoas daquelas cidades tivessem aceitado a mensagem de Alma, seu serviço missionário não foi isento de desafios.

Alma 8:7–32

Depois que Alma é rejeitado em Amonia, o Senhor ordena a ele que retorne

Pergunte aos alunos se seus parentes ou amigos que serviram uma missão de tempo integral viram pessoas rejeitarem a mensagem do evangelho. Você pode convidar alguns alunos a contar como seus parentes ou amigos reagiram ao que lhes aconteceu nessas ocasiões.

Peça a alguns alunos que se revezem na leitura em voz alta de Alma 8:7–14. Incentive os alunos a pensar em como Alma pode ter-se sentido ao tentar ensinar o evangelho ao povo de Amonia. À medida que os alunos lerem os versículos peça-lhes que façam uma pausa de vez em quando para responder a perguntas como estas:

O que esses versículos nos ensinam sobre o caráter de Alma? (Ver Alma 8:8–10.)
Como vocês poderiam responder ao tratamento que Alma recebeu? (Ver Alma 8:11–13.)
De que modo a reação de Alma foi semelhante ou diferente da que teria sido a sua em uma situação semelhante? (Ver Alma 8:14.) (Você pode sugerir que a decisão de Alma de continuar o trabalho do Senhor na cidade de Aarão demonstrou que ele tinha fé no Senhor e que não desistiria.)

Saliente que embora as orações feitas por Alma em favor do povo de Amonia fossem sinceras (ver Alma 8:10), seus pedidos não foram atendidos imediatamente. (Algumas pessoas de Amonia se arrependeram mais tarde. Ver Alma 14:1.)

Leia a seguinte declaração do Élder Russell M. Nelson, do Quórum dos Doze Apóstolos:

“Reconheço que, às vezes, algumas de nossas orações mais fervorosas parecem ficar sem resposta. Perguntamo-nos: ‘Por quê?’ Sei muito bem como é isso! Conheço os temores e as lágrimas de momentos assim; mas, também sei que nossas orações nunca são ignoradas. Nossa fé nunca é menosprezada. Sei que a visão do Pai Celestial, que é cheio de sabedoria, é bem mais ampla que a nossa. Conhecemos nossos problemas e dores mortais, mas Ele conhece nosso progresso e potencial imortais. Se orarmos para saber qual é a Sua vontade e se nos submetermos a ela, com paciência e coragem, a cura celestial pode acontecer à maneira Dele e no momento que Ele determinar” (“Jesus Cristo — O Mestre que Cura”, A Liahona, novembro de 2005, p. 85).

O que o Élder Nelson ensinou que pode ajudar-nos a ter fé, mesmo quando nossas orações justas não são respondidas imediatamente ou da maneira que esperamos?

Peça a um aluno que leia Alma 8:14–17 em voz alta. Peça à classe que acompanhe, procurando mensagens de consolo nas palavras do anjo e procurando mandamentos aos quais pode ter sido difícil para Alma obedecer.

De que modo as palavras do anjo, em Alma 8:15 foram consoladoras para Alma? Como as palavras do anjo seriam consoladoras para vocês?
Por que deve ter sido difícil para Alma ser obediente nessa situação?

Peça aos alunos que leiam Alma 8:18, procurando a palavra que descreve a maneira pela qual Alma respondeu ao mandamento do Senhor de retornar à cidade de Amonia. (Você pode sugerir que os alunos marquem a palavra rapidamente.)

O que podemos aprender a respeito de Alma pelo fato de ele ter voltado rapidamente para Amonia?

Leia a seguinte declaração do Presidente Henry B. Eyring, da Primeira Presidência. Peça aos alunos que ouçam como podem se beneficiar por obedecer rapidamente ao Senhor:

“Não importa quanta fé tenhamos agora para obedecer a Deus, precisaremos fortalecê-la continuamente e renová-la sempre. Podemos fazer isso tomando agora a decisão de obedecer mais prontamente e perseverar com mais determinação. Aprender a começar cedo e ser constante é a chave da preparação espiritual. (…)

O Pai Celestial nos ama, Ele e Seu Filho Amado nos deram toda a ajuda possível para passarmos pela prova da vida que temos diante de nós, mas temos de tomar a decisão de obedecer e, então, obedecer mesmo. É por meio de nossas escolhas diárias que adquirimos a fé necessária para passar nas provas de obediência que o tempo traz por meio de nossas escolhas diárias. Podemos decidir agora que faremos prontamente tudo o que Deus pedir de nós e podemos decidir agora que seremos firmes nas pequenas provas de obediência que aumentam nossa fé para enfrentar as grandes provas que com certeza virão” (“Preparação Espiritual: Começar Cedo e Ser Constante”, A Liahona, novembro de 2005, p. 37).

De acordo com o Presidente Eyring, o que acontece com nossa fé quando decidimos obedecer rapidamente ao Senhor?
Quando foi que vocês sentiram sua fé no Senhor fortalecida por causa de sua obediência rápida e constante?

Para cada uma das seguintes situações, pergunte aos alunos como a pronta obediência pode abençoá-los:

Quando uma moça está saindo para a escola, a mãe lhe pede que vista uma blusa mais recatada.
Em uma entrevista com seu bispo, um novo sacerdote é desafiado a conquistar o prêmio Dever para com Deus.
Dois missionários em sua sessão de planejamento diário se sentem inspirados a visitar uma família menos ativa na qual a mãe não é membro da Igreja.

Explique-lhes que o Senhor abençoou Alma por sua pronta obediência. Peça a três alunos que fiquem em frente da classe e façam uma encenação do encontro entre Alma e Amuleque, como está escrito em Alma 8:19–26. Peça a um aluno que leia as palavras de Alma, a um segundo que leia as palavras de Amuleque e a um terceiro aluno que leia as palavras que narram a história. Incentive os alunos a ler suas partes com as emoções que eles acham que Alma e Amuleque devem ter tido.

Depois da dramatização, pergunte:

Como o Senhor abençoou Alma por ser obediente?
Como o que aconteceu com Alma e Amuleque é uma indicação de que o Senhor havia ouvido e respondido as orações de Alma? (Ver Alma 8:10.)
Que princípios podemos aprender com o que aconteceu com Alma? (Os alunos podem sugerir vários princípios. Uma resposta possível é a de que quando respondemos prontamente à palavra do Senhor, Ele nos ajuda a obedecer a Seus mandamentos.)

Peça aos alunos que leiam Alma 8:27–32 em silêncio, procurando outras evidências de que se formos fiéis e diligentes o Senhor vai nos ajudar a obedecer a Seus mandamentos.

Que desafios Alma e Amuleque enfrentaram quando saíram para ensinar as pessoas? (Ver Alma 8:28–29. O povo havia se tornado mais iníquo, e o Senhor ordenou a Alma e Amuleque que os chamassem ao arrependimento.)
Como o Senhor ajudou Alma e Amuleque? (Ver Alma 8:30–31. Eles ficaram cheios do Espírito Santo e receberam poder divino para protegê-los. Você pode sugerir que os alunos marquem a descrição dessas bênçãos em suas escrituras.)
Quando foi que vocês sentiram que o Senhor os ajudou quando foram fiéis e diligentes?

Peça aos alunos que escrevam a seguinte declaração do Presidente Howard W. Hunter no caderno ou diário de estudo das escrituras:

“Sem dúvida o Senhor ama, mais do que tudo, a inabalável determinação de obedecermos a Seu conselho” (“Commitment to God”, Ensign, novembro de 1982, p. 58).

Depois, dê-lhes cinco minutos para escrever uma resposta para a seguinte pergunta:

Qual é uma coisa que você fará hoje para mostrar ao Pai Celestial que obedecerá a Seu conselho prontamente e O servirá fiel e diligentemente?

Preste testemunho das bênçãos que recebemos quando seguimos fielmente o conselho do Senhor. Você pode também dar aos alunos a oportunidade de prestar testemunho dessa verdade.

Comentários e Informações Históricas

Alma 8:10. “Fervorosa Oração”

A frase “fervorosa oração” indica uma comunicação vigorosa e cheia de fé com Deus. O Élder Joseph B. Wirthlin, do Quórum dos Doze Apóstolos, sugeriu meios pelos quais podemos avaliar e procurar melhorar a força de nossas orações:

“Hoje, quero pedir-lhe que faça uma pausa para analisar o quanto suas orações são eficazes. Você sente-se próximo do Pai Celestial? Sente que suas orações são respondidas? Você acha que o tempo que passa orando enriquece e eleva sua alma? Acha que pode melhorar?

Há muitos motivos pelos quais nossas orações podem carecer de vigor. Às vezes, elas se tornam rotineiras. Nossas orações se tornam vazias quando dizemos palavras semelhantes com tanta frequência que elas se tornam mais uma recitação do que uma forma de comunicação. Foi isso que o Salvador descreveu como ‘vãs repetições’ (Mateus 6:7). Ele disse que essas orações não serão ouvidas. (…)

“Suas orações às vezes soam e parecem sempre as mesmas? Você já fez uma oração de modo automático, com as palavras saindo de sua boca como se fosse de uma máquina? Às vezes, você se sente entediado ao orar?

As orações que não exigem que pensem muito raramente merecerão muita atenção do Pai Celestial. Quando você perceber que está entrando numa rotina em relação a suas orações, pare e pense. Meditem por um tempo sobre as coisas pelas quais vocês se sentem realmente gratos” (“Improving Our Prayers”, [“Melhorar Nossas Orações”, discurso proferido em devocional da Universidade Brigham Young, 21 de janeiro de 2003], p. 2, speeches.byu.edu).