Paulo pregou sobre as preocupações dos santos de Corinto sobre o uso dos recursos da Igreja para prover suas necessidades materiais. Ele explicou que o propósito de sua pregação era trazer salvação aos filhos de Deus. Ele exortou-os a evitar o pecado, bem como ofender os outros por suas crenças religiosas.
Paulo prega o evangelho para que ele e seus ouvintes possam ser salvos
Traga um despertador para a aula e mantenha-o escondido dos alunos. Ajuste-o para despertar logo depois de começar a aula.
Para iniciar a aula, peça aos alunos que imaginem como vai ser a vida eterna. Peça-lhes que escrevam no caderno ou no diário de estudo das escrituras por que razão a vida eterna é algo que eles desejam. Você pode convidar alguns alunos para ler perante a classe o que escreveram.
Ao final dessa atividade, o despertador deve tocar. Quando isso acontecer, peça a alguém que o encontre e o desligue.
Como você se sentiu quando ouviu esse som?
Peça aos alunos que pensem se já tiveram dificuldade de acordar com o toque do despertador e perderam algo importante como resultado. Convide alguns alunos para compartilhar sua experiência.
Explique-lhes que, assim como tentar acordar com o toque do despertador pode resultar em perder ou até mesmo falhar em realizar coisas importantes, fracassar em “acordar” na vida e mudar certos comportamentos pode levar-nos a deixar de alcançar o mais importante de tudo, a vida eterna.
Peça-lhes que, ao estudarem 1 Coríntios 9, identifiquem um princípio que possa ajudá-los a saber como garantir que vão alcançar a vida eterna.
Peça a um aluno que leia em voz alta o seguinte resumo de 1 Coríntios 9:1–21:
Paulo respondeu à várias perguntas dos santos de Corinto. Ele escreveu que, embora o fato de ser apoiado em questões materiais pelos membros da Igreja fosse plenamente justificável, ele não dependia deles para suas despesas de subsistência. Paulo explicou que, adaptando-se às circunstâncias diferentes sem comprometer os padrões do evangelho, ele tinha sido capaz de ajudar os judeus, os gentios e qualquer outra pessoa que estava fraca a aceitar o evangelho.
Peça a um aluno que leia 1 Coríntios 9:17 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique como Paulo pregou o evangelho. Você pode explicar-lhes que a declaração “de uma dispensação estou encarregado” refere-se a Paulo cumprir sua incumbência ou o dever de pregar o evangelho.
Como Paulo pregou o evangelho?
Peça a um aluno que leia 1 Coríntios 9:22–23 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique por que Paulo pregou o evangelho voluntariamente.
Por que Paulo pregou o evangelho voluntariamente?
Peça a um aluno que participa regularmente de um programa de treinamento (talvez um músico ou atleta) que se dirija à frente da classe. Faça as seguintes perguntas ao aluno:
Como é seu programa de treinamento?
Já houve um momento em que você praticou ou treinou para um evento específico ou para alcançar uma meta? Como seu trabalho para atingir uma meta específica o motivou?
Agradeça ao aluno por participar e peça-lhe que volte ao seu lugar.
Peça a um aluno que leia 1 Coríntios 9:24–25 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique que competição esportiva Paulo usou para ensinar os santos de Corinto.
A que competição esportiva Paulo se refere?
Que qualidade ou característica Paulo disse que os corredores precisam para ter sucesso? (Explique-lhes que aquele que “de tudo se abstém” significa exercer autodomínio.)
Qual é a coroa incorruptível à qual Paulo se referiu que vai durar para sempre? (A vida eterna.)
Que princípio podemos aprender com o versículo 25 concernente ao que precisamos fazer para obter a vida eterna? [Os alunos podem usar palavras diferentes, mas se certifique de que identifiquem o seguinte princípio: Para obter a vida eterna, precisamos aprender a exercer o autodomínio em todas as coisas. Escreva esse princípio no quadro. Certifique-se de que os alunos também entendam que, embora o autodomínio seja necessário, no final, a vida eterna advém somente “por meio dos méritos e misericórdia e graça” de Jesus Cristo (2 Néfi 2:8), e não por meio do nosso autodomínio somente.]
Por que você acha que exercer autodomínio é necessário para alcançar a vida eterna?
Peça a um aluno que leia 1 Coríntios 9:26–27 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique como Paulo descreveu seus próprios esforços para exercer o autodomínio.
De acordo com o versículo 26, como Paulo descreveu seus esforços para alcançar a vida eterna? (Com confiança e sem um esforço desperdiçado.)
De acordo com o versículo 27, o que você acha que Paulo quis dizer quando escreveu “Subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão”?
Para ajudar os alunos a entenderem o que Paulo quis dizer, peça a um aluno que leia em voz alta a seguinte declaração do Presidente Brigham Young:
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Presidente Brigham Young
“Não podemos herdar a vida eterna, a menos que sujeitemos nossos apetites ao espírito que habita dentro de nós, o espírito que nosso Pai Celestial nos concedeu. Refiro-me ao Pai dos espíritos, daqueles espíritos que Ele colocou em nossos respectivos tabernáculos. O tabernáculo deve sujeitar-se de maneira perfeita ao espírito, ou não poderá levantar-se para herdar a vida eterna. (…) Busquem diligentemente, até sujeitar todas as coisas à lei de Cristo. (…)
Se o espírito ceder ao corpo, [o espírito] torna-se corrompido; mas se o corpo ceder ao espírito, [o corpo] torna-se puro e santo” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Brigham Young, 1997, pp. 204–205).
O que podemos fazer para ajudar o corpo a ceder ao nosso espírito?
Paulo adverte os santos de Corinto a não pecarem nem ofenderem as pessoas
Peça a um aluno que leia em voz alta a seguinte declaração do Presidente James E. Faust, da Primeira Presidência:
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Presidente James E. Faust
“Um dos grandes mitos da vida é aquele em que [as pessoas] acreditam serem invencíveis. [Muitos] acreditam serem (…) de aço, fortes o bastante para suportar qualquer tentação. Enganam-se pensando: ‘Isso não pode acontecer comigo’” (“Isso Não Pode Acontecer Comigo”, A Liahona, julho de 2002, p. 51).
Em que situações as pessoas podem se expor às tentações, achando que são fortes o suficiente para resistir a elas? (Anote as respostas dos alunos no quadro.)
Explique-lhes que Paulo deu exemplos da história dos israelitas para advertir os santos de Corinto sobre a tentação e o pecado. Peça a um aluno que leia 1 Coríntios 10:1–5 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique algumas coisas que os filhos de Israel enfrentaram durante o tempo de Moisés que devem tê-los tornado espiritualmente fortes.
Quais foram algumas coisas que os filhos de Israel enfrentaram que devem tê-los feito espiritualmente fortes? [Você pode salientar que Paulo identificou a “Rocha espiritual”, ou Jeová, como sendo Cristo (ver também Deuteronômio 32:3–4).]
De acordo com o versículo 5, como Deus Se sentiu sobre o comportamento de muitos desses antigos israelitas?
Peça a alguns alunos que se revezem na leitura em voz alta de 1 Coríntios 10:6–11. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que Paulo queria que os santos de Corinto aprendessem com o exemplo dos antigos israelitas.
Qual era o propósito de Paulo em compartilhar o exemplo dos antigos israelitas? (Paulo queria advertir os santos para que assim evitassem repetir os pecados dos antigos israelitas.)
Peça aos alunos que fiquem em pé e leiam 1 Coríntios 10:12 em voz alta, em uníssono.
Em suas próprias palavras, como você resumiria a mensagem de Paulo no versículo 12?
Peça aos alunos que voltem a se sentar. Peça a um aluno que leia 1 Coríntios 10:13 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que Paulo ensinou sobre a tentação.
O que Paulo ensinou sobre a tentação?
Se Deus não vai permitir que sejamos tentados acima de nossa capacidade de resistir, por que os antigos israelitas cederam à tentação?
Escreva a seguinte frase incompleta no quadro: Deus vai prover um meio para que escapemos da tentação, mas devemos…
Peça a um aluno que leia 1 Coríntios 10:14 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que Paulo instruiu os santos de Corinto a fazerem.
O que Paulo instruiu os santos de Corinto a fazerem?
O que o versículo 14 nos ensina sobre nosso papel para fugir da tentação? (Depois que os alunos responderem, complete a verdade escrita anteriormente no quadro para que fique assim: Deus vai prover um meio para que escapemos da tentação, mas devemos escolher nos afastar dela.)
Você pode sugerir que os alunos anotem Alma 13:28 em suas escrituras, ao lado de 1 Coríntios 10:13–14. Peça a um aluno que leia Alma 13:28 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que podemos fazer a fim de nos afastarmos da tentação.
De acordo com Alma 13:28, o que devemos fazer que pode nos ajudar a nos afastar da tentação?
Como o fato de nos humilharmos, vigiar e orar continuamente nos ajuda a nos afastar da tentação?
Segure um exemplar do livreto Para o Vigor da Juventude e peça aos alunos que expliquem como viver de acordo com os padrões relacionados nesse livreto nos ajuda a ficarmos afastados da tentação.
Explique-lhes que talvez nem sempre eles vão poder evitar a tentação. Por isso, precisamos decidir agora como vamos reagir ao enfrentar a tentação. Peça a um aluno que leia em voz alta a seguinte declaração do Presidente Spencer W. Kimball:
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Presidente Spencer W. Kimball
“É mais fácil tomar decisões corretas quando o fazemos com bastante antecedência, tendo em mente metas de longo alcance; isso nos poupa de muita angústia [durante os momentos de decisão], quando estivermos cansados e as tentações forem extremamente difíceis. (…)
Desenvolvam autodisciplina a fim de que não precisem decidir o que vão fazer ou não a cada vez que se confrontarem com a mesma tentação. Vocês só precisam decidir certas coisas uma única vez! (…)
O momento de abandonar práticas erradas é antes de iniciá-las. O segredo de uma vida bem-sucedida reside na proteção e na prevenção. Aqueles que cedem ao mal em geral são aqueles que se colocaram numa posição vulnerável” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Spencer W. Kimball, 2006, pp. 122–123).
Preste seu testemunho a respeito dos princípios que os alunos identificaram hoje. Peça aos alunos que ponderem contra quais tentações eles mais têm que lutar. Peça-lhes que ponderem as seguintes perguntas:
Quais mudanças vocês poderiam fazer para evitar a tentação antes que vocês tenham que enfrentá-la?
Vocês estão dispostos a fazer essas mudanças?
Peça aos alunos que criem um plano que vão seguir para escapar da tentação. Incentive-os a buscarem a ajuda do Senhor por meio da oração enquanto se esforçam para cumprir seu plano.
Resuma 1 Coríntios 10:15–33 e explique aos alunos que Paulo aconselhou os santos de Corinto a respeitarem as práticas religiosas de outras pessoas sem comprometer a sua própria e repetiu novamente que ele estava pregando para ajudar muitos a serem salvos.
O que Paulo quis dizer quando falou que “[fez-se] como judeu” para “ganhar os judeus” (1 Coríntios 9:20); tornou-se como alguém debaixo da lei, ou um gentio, para ganhar os gentios; e fez-se como fraco para “ganhar os fracos”? (1 Coríntios 9:22.) O Élder Bruce R. McConkie, do Quórum dos Doze Apóstolos, ofereceu esta explicação útil:
“Aqui Paulo diz que ele se tornou tudo para todos os homens na tentativa de conseguir que eles aceitassem a mensagem do evangelho, isto é, ele se adaptou às condições e circunstâncias de todas as classes de pessoas, como um meio de mantê-los atentos aos seus ensinamentos e seu testemunho. E depois, antes que alguém presumisse que isso incluía a aceitação de suas falsas doutrinas e práticas, ou que de alguma forma envolvesse um compromisso entre o evangelho e os falsos sistemas de adoração, ele apressou-se a acrescentar que ele e todos os homens precisam obedecer à lei do evangelho para serem salvos” (Doctrinal New Testament Commentary [Comentário Doutrinário do Novo Testamento], 1965–1973, vol. III, p. 353).
Às vezes, é difícil ver por que o Senhor nos ordena a exercer o autodomínio. O Élder Richard G. Scott, do Quórum dos Doze Apóstolos, ofereceu esta explicação útil:
“Uma vida reta exige disciplina. A disciplina é a característica que lhe dará forças para não desistir do que você mais quer na vida por algo que você acha que quer agora” (“O Poder da Retidão”, A Liahona, janeiro de 1999, p. 80).
Subjugar nosso corpo continuamente ao controle de nosso espírito é um dos maiores testes da vida mortal. O Élder M. Russell Ballard, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou:
“No mundo pré-mortal, antes de deixarmos a presença do Pai Celestial, Ele nos advertiu sobre as novas experiências que teríamos na mortalidade. Sabíamos que teríamos um corpo físico de carne e ossos. Como nunca havíamos sido mortais antes, não tínhamos experiência em lidar com as tentações da mortalidade, mas o Pai Celestial sabia e compreendia. Ele deu-nos a responsabilidade de controlar nosso corpo mortal e de sujeitá-lo ao espírito, que deveria dominar as tentações físicas encontradas pelo corpo num mundo material. Obtemos poder espiritual para vencer a influência de Satanás ao guardarmos os mandamentos de nosso Senhor Jesus Cristo” (“Cumprir Convênios”, A Liahona, julho de 1993, p. 6).
O Presidente James E. Faust, da Primeira Presidência, ensinou sobre a necessidade de todos nós evitarmos a tentação:
“[Muitos] acreditam serem (…) fortes o bastante para suportar qualquer tentação. Enganam-se pensando: ‘Isso não pode acontecer comigo’. (…) Isso pode acontecer a qualquer um de nós a qualquer hora. (…)
Certa vez ouvi um homem dizendo a seus filhos: ‘Consigo dirigir mais próximo da borda do precipício do que vocês porque tenho mais experiência’. Ele pensava que estava no controle, mas na realidade estava ignorando o perigo real da situação. ‘O problema de se usar a experiência como guia é que, com frequência, o exame final vem primeiro e a lição vem depois!’” (autor desconhecido, citado em 1,911 Best Things Anybody Ever Said [As 1.911 Melhores Coisas Que Alguém Já Disse], comp. Robert Byrne, 1988, p. 386). Algumas pessoas acham que a idade e a experiência fazem com que seja mais fácil resistir à tentação. Isso é uma inverdade.
“Lembro-me de ouvir o Presidente J. Reuben Clark Jr. contar a respeito de uma ocasião em que uma filha ia sair com alguém. Ele pediu-lhes que voltassem para casa em uma determinada hora. Irritada com esse lembrete constante, a [adolescente] exclamou: ‘Papai, qual é o problema, não confia em mim?’
A resposta dele deve ter sido chocante para ela. Ele disse: ‘Não, minha [filha], não confio em vocês. Não confio nem em mim mesmo’” (conforme citado por Harold B. Lee, The Teachings of Harold B. Lee [Os Ensinamentos de Harold B. Lee], organizado por Clyde J. Williams, 1996, p. 629)” (“Isso Não Pode Acontecer Comigo”, A Liahona, julho de 2002, p. 51).