Tiago ensina aos santos sobre a importância de controlar a linguagem
Leve um tubo de pasta de dentes para a aula. Peça a um aluno que esprema toda a pasta de dentes para fora do tubo (ou peça que imaginem a cena). Peça a outro aluno que tente colocar a pasta de dentes de volta no tubo. Depois que o segundo aluno tiver tentado fazer isso, pergunte:
De que forma a pasta de dentes nessa demonstração se assemelha às nossas palavras?
Peça aos alunos que pensem se já disseram alguma coisa da qual se arrependeram depois. Peça à classe que, ao estudar Tiago 3:1–12, identifique princípios que possam ajudá-los a escolher com sabedoria as palavras que vão usar.
Peça a um aluno que leia em voz alta Tiago 3:2–4 e a primeira frase de Tiago 3:5. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique como Tiago descreveu aqueles que não ofendem os outros com suas palavras. Explique-lhes que a frase “todos tropeçamos”, no versículo 2, significa que todos cometemos erros, e explique também que Tiago usou a palavra língua para referir-se às palavras que dizemos.
Como Tiago descreve aqueles que conseguem controlar suas palavras?
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desenho, cavalo com rédeas
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desenho, barco e leme
Mostre as figuras de um freio de cavalo e do leme de um navio ou faça desenhos dessas figuras. Talvez você tenha de explicar que o freio de um cavalo (versículo 3) é feito de um pequeno pedaço de metal colocado na boca do cavalo e que fica preso às rédeas, permitindo que o cavaleiro conduza o animal. Nesse versículo, a palavra leme (versículo 4) refere-se ao timão de um navio, que ajuda a pessoa a mudar a direção da embarcação.
De acordo com Tiago, o que o freio do cavalo e o leme do navio têm em comum? (Ambos são relativamente pequenos e mudam a direção ou controlam as coisas ou animais grandes aos quais estão presos.)
De que modo a comparação de Tiago desses objetos com a língua, ou as palavras que dizemos, ajuda-nos a entender o poder das palavras?
Que princípio podemos identificar nesses versículos sobre o que pode acontecer se aprendermos a controlar nossa linguagem? (Os alunos devem identificar um princípio semelhante ao seguinte: Ao aprendermos a controlar nossa linguagem, podemos aprender a controlar todas as nossas outras ações.)
Por que controlar nossa linguagem poderia nos ajudar a controlar todas as nossas outras ações?
Peça a um aluno que leia em voz alta a última frase de Tiago 3:5 e também Tiago 3:6. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique ao que mais Tiago comparou nossa língua.
Ao que mais Tiago comparou nossa língua?
Que aspectos de nossa vida podem ser “inflamados” (versículo 6), ou colocados em perigo pelo uso imprudente das palavras?
Explique aos alunos que a frase “curso da natureza”, no versículo 6, pode referir-se ao rumo da vida de uma pessoa.
De que modo as palavras que dizemos podem influenciar o curso da nossa vida?
De que maneira mudar um pouco nossa forma de falar afeta o curso de nossa vida de maneira positiva? E a vida dos outros?
Peça a alguns alunos que se revezem na leitura em voz alta de Tiago 3:7–12. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique ao que mais Tiago comparou nossa língua.
Ao que mais Tiago comparou nossa língua? [A um animal que precisa ser domesticado (ver versículos 7–8), a “peçonha mortal” (versículo 8), a uma fonte que “faz jorrar de um mesmo manancial água doce e água amargosa” (versículos 11–12), a uma figueira que produz azeitonas em vez de figos e a uma videira que produz figos (ver versículo 12).]
Para ajudar os alunos a entenderem o contexto desses versículos, peça a um aluno que leia a seguinte declaração do Élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos:
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Élder Jeffrey R. Holland
“Evidentemente, Tiago não quis dizer que nossa língua é sempre iníqua, tampouco que tudo o que dizemos é ‘cheio de peçonha mortal’, mas fica claro que ele quis dizer que ao menos algumas coisas que dizemos podem ser destrutivas, até venenosas — e essa é uma acusação assustadora para um santo dos últimos dias! A voz que presta um profundo testemunho, profere orações fervorosas e canta os hinos de Sião pode ser a mesma voz que deprecia e critica, envergonha e rebaixa, inflige dor e destrói seu próprio espírito e o de outras pessoas no processo. (…)
Nessa longa jornada eterna para tornarmo-nos mais semelhantes ao Salvador, procuremos ser homens e mulheres ‘perfeitos’ ao menos em um aspecto: não tropeçando em palavra; ou, para dizer claramente, falando em uma nova língua, a língua dos anjos. Nossas palavras, tal como nossas ações, devem ser cheias de fé, esperança e caridade, os três grandes princípios cristãos que são tão desesperadamente necessários no mundo atual. Com palavras assim, proferidas sob a influência do Espírito, lágrimas podem ser enxutas, corações podem ser curados, vidas podem ser elevadas, a esperança pode retornar, a confiança pode prevalecer” (“A Língua dos Anjos”, A Liahona, maio de 2007, pp. 16, 18).
Que princípio podemos identificar nesses versículos sobre como os seguidores de Deus devem falar? (Usando as próprias palavras, os alunos devem identificar um princípio semelhante ao seguinte: Os seguidores de Deus procuram usar sua linguagem para propósitos corretos, não para propagar o mal.)
Por que seria um problema sério se os santos dos últimos dias usassem a linguagem para propósitos malignos ou para magoar e depreciar os outros?
Que coisas podemos fazer para ser um pouco mais “perfeitos” (Tiago 3:2) ao escolher nossas palavras?
Peça aos alunos que expliquem como o princípio que identificaram em Tiago 3:9–10 poderia guiá-los em sua maneira de agir nas seguintes situações:
Ao mandar mensagens de texto ou usar a mídia social.
Como sacerdote ao abençoar o sacramento aos domingos. Na escola, quando seus amigos ridicularizarem outro aluno.
Você é uma moça e falou mal de outra jovem há algum tempo, na sua ala ou seu ramo.
Seus colegas falam muito palavrão.
Peça a um aluno que leia em voz alta a seguinte declaração do livreto Para o Vigor da Juventude:
“O modo pelo qual você se comunica reflete o fato de que é um filho ou uma filha de Deus. Uma linguagem limpa e inteligente é evidência de uma mente brilhante e sadia. A boa linguagem que eleva, incentiva e elogia as pessoas convida a companhia do Espírito para estar com você. Nossas palavras, tal como nossas ações, devem ser cheias de fé, esperança e caridade” (Para o Vigor da Juventude, livreto, 2011, p. 20).
Em que ocasião as palavras de outra pessoa edificaram ou incentivaram vocês?
De que maneira vocês já foram abençoados ao procurar edificar e incentivar outras pessoas com suas palavras?
Incentive os alunos a escreverem uma meta em seu caderno ou diário de estudo das escrituras sobre o que vão fazer para controlar melhor a língua e usar sua linguagem para propósitos justos. Peça-lhes que coloquem em prática durante a semana o que escreveram.
Tiago faz um contraste entre a sabedoria do mundo e a sabedoria de Deus
Resuma Tiago 3:13–18 e explique-lhes que Tiago fez um contraste entre a sabedoria do mundo e a sabedoria de Deus. A sabedoria do mundo leva à “perturbação” (versículo 16) e à “contenda” (versículo 14), enquanto a sabedoria “que do alto vem” é “pura” e “cheia de misericórdia” (versículo 17).
Testifique dos princípios ensinados na aula de hoje.
O Élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos, falou dos perigos de falar de maneira negativa e da necessidade de sermos mais positivos:
“Suponho que não seja nem preciso dizer que as palavras negativas geralmente são resultado de pensamentos negativos, inclusive a nosso próprio respeito. Vemos nossas próprias faltas, falamos (ou ao menos pensamos) de modo crítico a nosso próprio respeito e, em pouco tempo, é assim que passamos a ver a tudo e a todos, sem um raio de Sol, sem rosas nem qualquer promessa de esperança ou felicidade. Em pouco tempo, nós e todos ao nosso redor passamos a nos sentir péssimos.
(…) Devemos honrar a declaração do Salvador de ‘ter bom ânimo’ (Mateus 14:27; Marcos 6:50; João 16:33). (De fato, parece-me que esse é o mandamento que mais transgredimos!) Digam coisas positivas. Digam coisas animadoras, inclusive a respeito de si mesmos. Tentem não reclamar nem resmungar incessantemente” (“A Língua dos Anjos”, A Liahona, maio de 2007, pp. 17–18).
Tiago 3:10. “De uma mesma boca procedem bênção e maldição”
O Élder Robert S. Wood, dos Setenta, ensinou sobre o poder das palavras para abençoar a nós mesmos e ao próximo:
“Nossas palavras e expressões não são neutras, pois elas refletem quem somos e influenciam quem iremos nos tornar. (…)
Aquilo que dizemos e o modo como nos apresentamos não apenas revelam nosso íntimo, mas também o moldam, influenciando também as pessoas a nossa volta e, por fim, toda a sociedade. A cada dia de nossa vida, estamos ajudando a obscurecer a luz ou a afugentar as trevas. Fomos chamados para evocarmos a luz e sermos uma luz, para santificar-nos e edificarmos as outras pessoas. (…)
Quando falamos e agimos, devemos perguntar-nos se nossas palavras e expressões têm o propósito de invocar os poderes do céu em nossa vida e se convidam todos a vir a Cristo. Devemos tratar as coisas sagradas com reverência. Precisamos eliminar da nossa conversa as expressões indecentes, vulgares, violentas, ameaçadoras, depreciativas e falsas. O Apóstolo Pedro escreveu: ‘Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver’ (1 Pedro 1:15). A expressão maneira de viver refere-se não somente ao comportamento, mas também à nossa forma de falar” (“A Língua dos Anjos”, A Liahona, janeiro de 2000, pp. 101–102).