Após a ceia de Páscoa, Jesus ensinou aos apóstolos o que fazer para voltar ao Pai Celestial e para demonstrar seu amor ao Salvador. Então, prometeu-lhes que lhes enviaria outro Consolador.
O Salvador ensina aos apóstolos o que fazer para voltar ao Pai Celestial
Se possível, mostre um mapa de sua cidade e peça aos alunos que encontrem no mapa sua localização atual. Localize no mapa, outro lugar que os alunos conheçam. Peça-lhes que escrevam em um papel instruções de como ir de onde estão até esse outro lugar. Peça a um ou dois alunos que digam à classe o que escreveram.
Escreva Reino Celestial no quadro. Peça aos alunos que pensem nas instruções que dariam a alguém que quisesse saber como chegar ao Reino Celestial.
Peça-lhes que, enquanto estudam João 14, procurem uma verdade que pode ajudá-los a saber o que fazer para voltar ao Pai Celestial e entrar em Seu reino.
Para ajudá-los a entender o contexto de João 14, lembre aos alunos que o Salvador comemorara a Páscoa com os apóstolos em acomodações no andar superior de uma casa em Jerusalém. Depois da ceia pascal, Jesus disse aos discípulos que em breve os deixaria (ver João 13:33).
Peça a alguns alunos que se revezem na leitura em voz alta de João 14:1–5. Peça à classe que acompanhe a leitura à procura do que Jesus ensinou aos apóstolos para consolá-los.
O que Jesus ensinou aos apóstolos para consolá-los?
Na opinião de vocês, qual o significado da afirmação “na casa de meu Pai há muitas moradas”, no versículo 2?
Peça a um aluno que leia em voz alta a seguinte declaração do Profeta Joseph Smith:
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Profeta Joseph Smith
“[A frase] ‘Na casa de meu Pai há muitas moradas’ (…) devia ser: ‘No reino de meu Pai há muitos reinos’, para que sejais herdeiros de Deus e coerdeiros meus. (…) Há [moradas] para os que obedecem à lei celestial e há outras [moradas] para os que não foram perfeitos em cumprir essa lei, todo homem em sua própria ordem” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 229).
Você pode sugerir que os alunos anotem as palavras reino e reinos nas escrituras acima das palavras casa e moradas em João 14:2.
Que ensinamentos de João 14:1–4 podem ter servido de consolo aos apóstolos?
De acordo com o versículo 5, o que Tomé respondeu quando o Salvador disse que os apóstolos sabiam o caminho para o reino do Pai Celestial?
Peça a um aluno que leia João 14:6 em voz alta enquanto a classe procura a resposta à pergunta de Tomé.
O que Jesus respondeu a Tomé?
Desenhe um caminho no quadro. Em um extremo do caminho escreva Nós e no outro escreva Reino do Pai Celestial. Escreva o Caminho abaixo do caminho e saliente que essa expressão refere-se à via que leva de um ponto ao outro.
Em que sentido o Salvador é o Caminho? (É possível que os alunos respondam que o Salvador nos mostra como precisamos viver para nos tornarmos semelhantes a Deus e como agir para ser dignos de permanecer na presença do Pai Celestial.)
Escreva a Verdade e a Vida no quadro abaixo das palavras “o Caminho”.
De que maneira Jesus Cristo é a Verdade? (Ele é a fonte de toda verdade e viveu em perfeita harmonia com toda a verdade.)
De que maneira Jesus Cristo é a Vida? [Ele nos possibilita sobrepujar a morte física, ressuscitar com um corpo físico imortal e vencer a morte espiritual para obter a vida eterna. Ele é “a luz que está em todas as coisas, que dá vida a todas as coisas” (D&C 88:13).]
Escreva as palavras Jesus Cristo É abaixo do caminho desenhado no quadro e ao lado das palavras “o Caminho”.
Tendo em mente o que acabamos de comentar, como vocês resumiriam o significado da afirmação do Salvador “ninguém vem ao Pai, senão por mim”? (João 14:6.) (Ainda que em outras palavras, os alunos precisam expressar esta verdade: Só por meio da Expiação de Jesus Cristo e de seguirmos o caminho que Ele apontou é que nos é possível entrar no reino do Pai Celestial.)
O que acontecerá se tentarmos seguir um caminho diferente daquele que o Salvador ensinou?
Peça a um aluno que leia em voz alta a seguinte declaração do Élder Lawrence E. Corbridge, dos Setenta: Peça à classe que preste atenção para descobrir o que acontecerá se tentarmos seguir um caminho diferente daquele que o Salvador ensinou.
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Élder Lawrence E. Corbridge
“Há um único caminho para a felicidade e a realização. Ele é o Caminho. Todo outro caminho, qualquer outro caminho, seja qual for, é insensatez. (…)
Podemos seguir o Senhor e ser investidos de Seu poder e ter paz, luz, força, conhecimento, confiança, amor e alegria, ou podemos tomar outro caminho, qualquer outro, seja qual for, e andar sozinhos — sem Seu apoio, sem Seu poder, sem orientação, na escuridão, com ansiedade, dúvida, angústia e desespero. Pergunto, qual é o caminho mais fácil? (…)
Há um único caminho para a felicidade e a realização. Jesus Cristo é o Caminho” (“O Caminho”, A Liahona, novembro de 2008, pp. 34, 36).
De acordo com o Élder Corbridge, o que acontecerá se não seguirmos o caminho do Salvador?
O que acontecerá se seguirmos o caminho do Salvador?
Peça aos alunos que pensem em ocasiões nas quais foram abençoados por seguir o caminho do Salvador. Peça a alguns deles que relatem uma dessas experiências.
Para resumir João 14:7–14, comente que o Salvador ensinou aos apóstolos que um dos objetivos pelos quais Ele viera à Terra era o de, por meio de Suas palavras e ações, revelar a verdadeira natureza do Pai Celestial. Além disso, Ele prometeu que os apóstolos teriam poder de realizar coisas grandiosas.
Jesus ensina aos apóstolos o que fazer para demonstrar que O amam
Peça aos alunos que pensem em alguém que amam.
Como vocês demonstram seu amor a essa pessoa?
Peça a um aluno que leia João 14:15 enquanto os demais procuram o que Jesus disse que os apóstolos deviam fazer para demonstrar que O amavam.
Tendo em mente o que Jesus ensinou aos apóstolos, o que podemos fazer para demonstrar amor a Jesus Cristo? (Os alunos precisam identificar esta verdade: Manifestamos nosso amor a Jesus Cristo quando guardamos Seus mandamentos.)
Leve para a aula várias tiras de papel, cada uma com algum mandamento escrito. (Por exemplo: obedecer a Palavra de Sabedoria; pagar o dízimo, santificar o Dia do Senhor). Peça a vários alunos que se dirijam à frente. Diga-lhes que cada um deles deve pegar um dos papéis, ler o mandamento em voz alta e explicar de que forma nossa obediência a esse mandamento é uma expressão de nosso amor a Jesus Cristo. Depois, peça aos alunos que voltem a seus lugares.
Peça a todos que ponderem em como estão se saindo em demonstrar que amam o Salvador por meio do cumprimento dos mandamentos. Incentive-os a traçar a meta de demonstrar amor ao Salvador por meio do cumprimento mais perfeito de um mandamento (ou mais) com o qual tenham dificuldade.
Peça a um aluno que leia João 14:16–17, 26 em voz alta enquanto os demais acompanham a leitura para identificar uma promessa que o Salvador fez aos apóstolos.
O que o Salvador prometeu aos apóstolos?
Diga que as palavras “outro Consolador” do versículo 16 referem-se ao Espírito Santo. Como Ele mesmo havia sido o consolador dos apóstolos durante Seu ministério na mortalidade, o Salvador chamou o Espírito Santo de outro Consolador.
De acordo com João 14:16–17, 26, o que o Espírito Santo pode fazer por nós? (Em suas próprias palavras, os alunos precisam expressar esta verdade: O Espírito Santo pode consolar-nos, ensinar-nos todas as coisas e fazer com que nos lembremos de todas as coisas.)
Peça aos alunos que escrevam as respostas a estas perguntas no caderno ou diário de estudo das escrituras:
Alguma vez vocês sentiram o consolo do Espírito Santo? Quando? Alguma vez vocês sentiram que foram ensinados por Ele? Quando? Alguma vez Ele os ajudou a lembrarem-se de algo? Quando?
Dê-lhes tempo suficiente para terminar e, depois, peça-lhes que comentem o que escreveram.
Peça a alguns alunos que se revezem na leitura em voz alta de João 14:18–23.
De acordo com os versículos 21 e 23, que bênçãos receberemos se guardarmos os mandamentos? (Ainda que em outras palavras, os alunos precisam expressar este princípio: Se guardarmos os mandamentos o Pai Celestial e Jesus Cristo estarão conosco.)
Na opinião de vocês, como o Pai Celestial e Jesus Cristo estarão conosco? [Essa passagem se refere à aparição do Pai Celestial e de Jesus Cristo em pessoa (ver D&C 130:3).]
Diga que o Profeta Joseph Smith ensinou que o Espírito Santo é o Primeiro Consolador e Jesus Cristo é o Segundo Consolador. Para ter Cristo como nosso Segundo Consolador, precisamos primeiro desenvolver fé Nele, arrepender-nos, ser batizados, receber o Espírito Santo e empenhar-nos em servir a Deus em retidão. Se fizermos essas coisas, um dia, “Jesus Cristo em pessoa [nos] atenderá, ou seja, aparecerá a [nós] de tempos em tempos, (…) nossos olhos contemplarão visões celestiais e o Senhor [nos] ensinará face a face” (History of the Church [História da Igreja], vol. III, pp. 380–381). O cumprimento dessa promessa dependerá da vontade do Senhor e ocorrerá quando Ele considerar oportuno (ver D&C 88:68).
Peça aos alunos que façam a leitura silenciosa de João 14:27 e identifiquem a mensagem do Salvador aos apóstolos.
Qual é a relação entre a mensagem do Salvador, contida no versículo 27, e os princípios que identificamos em aula hoje?
Qual a diferença entre a paz que o Salvador nos dá e a paz do mundo?
Para resumir João 14:28–30 e a Tradução de Joseph Smith de João 14:30 (encontrada no Guia para Estudo das Escrituras ), explique à classe que Jesus disse aos apóstolos que eles deviam alegrar-se pois Ele estava prestes a deixá-los para voltar ao Pai Celestial. Além disso, Cristo lhes disse que Satanás não tinha poder sobre Ele porque Ele vencera o mundo. Jesus disse aos apóstolos que Satanás ainda tinha poder para influenciá-los, pois eles ainda não haviam terminado sua missão na Terra.
Peça aos alunos que façam a leitura silenciosa de João 14:31 e identifiquem o que o Salvador queria que o mundo soubesse.
O que o Salvador queria que o mundo soubesse?
Como o Salvador demonstrou que amava o Pai Celestial?
Para encerrar, peça aos alunos que prestem testemunho de como os princípios abordados na aula podem ajudá-los no esforço de voltar à presença de Deus no Reino Celestial.
Para ajudar os alunos a memorizar João 14:15, peça-lhes que anotem esse versículo num papel e que repitam o texto do versículo até saberem-no de cor. Depois, peça-lhes que coloquem o papel em um lugar em que sirva para lembrá-los de guardar os mandamentos como forma de demonstrar que amam o Senhor.
Comentários e Informações Históricas
João 14:6. “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida”
O Élder Bruce R. McConkie, do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou o significado de João 14:6 e falou das formas pelas quais Jesus Cristo é “o caminho, e a verdade, e a vida”:
“Ele é o Caminho porque é por meio Dele que chegamos à Salvação: ‘ninguém vem ao Pai, senão por mim’, disse Ele (João 14:6). Ele é a Verdade porque é a personificação desse santo atributo (Alma 5:48). E é a Vida porque é o ponto central do qual emana a luz da vida: sem Ele e Seu poder nada existiria. Se Ele removesse a luz da vida, a vitória da morte seria imediata; sem Ele não haveria nem imortalidade nem vida eterna, que é a vida em glória infinita” (Mormon Doctrine [Doutrina Mórmon], 2ª ed., 1966, p. 832).
O Presidente Joseph F. Smith explicou o que significa a afirmação “quem me vê a mim vê o Pai”, feita pelo Salvador:
“Jesus Cristo, o Filho de Deus, é ‘a expressa imagem’ da pessoa de Seu Pai (Hebreus 1:3). Ele viveu na Terra como ser humano, como um homem perfeito, e disse, respondendo a uma pergunta que lhe foi feita: ‘Quem me vê a mim vê o Pai’ (João 14:9). Só isso seria capaz de resolver o problema de modo a satisfazer toda mente ponderada e reverente. A conclusão inegável é que se o Filho de Deus é a expressa imagem (ou seja, à semelhança) da pessoa de Seu Pai, então Seu Pai tem a forma de um homem; porque essa era a forma do Filho de Deus, não apenas durante Sua vida mortal, mas antes de Seu nascimento mortal, e depois de Sua Ressurreição. Foi nessa forma que o Pai e o Filho, como pessoas distintas, apareceram a Joseph Smith, quando ele recebeu sua primeira visão, aos 14 anos de idade” (Ensinamentos dos Presidente da Igreja: Joseph F. Smith,1998, p. 334).
João 14:12. “Aquele que crê em mim (…) fará [obras] maiores do que estas; porque eu vou para meu Pai”
Pode parecer estranho ler que aqueles que creem em Jesus Cristo farão obras maiores que as feitas por Ele. Contudo, em Lectures on Faith [Dissertações sobre a Fé] recebemos o conselho de que, para melhor entender essa declaração, a consideremos sob a luz dos ensinamentos do Salvador contidos em João 17:20–24:
“Esses versículos, quando vistos em conjunto, declaram o mais claramente possível qual seria a situação dos santos glorificados: as obras que Jesus fizera, eles também fariam, e obras maiores do que as que Ele realizara em seu meio eles realizariam, e isso porque Ele fora para o Pai. Ele não disse que eles realizariam essas obras nesta vida; mas que fariam obras maiores porque Ele fora para o Pai. (…) As obras maiores que os que creram em Seu nome fariam seriam realizadas na eternidade, para onde Ele Se dirigia e onde eles contemplariam Sua glória” (Lectures on Faith [Dissertações sobre a Fé], 1985, pp. 77–78).
“Dois Consoladores são mencionados. Um é o Espírito Santo, o mesmo concedido no dia de Pentecostes, o qual todos os santos recebem se tiverem fé, depois do arrependimento e do batismo. (…)
Outro Consolador é mencionado, e esse é um assunto muito interessante que talvez poucos desta geração entendam. Depois que a pessoa tem fé em Cristo, arrepende-se e é batizada para a remissão dos pecados e recebe a imposição de mãos para o dom do Espírito Santo, que é o primeiro Consolador, se continuar a humilhar-se ante Deus, tendo fome e sede de justiça e vivendo de acordo com todas as palavras de Deus, o Senhor em breve lhe dirá: ‘Filho, serás exaltado’. Depois que o Senhor a tiver provado em todos os aspectos e comprovado que essa pessoa está determinada a servi-Lo a qualquer custo, então ela terá assegurados seu chamado e eleição e, então, terá o privilégio de receber o outro Consolador, prometido pelo Senhor aos santos, como registrado no 14º capítulo do evangelho de João, do versículo 12 ao 27” (History of the Church [História da Igreja], vol. III, p. 380).
O Élder Bruce R. McConkie, do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou o papel que o Espírito Santo desempenha como Primeiro Consolador:
“Enquanto estava com eles, Jesus fora seu Consolador; dera paz a sua alma; os que se sentiam sobrecarregados com as tristezas, sofrimentos e dificuldades do mundo iam até Ele e encontravam descanso para a alma. Ele consolava as viúvas e era como um pai para os órfãos. Suas palavras elevava a alma dos que Nele criam a novas alturas de serenidade e paz. Chegara a hora em que Ele partiria, mas enviaria outro Consolador — o Espírito Santo — para permanecer com os fiéis para sempre.
Para todas as outras pessoas, exceto as poucas que ouviram Sua voz na mortalidade, o Espírito Santo é o primeiro Consolador. Esse membro da Trindade dá paz à alma dos justos de todas as épocas. O Espírito Santo ‘é o dom concedido por Deus a todos os que O procuram diligentemente, tanto em tempos passados como no tempo em que Se [manifestou] aos filhos dos homens’ (1 Néfi 10:17) como também em tempos futuros. Ele é o Espírito da verdade — assim como Cristo é —, mas o mundo não pode recebê-Lo, porque o Espírito Santo não habita em templos impuros” (The Mortal Messiah [O Messias Mortal], 4 vols., 1979–1981, vol. IV, pp. 74–75).
João 14:26. O Espírito Santo é diferente da Luz de Cristo
O Presidente Joseph Fielding Smith ensinou qual é a diferença entre o Espírito Santo e a Luz de Cristo:
“O Espírito Santo não deve ser confundido com o Espírito que enche a imensidade do espaço e está presente em toda parte. Este outro Espírito [a luz de Cristo] é impessoal, não tem tamanho nem dimensão; procede da presença do Pai e do Filho e está em todas as coisas.
(…) O Espírito Santo, segundo nos ensina a revelação moderna, é o terceiro membro da Trindade e um personagem de Espírito. Os termos Espírito de Deus, Espírito do Senhor, Espírito da Verdade, Santo Espírito e Consolador são todos empregados como sinônimos; todos eles [referem-se ao] Espírito Santo. Os mesmos termos são largamente empregados com relação ao Espírito de Jesus Cristo, também chamado de Luz da Verdade, Luz de Cristo, Espírito de Deus e Espírito do Senhor; ainda assim são conceitos separados e distintos. [É] por não termos isso claro em nossa mente [que] existe tanta confusão (Doutrinas de Salvação, comp. Bruce R. McConkie, 3 vols., 1954–1956, vol. I, pp. 54–55).