Na última noite de Seu ministério na mortalidade, depois da Última Ceia, o Salvador ensinou aos apóstolos que Ele é a Videira Verdadeira e que Seus discípulos são as varas, ou seja, os ramos. Ele ordenou que Seus discípulos amassem uns aos outros e preveniu-os da perseguição que enfrentariam por seu relacionamento com Ele.
Antes da aula, escreva estas palavras no quadro: bem-sucedido, infeliz, feliz, morto, compensador, improdutivo, frutífero, produtivo, abundante e mal sucedido.
Peça aos alunos que se imaginem daqui a 60 anos, fazendo uma retrospectiva da vida.
Quais dessas palavras vocês gostariam de usar para descrever sua vida? Por quê?
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parreira
Desenhe no quadro a figura de um ramo de parreira. Você pode sugerir que os alunos copiem o desenho no caderno ou no diário de estudo das escrituras. Diga que Jesus usou a videira, ou seja, a parreira, como metáfora para ajudar os discípulos a entender como ter uma vida frutífera, produtiva e abundante.
Peça a um aluno que leia João 15:1–5 em voz alta enquanto os demais acompanham a leitura e identificam o que os diferentes elementos dessa metáfora representam.
O que a videira representa? (Escreva Jesus Cristo de forma a identificar a parreira desenhada no quadro.)
O que as varas (ou seja, os ramos) representam? (Escreva Discípulos de Jesus Cristo junto aos ramos.)
Se Jesus Cristo é a videira e nós somos as varas, o que o fruto representa? (Os frutos podem representar as boas obras que os discípulos de Jesus Cristo deveriam praticar. Escreva boas obras junto ao fruto.)
Chame a atenção dos alunos para a palavra lavrador no versículo 1.
O que é um lavrador? (É um agricultor, neste caso o agricultor que cuida da vinha.)
De acordo com os versículos 1–2, como o Pai Celestial é comparável a um lavrador? (Diga que Deus, o Pai, plantou a videira verdadeira, que é Jesus Cristo, da qual todas as varas tiram seu sustento.)
Mostre à classe um raminho cortado de uma árvore e diga como você está animado, esperando o dia em que vai conseguir colher os frutos desse ramo para comer. Pergunte aos alunos quando eles acham que você comerá dos frutos desse ramo.
Por que esse ramo não produzirá frutos? (Porque foi cortado da árvore e parou de receber os nutrientes necessários para dar frutos.)
Peça a um aluno que leia João 15:4–5 em voz alta e aos demais que acompanhem a leitura e identifiquem o que o Salvador disse que é necessário para que um ramo dê fruto.
O que Jesus disse que é necessário para que um ramo dê fruto. (O ramo precisa estar na vinha.)
Como este ramo em minhas mãos é comparável a alguém que se encontre separado ou distante do Salvador?
Sugira que os alunos marquem todas as ocorrências do verbo estar nos versículos 4–5. Diga-lhes que o verbo estar, como empregado nesses versículos significa estar firme e permanentemente arraigados em Jesus Cristo e em Sua Igreja (ver “Estai em Mim”, A Liahona, maio de 2004, p. 32).
De acordo com o versículo 5, qual é o resultado de se ‘estar’ no Salvador, ou seja, de permanecer firmemente arraigado Nele? (Os discípulos de Jesus Cristo dão muito fruto.)
Escreva esta frase incompleta no quadro: Se guardarmos os mandamentos permaneceremos no amor do Salvador e…
Para ajudar a classe a entender uma das formas pelas quais Jesus Cristo nos ajuda a guardar os mandamentos e permanecer no Seu amor, peça a um aluno que leia esta declaração em voz alta:
“(…) É pela graça do Senhor que as pessoas, por meio da fé na Expiação de Jesus Cristo e pelo arrependimento de seus pecados, recebem força e auxílio para praticar boas obras que de outra forma não seriam capazes de realizar, se tivessem que fazê-lo por seus próprios meios. Essa graça é o poder que possibilita que homens e mulheres alcancem a vida eterna e a exaltação, depois de terem realizado o máximo que podiam com seu próprio esforço” (Bible Dictionary na Bíblia SUD em inglês, “Grace”).
Quais são alguns métodos pelos quais Jesus Cristo nos fortalece para guardarmos os mandamentos?
Para resumir João 15:6–8, diga que o Salvador ensinou que quem não está Nele é como um ramo cortado que seca e morre, mas aqueles que permanecem em Jesus Cristo produzem boas obras que glorificam a Deus.
O que podemos fazer para estar no Salvador, ou seja, para permanecer firmemente arraigados Nele?
Peça a um aluno que leia João 15:9–11 em voz alta enquanto os demais acompanham a leitura para identificar o que Jesus ensinou que os discípulos deviam fazer e que bênçãos eles receberiam.
O que Jesus ensinou que Seus discípulos deviam fazer?
Como guardar os mandamentos nos ajuda a permanecer no amor do Salvador? [Diga que, ainda que o Pai e o Filho nos amem de forma perfeita e eterna, quando guardamos os mandamentos, isso nos permite receber todas as bênçãos que, em Seu amor, Eles desejam conceder-nos (ver 1 Néfi 17:35; D&C 95:12; 130:20–21).]
De acordo com o versículo 11, por que Jesus ensinou que os discípulos deviam permanecer Nele e praticar boas obras?
Pergunte aos alunos como terminariam a frase incompleta no quadro para transformá-la em um princípio extraído do que leram no versículo 11. (Usando as palavras dos alunos, complete a frase do quadro de forma a transmitir este princípio: Se guardarmos os mandamentos permaneceremos no amor do Salvador e nossa alegria será completa.)
Na opinião de vocês, por que nossa permanência no Salvador permite que recebamos a plenitude da alegria?
Peça aos alunos que pensem em algum conhecido que tenha alegria graças a permanecer firmemente arraigado no Salvador. Peça a alguns alunos que falem um pouco dessa pessoa e digam por que ela é um bom exemplo desse princípio. Além disso, você poderia considerar a possibilidade de pedir que alguns alunos comentassem como o fato de eles mesmos permanecerem no Salvador já lhes deu alegria.
Peça a todos que reflitam sobre o que podem fazer para permanecer firmemente arraigados no Salvador e, por isso, receber mais alegria.
Jesus dá aos discípulos o mandamento de amar uns aos outros
Escreva a seguinte declaração do Presidente Russell M. Nelson, do Quórum dos Doze Apóstolos, no quadro. (Extraída de “A Missão e o Ministério de Jesus Cristo”, A Liahona, abril de 2013, p. 24.)
“Sem dúvida, a maior prova de que adoramos Jesus é o fato de procurarmos imitar Seu exemplo” (Presidente Russell M. Nelson).
Sublinhe as palavras adoramos e imitar na frase escrita no quadro. Peça aos alunos que expliquem o significado desses dois verbos. (Adorar significa ter grande amor e respeito e imitar alguém é agir da mesma forma que essa pessoa agiria.)
Na opinião de vocês, por que imitar Jesus é a melhor forma de demonstrar que O amamos e O respeitamos?
Peça a um aluno que leia João 15:12 em voz alta e aos demais que acompanhem a leitura e descubram o que o Salvador pediu que fizéssemos para imitá-Lo.
O que Jesus ordenou que fizéssemos? (Os alunos podem usar outras palavras, mas precisam identificar esta verdade: O Salvador ordenou-nos que amássemos uns aos outros como Ele nos ama. Incentive-os a marcar essa verdade no versículo 12.)
Na opinião de vocês, o que significa amar alguém como Jesus Cristo nos ama?
Peça aos alunos que façam a leitura silenciosa de João 15:13–17 à procura de como o Salvador nos ama. Dê-lhes tempo suficiente para terminar e, depois, peça-lhes que formem duplas e comentem com o colega o que encontraram. Depois, faça as seguintes perguntas:
De acordo com o versículo 13, o que o Salvador afirmou ser a maior manifestação possível de amor?
O que Ele fez para demonstrar que nos amava assim?
Para ajudar os alunos a entender melhor o que é dar a vida, peça a um deles que leia em voz alta esta declaração do Élder Cláudio R. M. Costa, dos Setenta.
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Élder Cláudio R. M. Costa
“[Jesus Cristo] deu o exemplo supremo de amor, ao declarar: ‘Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos’ [João 15:13]. Ele expiou os nossos pecados e deu Sua vida por todos nós.
Podemos dar a vida por nossos entes queridos, não morrendo fisicamente por eles, mas, sim, vivendo por eles: oferecendo nosso tempo, estando sempre presentes em sua vida, servindo a todos, sendo gentis e carinhosos e demonstrando verdadeiro amor pelos membros de nossa família e por todos os homens, como nos ensinou o Salvador” (“Não Deixe para Amanhã o Que Pode Fazer Hoje”, A Liahona, novembro de 2007, p. 74).
De acordo com o Élder Costa, de que maneira podemos dar a vida por outras pessoas?
Alguma vez alguém já fez alguma dessas coisas de forma a “dar a vida” por vocês?
Peça aos alunos que meditem sobre o mandamento dado pelo Salvador de que amemos os outros como Ele nos amou. Dê-lhes alguns minutos para escrever sobre alguém a quem acham que o Salvador gostaria que demonstrassem amor juntamente com o que pretendem fazer para isso.
Jesus previne os discípulos das perseguições que enfrentariam por darem testemunho Dele
Diga que, depois de ter ensinado aos discípulos que precisavam permanecer Nele e amar uns aos outros, o Salvador disse-lhes o que aconteceria a eles devido ao testemunho especial que tinham Dele e à sua responsabilidade de prestar esse testemunho.
Peça a um aluno que leia João 15:18–20 em voz alta enquanto os demais procuram o que Jesus disse quanto à forma que o mundo trataria os discípulos. (Comente que nesses versículos a expressão “o mundo” refere-se às pessoas que amam o pecado e antagonizam Deus.)
O que Jesus disse quanto à forma que o mundo trataria Seus discípulos?
Sugere-se que você saliente, que como o mundo odeia os discípulos do Salvador, provavelmente os alunos encontrarão conteúdo antimórmon e cheio de ódio na Internet e em outros lugares. Talvez alguns alunos sejam excluídos, ridicularizados e sofram ataques cujo objetivo é intimidá-los, inclusive pela Internet.
Caso isso se aplique, sugere-se que você ensine os alunos como e onde encontrar respostas às acusações cheias de ódio feitas em relação à Igreja. Além de pedir ajuda de adultos de confiança, os alunos encontrarão recursos nas seguintes páginas da Internet: mormonnewsroom.org, lds.org/topics e seektruth.lds.org.
Para resumir João 15:21–25, diga que Jesus Cristo afirmou que quem O odeia também odeia o Pai e que essas pessoas serão consideradas responsáveis por suas escolhas.
Diga que, apesar do ódio e da perseguição a Seus seguidores, Jesus Cristo proporcionou formas de o mundo receber um testemunho Seu. Peça aos alunos que façam a leitura silenciosa de João 15:26–27 e identifiquem as testemunhas que testificariam de Jesus Cristo ao mundo.
De acordo com o Salvador, quem daria testemunho de Sua divindade? (O Espírito Santo e os discípulos do Salvador.)
Peça aos alunos que reflitam sobre os princípios e as verdades abordados em aula. Incentive-os a voltar a pensar no que foram inspirados a fazer e a seguir a orientação do Espírito Santo.
Comentários e Informações Históricas
João 15:4–5 Se permanecermos no Salvador praticaremos boas obras
O Élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou o que significa estar ou permanecer no Salvador:
“A expressão ‘estai em mim’ [João 15:4] é um conceito suficientemente compreensível no belo e elegante texto da Bíblia, mas o verbo ‘estar’ não é mais muito usado nesse tipo de construção hoje em dia. Assim passei a ter muito mais consideração por essa admoestação do Senhor ao tomar contato com a tradução dessa passagem para outro idioma. Em espanhol, o equivalente dessa expressão é ‘permaneced en mi’ [permanecei em mim]. Em inglês o verbo empregado é abide que também significa ‘permanecer, ficar’, mas até os gringos, como eu, conseguem identificar no verbo usado em espanhol o mesmo radical da palavra ‘permanência’. Nesses versículos o verbo ‘estar’ é empregado com o sentido de ‘ficar’, ou seja, de ‘estar, mas estar para sempre’. Esse é o chamado contido na mensagem do evangelho para (…) todas as pessoas do mundo: Vinde, mas vinde para permanecer. Vinde com convicção e perseverança. Vinde permanentemente, para vosso próprio bem e para o bem de todas as gerações futuras. (…)
Cristo é tudo para nós e devemos ‘estar’ Nele permanentemente, tenazmente, inabalavelmente, para sempre. Pois para que o evangelho produza seus frutos e abençoe nossa vida, precisamos estar firmemente alicerçados Nele, o Salvador de todos nós, e nesta Igreja, que é Sua e leva Seu santo nome. Ele é a videira, nossa verdadeira fonte de forças e única fonte de vida eterna” (“Estai em Mim”, A Liahona, maio de 2004, p. 32).
O Élder James M. Paramore, dos Setenta, falou de como Deus transmite Seu amor e poder a quem cumpre os mandamentos:
“Quando procuramos humildemente o Pai Celestial por meio da oração, por meio de aprender Seus mandamentos e guardá-los, Ele nos transmite Seu amor e muitos de Seus poderes. Milhares de pessoas são testemunhas da veracidade do que Ele afirmou: ‘Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor’ (João 15:10). Então, como disse o Salvador, começamos a fixar-nos à ‘videira verdadeira’ como ramos e a receber sua força e seu vigor, e podemos contar que produziremos o mesmo fruto (ver João 15:1–6). (“Amai-Vos uns aos Outros”, A Liahona, agosto de 1981, p. 94.)
O Presidente John Taylor ensinou que precisamos ser humildes, fiéis, diligentes e obedientes se quisermos ser ramos frutíferos:
“Nós, membros da Igreja dizemos: ‘Acho que entendo o meu dever e que o estou cumprindo muito bem’. Pode ser. Veja o galhinho, é verde, está florido, é a própria imagem da vida, faz a parte dele na árvore e está ligado ao tronco, aos galhos e às raízes; mas será que a árvore sobreviveria sem ele? Sobreviveria. Ele não tem nada do que se gabar nem se vangloriar dizendo: ‘Olhem como estou verdinho e florido; como é boa a minha posição, como vou indo bem e como estou no meu devido lugar fazendo o que é certo’. Será que conseguiria ir adiante sem as raízes? Não. Está no devido lugar da árvore e desempenha as suas funções. O mesmo se dá com este povo. As pessoas que fazem sua parte, magnificam seu chamado, vivem sua religião e são obedientes ao Espírito do Senhor recebem uma porção de Seu Espírito para seu benefício. E, enquanto forem humildes, fiéis e diligentes e cumprirem as leis e os mandamentos de Deus, permanecem em seu devido lugar na árvore, desenvolvem-se, e seus brotos, botões, flores e folhas, tudo o que se refere a eles vai bem, e são parte integral da árvore” (Deseret News, 16 de dezembro de 1857, p. 323; ver também Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: John Taylor, pp. 165–166).
O Presidente Gordon B. Hinckley falou dos sentimentos que João 15:13 lhe inspira:
“Jesus é meu amigo. Nenhum outro já me concedeu tantas bênçãos. ‘Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos’ (João 15:13). Ele deu Sua vida por mim. Abriu o caminho da vida eterna. Apenas um Deus poderia fazê-lo. Espero encontrar-me digno de ser amigo Dele” (“Meu Testemunho”, A Liahona, julho de 2000, p. 85).