Pouco depois de escrever sua primeira epístola aos santos tessalonicenses, Paulo escreveu-lhes uma segunda epístola na qual esclareceu certas verdades quanto à Segunda Vinda. Ele ensinou-lhes que o Salvador só voltaria depois que houvesse uma apostasia. Depois, condenou a indolência e aconselhou os santos a não se cansarem de fazer o bem (2 Tessalonicenses 3:13).
Paulo incentiva os santos com profecias sobre a Segunda Vinda de Jesus Cristo
Peça a um aluno que leia em voz alta esta declaração do Élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos:
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Élder Jeffrey R. Holland
“Digo a todos e especialmente aos jovens da Igreja que, se ainda não foram, certamente um dia serão conclamados a defender sua fé ou talvez até a suportar alguma agressão pessoal simplesmente pelo fato de serem membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias” (“O Custo — e as Bênçãos — do Discipulado”, A Liahona, maio de 2014, p. 6).
Peça aos alunos que levantem a mão se alguma vez já tiveram que defender sua religião ou enfrentar oposição por serem membros da Igreja. Peça a alguns alunos que contem como foi essa experiência.
Comente que Paulo escreveu uma segunda carta aos santos tessalonicenses na qual abordou diversas questões, inclusive a da oposição que os santos enfrentavam. Peça aos alunos que, durante o estudo de 2 Tessalonicenses 1, procurem um princípio capaz de ajudá-los a suportar a oposição e as tribulações que talvez tenham que enfrentar por serem membros da Igreja.
Peça a um aluno que leia 2 Tessalonicenses 1:3–5 em voz alta enquanto os demais acompanham a leitura para descobrir por que Paulo louvou os santos tessalonicenses.
Por que Paulo louvou os santos tessalonicenses?
De acordo com o versículo 5, qual seria a recompensa dos santos por suportarem tribulações e oposição com “paciência e fé”?
Que princípio relativo às bênçãos que receberemos se suportarmos as tribulações e a oposição com paciência e fé esses versículos nos ensinam? (Ainda que em outras palavras, os alunos precisam expressar este princípio: Se suportarmos a oposição e as tribulações com paciência e fé, seremos considerados dignos de entrar no reino de Deus.)
Peça a um aluno que leia a seguinte declaração do Presidente Dieter F. Uchtdorf, da Primeira Presidência. Peça à classe que preste atenção para descobrir o que significa suportar com paciência:
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Presidente Dieter F. Uchtdorf
“A paciência não é resignação passiva nem deixar de agir por temor. A paciência significa esperar ativamente e perseverar. Significa permanecer em algo e fazer todo o possível: trabalhar, esperar e exercer fé; suportar as dificuldades com coragem, mesmo que os desejos de nosso coração demorem a ser cumpridos. Ter paciência não é apenas suportar, mas suportar bem!” (“Prosseguir com Paciência”, A Liahona, maio de 2010, p. 57.)
De acordo com o Presidente Uchtdorf, o que é suportar com paciência?
Por que precisamos ter fé para suportar a oposição ou as tribulações com paciência?
Peça aos alunos que pensem em alguém que conheçam ou em alguém das escrituras que tenha suportado as tribulações e a oposição com fé e paciência.
Em quem vocês pensaram e como ficou evidente que essa pessoa suportou as tribulações e a oposição com fé e paciência?
Incentive os alunos a refletir sobre as tribulações e a oposição que estejam enfrentando atualmente e a decidir o que fazer para suportar essas coisas com paciência e fé. Incentive-os a orar pedindo ajuda.
Diga que Paulo fez uma profecia sobre a Segunda Vinda de Jesus Cristo, que se encontra registrada em 2 Tessalonicenses 1:6–10. Peça aos alunos que formem duplas ou grupos de três. Peça aos integrantes de cada grupo que leiam 2 Tessalonicenses 1:6–10 juntos e respondam as seguintes perguntas: (Você pode escrever as perguntas no quadro ou preparar cópias para distribuir aos grupos.) Peça aos alunos que escrevam as respostas no caderno ou diário de estudo das escrituras.
Que palavras e expressões Paulo usa para descrever a Segunda Vinda?
O que acontecerá aos justos por ocasião da Segunda Vinda?
O que acontecerá aos iníquos por ocasião da Segunda Vinda?
Dê-lhes tempo suficiente para terminar e, depois, peça a alguns alunos que relatem as respostas de seu grupo para a classe. Escreva a seguinte verdade no quadro: Por ocasião da Segunda Vinda de Jesus Cristo, os justos terão descanso e os iníquos serão destruídos.
Em sua opinião, os justos descansarão do quê?
Como essa doutrina pode reconfortar as pessoas que atualmente enfrentam tribulações devido a sua fidelidade a Jesus Cristo?
Peça aos alunos que alguma vez se perguntaram quando a Segunda Vinda de Jesus Cristo ocorrerá que levantem a mão. Comente que os santos tessalonicenses também estavam intrigados com isso e Paulo ficou preocupado com a possibilidade de eles serem enganados.
Peça a um aluno que leia 2 Tessalonicenses 2:1–2 em voz alta enquanto os demais acompanham a leitura para identificar o que Paulo achava que os santos tessalonicenses talvez tivessem concluído acerca da época da Segunda Vinda.
O que Paulo não queria que os santos tessalonicenses acreditassem com relação a quando ocorreria a Segunda Vinda? (Que ocorreria em breve.)
Peça aos alunos que façam a leitura silenciosa de 2 Tessalonicenses 2:3 e identifiquem o que Paulo disse que aconteceria antes da Segunda Vinda. Esclareça que “aquele dia” se refere à Segunda Vinda.
Que verdade esses versículos nos ensinam sobre o que aconteceria antes da Segunda Vinda? (Ainda que em outras palavras, as respostas dos alunos devem expressar a seguinte verdade: Antes da Segunda Vinda de Jesus Cristo, haveria uma apostasia.)
Saliente que, nesses versículos, Paulo dá a entender que os membros da Igreja daquela época deviam preocupar-se mais com a apostasia que já começara entre eles do que com saber quando ocorreria a Segunda Vinda do Senhor.
Para ajudar os alunos a entender melhor o que foi a Apostasia, peça a um aluno que leia em voz alta a seguinte explicação:
“Depois da morte de Jesus Cristo, pessoas iníquas perseguiram os apóstolos e os membros da Igreja e mataram muitos deles. Com a morte dos apóstolos, as chaves do sacerdócio e a autoridade do sacerdócio foram tiradas da Terra. Os apóstolos conservavam as doutrinas do evangelho puras, mantinham a ordem e determinavam qual era o padrão de dignidade para os membros da Igreja. Sem os apóstolos, ao longo do tempo as doutrinas foram corrompidas, e mudanças não autorizadas foram feitas na organização da Igreja e nas ordenanças do sacerdócio, como o batismo e o modo de conferir o dom do Espírito Santo” (Pregar Meu Evangelho: Guia para o Serviço Missionário, 2004, p. 35).
Tendo em mente essa explicação sobre a Apostasia, por que era preciso que o evangelho e a Igreja de Jesus Cristo fossem restaurados?
Esclareça que “o homem do pecado”, mencionado em 2 Tessalonicenses 2:3, é Satanás. A Restauração do evangelho e o surgimento do Livro de Mórmon “manifestaram” (ver versículo 3), ou seja, tornaram evidentes, as mentiras de Satanás e seus seguidores.
Para resumir 2 Tessalonicenses 2:4–17, comente que Paulo profetizou que o Senhor permitiria que Satanás enganasse os habitantes da Terra até que ocorresse a Segunda Vinda e incentivou os santos a permanecer firmes naquilo que ele lhes ensinara (versículo 15).
Paulo alerta os rebeldes e prega a autossuficiência
Comente que, quando Paulo escreveu a Segunda Epístola aos Tessalonicenses, os membros da Igreja tinham o costume de fazer um banquete junto com a ordenança do sacramento. Em Tessalônica, porém, havia membros que iam ao banquete, mas recusavam-se a levar ou preparar alimentos para contribuir na refeição.
Que problemas isso poderia gerar?
Para resumir 2 Tessalonicenses 3:1–9, diga que Paulo elogiou os santos fiéis e advertiu-os a não se associarem com os “desordenados”, ou seja, com os rebeldes (ver versículo 6). Além disso, escreveu que ele e seus companheiros trabalhavam para sustentar-se e, portanto, eram exemplos de autossuficiência material.
Peça a um aluno que leia 2 Tessalonicenses 3:10–13 em voz alta enquanto os demais acompanham a leitura para descobrir o que Paulo aconselhou que os santos fizessem quanto aos que se recusavam a trabalhar.
De acordo com o versículo 12, qual foi a admoestação de Paulo a quem se recusava a trabalhar? (Que trabalhassem e “[comessem] o seu próprio pão”, ou seja, que fossem autossuficientes e se sustentassem.)
De acordo com o versículo 13, que outros conselhos Paulo deu aos santos fiéis?
O que significa não se cansar de fazer o bem?
Que princípio podemos aprender com esses versículos? (Ainda que em outras palavras, as respostas dos alunos devem expressar a seguinte verdade: Temos o mandamento de esforçar-nos por ser autossuficientes e ajudar o próximo.)
Peça a um aluno que leia em voz alta a seguinte declaração de Para o Vigor da Juventude enquanto os demais prestam atenção para descobrir o que podemos fazer para empenhar-nos em ser autossuficientes.
“Uma das bênçãos do trabalho é o desenvolvimento da autossuficiência. Quando somos autossuficientes, usamos as bênçãos e habilidades que Deus nos deu para cuidar de nós mesmos e de nossa família e para encontrar soluções para nossos próprios problemas. A autossuficiência não significa que precisamos ser capazes de fazer todas as coisas sozinhos. Para ser verdadeiramente autossuficientes, precisamos aprender a trabalhar com outras pessoas e voltar-nos ao Senhor para pedir-Lhe ajuda e forças.
Lembrem-se de que Deus tem um grande trabalho para vocês fazerem. Ele vai abençoá-los em seu empenho de realizar esse trabalho” (Para o Vigor da Juventude, livreto, 2011, p. 41).
Como podemos empenhar-nos em ser autossuficientes?
Citem algumas bênçãos que vêm de sermos autossuficientes.
Preste testemunho de que, se nos empenharmos em ser autossuficientes, o Senhor nos ajudará a conseguir aquilo de que precisamos e a encontrar soluções para nossos problemas.
Peça aos alunos que ponderem o que podem fazer para tornarem-se mais autossuficientes agora e no futuro. Peça-lhes que façam uma meta que os ajude a tornarem-se autossuficientes e incentive-os a pedir ajuda ao Senhor para alcançar essa meta.
Para resumir 2 Tessalonicenses 3:14–18, comente que Paulo encerrou essa epístola aconselhando os santos a desestimular a indolência e a evitar a companhia de pessoas indolentes e desordeiras. Não deviam, porém, tratar essas pessoas como inimigas, mas admoestá-las como irmãos e irmãs no evangelho.
Para encerrar, preste testemunho das verdades abordadas em aula hoje.
Peça aos alunos que utilizem os auxílios para estudo das escrituras (como, por exemplo, o Guia para Estudo das Escrituras, as notas de rodapé ou o Guia de Referências contidos na edição SUD da Bíblia) para encontrar outra escritura que não seja 2 Tessalonicenses 2:1–3 que fale da Apostasia. Dê-lhes tempo suficiente para terminar e, depois, peça a alguns alunos que digam que escritura encontraram e expliquem o que essa escritura ensina sobre a Apostasia. Você pode anotar no quadro as referências que eles encontrarem. Peça-lhes que escolham uma escritura e cruzem sua referência com 2 Tessalonicenses 2:1–3. Você pode sugerir que anotem a referência correspondente na margem das escrituras, ao lado de 2 Tessalonicenses 2:1–3. Comente que essa escritura normalmente é usada para ensinar que ocorreu uma Apostasia e que, por isso, a Restauração era necessária. Peça aos alunos que se virem para um colega e usem 2 Tessalonicenses 2:1–3 e uma das outras escrituras listadas no quadro para falar da Apostasia.
“A palavra apostasia vem do grego e seu sentido original transmitia a ideia de rebelião contra algo, ou abandono, ou distanciamento intencional de algo. Paulo, portanto, referia-se à rebelião intencional contra o evangelho de Jesus Cristo e não a um afastamento gradual do evangelho. No Livro de Mórmon, Néfi teve uma visão do futuro na qual lhe foi revelado que ‘a casa de Israel’ se uniria aos ocupantes do grande e espaçoso edifício ‘para combater os doze apóstolos do Cordeiro’ (1 Néfi 11:35). A Apostasia não foi decorrente de passivamente deixar que ocorresse um distanciamento da verdade, foi, sim, a rebelião intencional iniciada na própria comunidade que fizera o convênio” (New Testament Student Manual [Novo Testamento — Manual do Aluno], Sistema Educacional da Igreja, 2014, p. 453).
O Élder M. Russell Ballard, do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou-nos que a Apostasia ocorreu porque as pessoas rejeitaram Cristo e Seus apóstolos:
“No período relativamente pequeno de anos que abrangem o Novo Testamento (…) as pessoas voltaram-se contra Cristo e Seus apóstolos. O colapso foi de tamanha proporção que ocorreu uma Grande Apostasia, levando a séculos de estagnação espiritual e ignorância conhecidos como a Idade das Trevas.
Agora, preciso ser bastante claro a respeito desses períodos historicamente recorrentes de apostasia e trevas espirituais. Nosso Pai Celestial ama todos os Seus filhos e quer que todos tenham as bênçãos do evangelho Dele em sua vida. A luz espiritual não se perde porque Deus vira as costas para Seus filhos. Ao contrário: são as trevas espirituais que ocorrem como resultado de Seus filhos virarem as costas para Ele coletivamente” (“Aprender as Lições do Passado”, A Liahona, maio de 2009, p. 32).
Muitas pessoas que viveram após a morte dos Apóstolos continuaram a seguir o Senhor. Sua dedicação ao Senhor era tal, que dispuseram-se a enfrentar todos os obstáculos e até a morrer por suas crenças. Durante o período da chamada Reforma, muitos indivíduos reconheceram que parte dos ensinamentos do cristianismo havia sido alterada e não coincidia com os ensinamentos da Bíblia. Esses reformadores tentaram colocar o cristianismo em harmonia com as escrituras. O Presidente John Taylor afirmou o seguinte sobre aqueles que buscavam a verdade durante a Idade das Trevas:
“Nesse período de trevas, havia homens que estavam em comunhão com Deus e que, pelo poder da fé, conseguiam afastar o eterno véu e contemplar o mundo invisível, (…) receber a visitação de anjos e ver o futuro do mundo desdobrar-se diante de si. Se isso são trevas, rogo a Deus que me conceda um pouco dessas trevas e que me livre da luz e inteligência predominantes em nossos dias” (Journal of Discourses, vol. XVI, p. 197). (Para mais informações relativas ao trabalho sincero desses reformadores, ver Thomas S. Monson, “The Way Home” [O Caminho de Volta ao Lar], Ensign, maio de 1975, pp. 15–16; ver também Pregar Meu Evangelho: Guia para o Serviço Missionário, 2004, pp. 45–46).
Devido ao trabalho realizado por esses reformadores e de outros fiéis seguidores de Deus, diversas verdades relativas ao Pai Celestial e Seu plano sobreviveram à Apostasia e hoje se encontram em todas as religiões da Terra. Contudo, as verdades necessárias a nossa salvação foram perdidas, bem como a autoridade do sacerdócio para dirigir a obra e ministrar as ordenanças salvadoras. O Senhor assegurou aos membros de outras religiões que a Restauração da Igreja e do Livro de Mórmon não implica que tudo o que aprenderam estava errado: “Eis que não a levo para destruir aquilo que receberam, mas para edificá-lo” (D&C 10:52). Foi por isso que o Presidente Gordon B. Hinckley fez este convite a todas as pessoas da Terra: “Tragam com vocês tudo o que tiverem de bom e as verdades que lhes foram transmitidas por qualquer fonte; venham e vejamos se conseguiremos acrescentar-lhes algo” (“O Alicerce Maravilhoso de Nossa Fé”, A Liahona, novembro de 2002, p. 81).