Após saber sobre a morte de João Batista, Jesus quis ficar só, mas foi seguido por uma multidão. Ele teve compaixão dessas pessoas e curou e alimentou milagrosamente mais de cinco mil delas. Naquela noite, Jesus caminhou sobre o mar até Seus discípulos, que lutavam no Mar da Galileia contra uma grande tempestade.
Jesus procura ficar só e depois alimenta mais de cinco mil pessoas
Peça aos alunos que pensem em uma ocasião em que se entristeceram muito. Convide-os a refletir sobre o que eles fizeram para suportar e vencer essa tristeza.
Quais são algumas formas diferentes que as pessoas usam para tentar suportar e vencer a tristeza?
Convide os alunos, enquanto eles estudam Mateus 14, a tentar identificar maneiras pelas quais possam suportar e vencer a tristeza, as provações e as dúvidas.
Faça um resumo de 14:1–11 explicando-lhes que mediante um pedido de sua nova mulher (Herodias) o rei Herodes tinha aprisionado injustamente João Batista. Depois que a filha de Herodias (Salomé) dançou diante dele, Herodes prometeu publicamente “que daria tudo o que [a moça] lhe pedisse” (Mateus 14:7). A filha, instruída pela mãe, pediu a cabeça de João Batista e, por isso, Herodes mandou decapitar João.
Lembre aos alunos que João Batista era amigo e parente de Jesus Cristo e foi escolhido por Deus para ser o profeta que prepararia o caminho para o Messias.
Imaginem que vocês são grandes amigos de João Batista. Como vocês reagiriam ao ouvir a notícia dessa morte injusta?
Peça a um aluno que leia Mateus 14:12–13 em voz alta e oriente a classe a identificar o que Jesus fez ao ficar sabendo da morte de João.
O que Jesus fez ao saber da morte de João? (Você pode explicar-lhes que “um lugar deserto, apartado” refere-se a um lugar solitário [ver Marcos 6:31, nota de rodapé a ].)
O que aconteceu quando Jesus tentou ficar sozinho?
Como se sentiriam se estivessem tristes e quisessem ficar só, mas outras pessoas desejassem ficar ao seu lado?
Peça a um aluno que leia Mateus 14:14 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique como Jesus reagiu ao ver que uma multidão O seguia.
Qual foi o exemplo que o Salvador nos deixou para seguir, quando estivéssemos tristes? (Os alunos podem usar palavras diferentes, mas certifique-se de que identifiquem a seguinte verdade: Ao ter compaixão por outras pessoas, mesmo quando estamos tristes, seguimos o exemplo de Jesus Cristo.)
Por que é difícil ter compaixão por outras pessoas quando nós estamos sofrendo?
De que maneira o fato de ter compaixão por outras pessoas nos ajuda se estivermos tristes?
Em que ocasião vocês passaram ou alguém que vocês conheçam passou por uma grande tristeza e, ainda assim, demonstraram ter compaixão por outra pessoa? De que maneira o serviço que prestamos a alguém nos ajuda?
Peça a alguns alunos que se revezem na leitura em voz alta de João 14:15–21. Peça à classe que acompanhe e identifique como Jesus Cristo continuou demonstrando compaixão pela multidão. (Observação: O milagre registrado em Mateus 14:15–21 será estudado mais profundamente na lição de Marcos 6:35–44.)
De que maneira Jesus continuou a demonstrar compaixão pelas pessoas que O tinham seguido?
A fim de ajudar os alunos a refletir sobre as circunstâncias nas quais eles possam sentir dúvida e medo ao seguir Jesus Cristo, peça a dois alunos que leiam as situações abaixo em voz alta:
Uma moça se sente impotente ao ver a mãe sofrer com uma doença terminal. Ela começa a questionar se o Pai Celestial tem conhecimento da dor de sua família. Ela quer desesperadamente acreditar em Deus, mas suas dúvidas estão começando a minar sua fé.
Um rapaz se filiou à Igreja faz pouco tempo. Muitos de seus velhos amigos têm criticado abertamente sua decisão de se filiar à Igreja. Ele está começando a se questionar se deve ou não continuar a ser um membro ativo e fiel da Igreja.
Quais são algumas outras maneiras de as pessoas terem dúvida ou medo por tentar seguir Jesus Cristo?
Peça aos alunos que procurem, ao estudar o restante de Mateus 14, verdades que os ajudem a vencer medos, dúvidas e desânimo.
Faça um resumo de Mateus 14:22 explicando-lhes que o Salvador instruiu Seus discípulos a ir de barco até o outro lado do Mar da Galileia enquanto Ele despedia a multidão. Peça a um aluno que leia Mateus 14:23 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique para onde Jesus foi depois de despedir a multidão. Peça-lhes que relatem o que encontrarem.
Peça a um aluno que leia Mateus 14:24–25 em voz alta e oriente a classe a identificar o que aconteceu enquanto os discípulos atravessavam o Mar da Galileia.
O que aconteceu aos discípulos enquanto atravessavam o Mar da Galileia?
O que significa “o vento era contrário”? (versículo 24.) (O vento soprava no sentido contrário ao destino deles.)
De acordo com o versículo 23, já era noite quando Jesus ficou sozinho na montanha e os discípulos estavam atravessando o Mar da Galileia. A distância da travessia do mar era de aproximadamente cinco milhas (uns oito quilômetros, e podia ser feita em duas ou três horas com tempo bom.
Segundo o versículo 25, quando o Salvador Se dirigiu aos discípulos sobre as águas do mar? (A quarta vigília da noite era das 3h às 6h da manhã.)
Por cerca de quanto tempo os discípulos provavelmente já estavam lutando contra o vento para atravessar o mar? (Provavelmente de 9 a 12 horas.)
Peça aos alunos que leiam Marcos 6:47–48 em silêncio, procurando informações adicionais que Marcos registrou sobre esse acontecimento. Peça aos alunos que relatem o que encontrarem.
Poderia Jesus ter poupado os discípulos de seus esforços mais cedo? Qual teria sido o propósito de deixar os discípulos lutarem por todo esse tempo antes de serem socorridos?
Que verdade podemos aprender sobre nossos próprios desafios com base nos relatos dos discípulos tentando atravessar o mar? (Mesmo que os alunos usem palavras diferentes, eles devem identificar a seguinte verdade: Embora nem sempre Deus nos poupe de nossas lutas, Ele sabe de tudo o que vivenciamos e virá, em Seu próprio tempo, ajudar-nos.)
Qual pode ser o benefício de lutarmos por um tempo, em vez de sermos imediatamente socorridos pelo Senhor em nossas provações?
De que maneira o fato de saber que o Senhor conhece nossas lutas fortalece a nossa fé Nele, mesmo quando Ele não nos socorre imediatamente?
Peça aos alunos que visualizem que estão dentro de um barco de pesca no meio da noite, lutando contra ventos e ondas indomáveis, por muitas horas, e de repente vê alguém caminhando sobre as águas.
O que vocês poderiam pensar ou sentir se estivessem nessa situação?
Peça a um aluno que leia Mateus 14:26–27 em voz alta e oriente a classe que procure a reação dos discípulos quando viram Jesus.
Como os discípulos reagiram ao ver Jesus?
Como Jesus reagiu ao medo deles?
Peça a outro aluno que leia Mateus 14:28 em voz alta e oriente a classe a identificar o que Pedro desejou fazer quando ouviu a voz do Senhor.
O que Pedro desejou fazer quando ouviu a voz do Senhor?
Mostre uma gravura de Jesus em frente da classe e peça aos alunos que imaginem ser Pedro dentro do barco. Peça a dois alunos que se revezem lendo em voz alta Mateus 14:29–30. Depois de cada versículo lido, pergunte aos alunos o que eles estariam pensando ou sentindo se fossem Pedro.
Por que Pedro começou a afundar?
O que o vento e as ondas desse relato representariam em nossa vida, que poderia nos levar a sentir medo ou ter dúvida?
O que podemos aprender com a experiência de Pedro sobre como evitar sermos vencidos por nossos medos e nossas dúvidas? (Os alunos podem usar palavras diferentes, mas assegure-se de que esteja claro que, se mantivermos nossos olhos fixos em Jesus Cristo e mantivermos nossa fé Nele, não seremos vencidos por nossos medos e nossas dúvidas.)
Peça a um aluno que leia em voz alta a seguinte declaração do Presidente Howard W. Hunter, e oriente a classe a identificar o perigo de falhar em manter nossa fé no Senhor:
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Presidente Howard W. Hunter
“Tenho a firme convicção que, se individualmente, em família, se como comunidades e nações, assim como Pedro, fixássemos os olhos em Jesus, também poderíamos caminhar triunfantes sobre ‘as ondas crescentes da descrença’ e ‘permanecer destemidos em meio aos ventos da incerteza’. Se, porém, desviarmos o olhar Daquele em quem devemos crer — como é fácil fazer, e como o mundo está tentado a fazer — se fixarmos o olhar no poder e na fúria dos elementos terríveis e destruidores que nos cercam, em vez de o fixarmos Naquele que nos pode ajudar e salvar, então inevitavelmente afundaremos em um mar de conflitos, tristezas e desespero” (“O Farol do Ancoradouro da Paz”,A Liahona, janeiro de 1993, p. 20).
Na opinião de vocês, como podemos “fixar os olhos” em Jesus Cristo, como Pedro fez inicialmente?
Em que ocasião vocês viram alguém cuja fé em Jesus Cristo deu-lhes força para evitar serem vencidos pelo medo ou pela dúvida?
Preste testemunho de que, ao “fixar os olhos” em Jesus Cristo e ao manter nossa fé Nele, teremos esperança e coragem para enfrentar nossas dificuldades. Convide os alunos a refletir sobre as mudanças que eles podem fazer na própria vida para melhorar o foco de sua fé e manter essa fé em Jesus Cristo, e estabelecer a meta de fazer essas mudanças.
Explique-lhes que, tal como Pedro, às vezes, podemos falhar em manter nossa fé em Jesus Cristo e sucumbir ao medo, à dúvida e ao desânimo.
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Jesus anda sobre as águas
Mostre a gravura Cristo Anda sobre as Águas (Livro de Gravuras do Evangelho, 2009, nº 43; ver também LDS.org). Peça a um aluno que leia Mateus 14:30–32 em voz alta.
De acordo com o versículo 30, o que Pedro fez ao perceber que estava afundando?
O que podemos aprender com esse relato sobre o que o Senhor fará se buscarmos Sua ajuda caso nossa fé se abale? (Mesmo que os alunos usem palavras diferentes, eles devem identificar o seguinte princípio: Se buscarmos a ajuda de Deus quando nossa fé enfraquecer, Ele pode nos erguer acima do medo e da dúvida.)
De que maneira Deus nos ergue acima de nosso medo e de nossa dúvida?
Peça a um aluno que leia Mateus 14:33 em voz alta e peça à classe que identifique como os discípulos no barco reagiram depois que Jesus e Pedro subiram no barco.
Faça um resumo de Mateus 14:33–36 explicando-lhes que, depois desse acontecimento, Jesus e Seus discípulos continuaram sua jornada e chegaram às praias mais distantes da Galileia. Quando as pessoas souberam que Jesus havia chegado, trouxeram-Lhe pessoas que sofriam de várias enfermidades. Muitos foram curados simplesmente por tocar a orla da Sua roupa.
Encerre incentivando os alunos a pôr em prática o que aprenderam nesta lição, agindo conforme as inspirações que receberem.
Comentários e Informações Históricas
Mateus 14:25. “Mas, à quarta vigília da noite, dirigiu-se Jesus para eles”
Quando esperamos que o Senhor nos dê soluções rápidas para nossos problemas, falhamos em ver o propósito maior na demora de Sua ajuda. O Élder D. Todd Christofferson, do Quórum dos Doze Apóstolos, mencionou uma provação pessoal para a qual não houve solução rápida do Senhor:
“Embora eu tenha sofrido na época, sinto-me grato, ao relembrar, por não ter havido uma solução rápida para meu problema. O fato de eu ter sido obrigado a voltar-me para Deus em busca de ajuda quase diariamente, por um extenso período de anos, ensinou-me verdadeiramente como orar e obter respostas para as orações, e ensinou-me, de uma maneira bem prática, a ter fé em Deus. Conheci meu Salvador e meu Pai Celestial de um modo e num nível que não me teria sido possível de outra forma — ou teria levado bem mais tempo. (…) Aprendi a confiar no Senhor de todo o meu coração. Aprendi a caminhar com Ele dia após dia” (“O Pão Nosso de Cada Dia Nos Dá Hoje” [Serão do Sistema Educacional da Igreja, 9 de janeiro de 2011], LDS.org).
O Élder Bruce R. McConkie, do Quórum dos Doze Apóstolos, disse o seguinte, a respeito do conhecimento que o Salvador tinha da dificuldade de Seus discípulos para atravessar o Mar da Galileia em meio à tempestade:
“Do alto do monte onde Ele havia orado (…), Jesus viu o perigo e as lutas de Seus amados amigos enquanto buscavam a segurança da praia ocidental do grande mar galileu. (…) O conhecimento do seu apuro deve ter-Lhe chegado pelo poder do Espírito mais do que pelo olho natural, pois eles estavam a mais de seis — talvez sete ou oito — quilômetros de distância. (…)
Em cerca de oito ou dez horas eles avançaram menos de sete quilômetros mar adentro.
O perigo era enorme. Até os mais fortes não conseguem resistir indefinidamente aos golpes das ondas e ao rolar incessante de uma tempestade no mar. Era a quarta vigília da noite, algo em torno de três e seis horas da madrugada. Jesus os havia deixado lutar e labutar até exaurirem toda a força. E agora viera para resgatá-los” (The Mortal Messiah [O Messias Mortal], 4 volumes, 1979–1981, vol. II, pp. 358–359).