Jesus disse a Seus discípulos sobre a aproximação de Sua morte e Ressurreição e ensinou-lhes quem será o maior no reino de Deus. Ele advertiu sobre a consequência de levar outras pessoas a pecar e instruiu Seus discípulos a afastarem-se das influências que podem levá-los ao pecado.
Jesus prediz a aproximação de Sua morte e Ressurreição e ensina quem será o maior no reino de Deus
Leve um item para a classe que tenha um aroma forte que os alunos reconhecerão (tal como uma laranja ou cebola recém-cortada ou pão fresco). Antes da aula, coloque o item na sala de aula longe da vista dos alunos.
Comece a aula perguntando aos alunos se eles perceberam um novo aroma quando entraram na sala de aula.
O que esse aroma pode influenciá-lo a fazer (se houver algo), após tê-lo reconhecido?
Ressalte que, da mesma maneira que um aroma pode nos influenciar, podemos influenciar os pensamentos e comportamentos de outras pessoas. Peça aos alunos que identifiquem verdades em Marcos 9:30–50 que podem ajudá-los a refletir sobre a influência deles nos esforços de outras pessoas em seguir o Salvador assim como a influência que outras pessoas têm sobre eles.
Explique–lhes que, após expulsar um espírito mau de um rapaz (ver Marcos 9:17–29), o Salvador viajou pela Galileia com Seus discípulos. Peça a um aluno que leia Marcos 9:31–32 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique os acontecimentos sobre os quais o Salvador profetizou.
Sobre quais acontecimentos o Salvador profetizou?
Faça um resumo de Marcos 9:33–37, explicando aos alunos que, quando Jesus veio a Cafarnaum, ensinou a Seus discípulos sobre quem seria o maior no reino de Deus. Ele também os instruiu a receber na Igreja as pessoas que se humilhassem como criancinhas e O recebessem [ver Tradução de Joseph Smith, Marcos 9:34–35 (em Marcos 9:37, nota de rodapé a)]. (Observação: Esses ensinamentos serão debatidos com maior profundidade na lição de Marcos 10.)
Jesus adverte contra influenciar outras pessoas a pecar e não se afastar de influências do mal
Peça a um aluno que leia Marcos 9:38. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique a situação que o Apóstolo João contou ao Salvador.
O que João relatou ao Salvador?
Explique aos alunos que os apóstolos haviam proibido o homem de expulsar demônios porque ele não viajava em companhia dos Doze Apóstolos. Entretanto, o Salvador disse a eles que não proibissem o homem (indicando que ele era um homem justo e possuía autoridade) e ensinou que as pessoas que ajudam Seus representantes serão recompensadas (ver Marcos 9:39–41).
Peça a um aluno que leia Marcos 9:42 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique a advertência do Salvador. Explique-lhes que nesse contexto a palavra escandalizar significa influenciar outras pessoas a tropeçar, enganar, influenciar alguém a pecar ou abandonar sua fé.
A qual grupo de pessoas o Salvador alertou contra influenciar a pecar? (Pode ser necessário explicar que os “um destes pequeninos que creem em [Jesus]” incluem as pessoas que são novas na fé, como os jovens e os recém-conversos, bem como Seus discípulos humildes e crentes de qualquer idade.)
Qual foi a advertência de Jesus contra influenciar Seus discípulos a pecar? (Ele indicou que seria melhor morrer do que passar pelo intenso sofrimento e afastamento de Deus que teríamos, se influenciássemos outras pessoas a pecar.)
Que princípio podemos aprender com a advertência do Senhor no versículo 42? (Os alunos podem usar palavras diferentes, mas devem identificar o seguinte princípio: Se influenciarmos as pessoas que acreditam em Jesus Cristo a pecar, seremos responsabilizados perante Deus.)
De que maneiras alguém pode influenciar as pessoas que acreditam em Jesus Cristo a pecar?
Relembre aos alunos sobre o aroma na sala de aula e o fato de que, assim como um aroma, temos uma influência positiva ou negativa sobre as pessoas. Peça aos alunos que reflitam a respeito da influência que eles têm sobre as pessoas que acreditam em Jesus Cristo.
A fim de preparar os alunos para identificar outro princípio ensinado pelo Salvador, peça a um voluntário que esteja usando sapatos com cadarços que venha para a frente da classe. Instrua o aluno a desamarrar e amarrar um de seus sapatos usando apenas uma das mãos. Enquanto o aluno tenta fazer isso, pergunte à classe:
Quais dificuldades você teria se perdesse uma das mãos?
Pelo que valeria a pena perder sua mão (se houver algo)?
Explique-lhes que a retirada deliberada de uma parte do corpo é conhecida como amputação e pode ser realizada se uma parte do corpo for seriamente danificada, infeccionada ou estiver doente. Apesar da amputação e da subsequente recuperação serem dolorosas e traumáticas, esse processo pode evitar que uma infecção se espalhe para o resto do corpo e cause mais danos ou a morte.
Peça a um aluno que leia Marcos 9:43 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique em que situação o Salvador ensinou que seria melhor perder uma mão do que manter ambas.
Em que situação seria melhor perder uma mão do que manter ambas?
Vocês acham que deveríamos considerar isso literalmente e cortar uma mão que nos “escandaliza” ou nos influencia a pecar? (Você pode explicar que o Salvador não estava dizendo que as pessoas deveriam literalmente cortar suas mãos. Em vez disso, Ele estava usando uma linguagem figurativa para ressaltar o que estava ensinando.)
Convide um aluno para que desenhe a figura de uma pessoa no quadro. Enquanto o aluno está desenhando, explique à classe que a Tradução de Joseph Smith de Marcos 9:43–48 pode aumentar nosso entendimento sobre os ensinamentos do Salvador nessa passagem. Nesses versículos, aprendemos que o Salvador usou a mão, o pé e o olho para simbolizar as influências em nossa vida que podem nos levar a pecar. Instrua o aluno que está fazendo o desenho no quadro a circular uma mão, um pé e um olho na imagem que desenhou. Depois, peça ao aluno que retorne ao seu lugar.
Peça a vários alunos que se revezem na leitura em voz alta da Tradução de Joseph Smith, Marcos 9:40–48 (no Guia para Estudo das Escrituras). Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que o Salvador comparou a uma mão, um pé, e um olho que “escandalizou” ou influenciou alguém a pecar. Você pode explicar-lhes que a palavra vida na Tradução de Joseph Smith, Marcos 9:40–41, 43 refere-se à vida eterna.
De acordo com essa tradução, o que a mão, o pé e o olho que escandalizam representam? (A mão representa os membros de nossa família e os amigos, o pé representa pessoas que tomamos como exemplo de como pensar e agir e o olho representa nossos líderes.)
Associe essas partes com suas interpretações na figura que o aluno desenhou no quadro.
O que o Salvador nos ensina a fazer em relação a influências iníquas ou influências que nos levam a pecar?
De que maneiras nos afastarmos de influências iníquas pode ser semelhante a amputar uma mão ou um pé?
O que pode acontecer se nos afastarmos de influências iníquas? Por quê?
Que verdade podemos aprender com os ensinamentos do Salvador nesses versículos? (Os alunos podem usar palavras diferentes, mas devem identificar uma verdade semelhante à seguinte: É melhor nos afastarmos de influências iníquas do que acabarmos afastados de Deus. Usando as palavras dos alunos, escreva esse princípio no quadro.)
Peça a um aluno que leia em voz alta a seguinte declaração do Élder Walter F. González, dos Setenta: Peça à classe que identifique outras influências das quais devemos nos afastar.
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Élder Walter F. González
“Portanto, cortar refere-se não apenas aos amigos, mas a todas as más influências, como programas de televisão, sites da Internet, filmes, livros, jogos ou música impróprios. Gravar esse princípio em nossa alma nos ajudará a resistir à tentação de ceder a qualquer má influência” (“Hoje É o Dia”, A Liahona, novembro de 2007, p. 55).
Quais dificuldades podemos enfrentar se nos afastarmos de influências iníquas?
Como podemos conhecer as maneiras apropriadas de nos afastarmos de influências iníquas?
Explique-lhes que nos afastar de influências iníquas não significa tratar outras pessoas rudemente, condenar as pessoas ou nos recusarmos a nos associar com pessoas que não são membros fiéis da Igreja. Em vez disso, devemos nos afastar ou evitar interagir de perto com pessoas que nos levem a pecar. Embora possamos não ser capazes de remover ou evitar toda influência que pode nos levar ao pecado, o Senhor vai abençoar-nos, ao tentarmos nos afastar de qualquer influência do mal que pudermos e ao tentarmos desenvolver a autodisciplina para evitar influências que não nos seja possível eliminar completamente.
Para ajudar os alunos a entenderem melhor essa verdade, peça a dois deles que se dirijam à frente da classe. Instrua cada aluno a ler em voz alta uma das seguintes situações e faça as perguntas relacionadas para a classe: Peça à classe que responda às perguntas com base na verdade identificada em Marcos 9:43–48.
Situação 1: Tenho amigos que frequentemente me incentivam a participar de atividades que quebram os mandamentos de Deus. Entretanto, acho que posso ser uma boa influência para meus amigos se continuar a passar tempo com eles.
Eu não vou perder minha capacidade de influenciar esses amigos para o bem se me afastar deles? Que tipo de relacionamento eu devo ter com eles?
O que devo dizer e fazer para me afastar adequadamente desses amigos?
Situação 2: Sou fã de uma banda popular há muitos anos. Em algumas músicas e entrevistas recentes eles incentivaram comportamentos e ideias que se opõem aos padrões e ensinamentos do Senhor.
São apenas músicas e palavras, certo? Então, qual é o perigo de continuar a ouvir a música e segui-los na mídia social?
Agradeça a participação desses voluntários e peça-lhes que voltem aos seus lugares. Pergunte à classe:
Mesmo que às vezes seja difícil nos afastar das influências que nos levam a pecar, o que podemos obter com esse sacrifício? (Muitas bênçãos, incluindo a vida eterna.) Por que essa recompensa vale qualquer sacrifício?
Quando vocês ou alguém que conhecem escolheram se afastar de influências iníquas? (Relembre os alunos que não devem contar nada que seja sagrado ou muito pessoal.) O que foi mais difícil em relação a se afastar dessa influência? Quais bênçãos recebemos por fazer isso?
Peça aos alunos que reflitam sobre quaisquer influências na vida deles que podem levá-los a pecar. Peça aos alunos que escrevam no caderno ou diário de estudo das escrituras como eles vão se afastar dessas influências.
Faça um resumo de Marcos 9:49–50, explicando aos alunos que o Salvador instruiu a Seus discípulos a ter relacionamentos pacíficos uns com os outros.
Termine incentivando os alunos a agir sob quaisquer inspirações que receberam durante a lição.
O “Filho do Homem” é “um título que Jesus Cristo usava ao referir-se a si próprio (Lucas 9:22; 21:36). Significava o Filho do Homem de Santidade. Homem de Santidade é um dos nomes de Deus, o Pai. Quando Jesus chamava a si próprio de Filho do Homem, fazia declaração aberta de seu parentesco divino com o Pai. Esse título é encontrado frequentemente nos Evangelhos. A revelação dos últimos dias confirma o significado especial e o caráter sagrado desse nome do Salvador” (D&C 45:39; 49:6, 22; 58:65; Moisés 6:57) (Guia para Estudo das Escrituras, “Filho do Homem”, scriptures.LDS.org).
Marcos 9:38–40. O homem que expulsava demônios em nome do Salvador
O Élder Bruce R. McConkie, do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou que o Apóstolo João estava preocupado com o homem que expulsava demônios em nome do Salvador, possivelmente porque o homem “não fazia parte do círculo de relacionamento dos discípulos que viajavam, comiam, dormiam e conversavam constantemente com o Mestre. Lucas escreveu: ‘Porque [ele] não segue conosco”; que significa ele não era um de seus companheiros. Mas com a resposta de nosso Senhor fica evidente que ele era um membro do reino, um administrador legal que estava atuando com a autoridade do sacerdócio e o poder da fé. Ou ele era desconhecido para João, que, portanto, erroneamente supôs que ele não tinha autoridade ou então João supôs falsamente que o poder de expulsar demônios se limitava aos Doze e não se estendia a todos os fiéis portadores do sacerdócio. É possível que a pessoa que expulsava demônios fosse um setenta. Não há registro do Novo Testamento sobre a convocação do primeiro quórum dos Setenta, mas quando Jesus (um dia depois) chamou um segundo quórum dos Setenta para o ministério, Ele expressamente lhes deu o poder para expulsar demônios”. (Lucas 10:1–20.) (Doctrinal New Testament Commentary, 3 vols., 1965–1973, vol. I, p. 417.)
“A resposta do Salvador a João registrada em Marcos 9:40, reafirmou a João e aos Doze que o homem era um discípulo com autoridade, mesmo que não fosse um apóstolo” (New Testament Student Manual [Novo Testamento - Manual do Aluno] Sistema Educacional da Igreja, 2014).
Marcos 9:42. “Melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma pedra de moinho”
O Élder Bruce R. McConkie, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou sobre a advertência do Senhor em Marcos 9:42:
“Poucos crimes são tão brutos e perversos quanto o de ensinar doutrinas falsas e levar almas para longe de Deus e da salvação. (…) Se a alegria eterna é a recompensa dada àqueles que ensinam a verdade e trazem almas à salvação, aqueles que ensinam falsas doutrinas e conduzem almas à condenação não receberão como recompensa remorso eterno?” (D&C 18:10–16).
“(…) É melhor morrer e ter negadas as bênçãos da continuidade da existência mortal do que viver e afastar as almas da verdade, ganhando assim a condenação eterna para si” (Doctrinal New Testament Commentary, 3 vols., 1965–1973, vol. I, p. 420).
Marcos 9:43–48. Afastar-nos das influências que nos levam a pecar
O Presidente Russell M. Nelson, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou quando é adequado nos afastarmos daqueles que nos levam a pecar:
“Com quem escolherão associar-se?
Vocês conviverão com muitas pessoas boas que também creem em Deus. Sejam judeus, católicos, protestantes ou muçulmanos, os crentes sabem que existe mesmo uma verdade absoluta. (…)
Ao percorrerem a jornada da vida, vocês também terão contato com pessoas que não creem em Deus. Muitas delas ainda não acharam a verdade divina nem sabem onde procurá-la. Mas vocês, jovens de nobre estirpe, podem resgatá-las. (…)
Ao conviverem com descrentes, tenham ciência de que talvez alguns deles não sejam bem-intencionados (ver D&C 1:16; 89:4). Assim que perceberem isso, fujam deles o mais rápido e permanentemente possível (ver 1 Timóteo 6:5–6, 11)” (“O Que Escolherão?”,A Liahona, janeiro de 2015, p. 21).
Marcos 9:43–48. Ir “para o inferno (…) onde o seu verme não morre, e o fogo nunca se apaga”
A palavra inferno em Marcos 9:43, 45, 47 é uma tradução da palavra gehenna que é a forma grega das palavras hebraicas ge hinnom que significam “vale de Hinom”. Nesse vale profundo do sul de Jerusalém, “judeus idólatras ofereciam seus filhos [como sacrifício] ao [deus pagão] Moloque (2 Crônicas 28:3; 33:6; Jeremias 7:31; 19:2–6)” (Bible Dictionary no Dicionário da Bíblia SUD em inglês, “Hell”). Depois que o rei Josias encerrou essa prática, o vale era “usado como lugar para queimar o lixo da cidade (2 Reis 23:10) e que dessa maneira tornou-se símbolo de um lugar de tormento (Mateus 5:22, 29–30; 10:28; 18:9; 23:15, 33; Marcos 9:43, 45, 47; Lucas 12:5; Tiago 3:6). Expressões sobre o ‘fogo do inferno’ devem-se, provavelmente, à impressão produzida na mente dos homens pela visão da queima incessante e são figurativas sobre o tormento daqueles que deliberadamente desobedecem a Deus” (Bible Dictionary no Dicionário da Bíblia SUD em inglês, “Hell”).
Marcos 9:44, 46 refere-se ao rebelde tem um verme que “não morre”. Alguns tipos de vermes consomem lixo. Vermes parasitas infestam corpos vivos, causando várias doenças e dor intensa. Assim, o verme que “não morre” representa as lembranças e os remorsos na consciência dos rebeldes que continuamente vão corroê-los e atormentá-los na vida futura.