Seminário
Lição 37: Gênesis 42–43


Lição 37

Gênesis 42–43

Introdução

Devido à fome generalizada, Jacó enviou dez de seus filhos ao Egito para comprar alimento. Eles foram recebidos por seu irmão José, mas não o reconheceram. José os acusou de serem espiões, aprisionou Simeão e enviou os outros de volta a Canaã com o encargo de retornar com seu irmão Benjamim. Devido à necessidade que a família tinha de mais alimento, Jacó relutantemente concordou em enviar Benjamim com os irmãos, de volta ao Egito.

Sugestões Didáticas

Gênesis 42:1–20

Os irmãos de José viajam para o Egito para comprar alimento

Escreva a seguinte pergunta no quadro e peça aos alunos que reflitam sobre ela:

Com que frequência as palavras ou profecias de Deus são cumpridas?

À medida que os alunos estudarem Gênesis 42:1–20, peça-lhes que procurem como a palavra de Deus foi cumprida na vida de José.

Para ajudar os alunos a entender o contexto de Gênesis 42–43, lembre-os de que em Gênesis 41 eles ficaram sabendo que Faraó encarregou José de ajuntar e armazenar trigo por sete anos em preparação para um período de fome. Depois que a fome começou, José vendeu alimento para o povo do Egito e para outras nações.

Peça a um aluno que leia Gênesis 42:1–5 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que Jacó disse a seus filhos que fizessem para sobreviverem à fome. Peça aos alunos que relatem o que encontrarem.

Peça a um aluno que leia Gênesis 42:6–8 em voz alta. Peça à classe que identifique quem os filhos de Jacó encontraram no Egito.

  • Quem os filhos de Jacó encontraram? Por que vocês acham que eles não o reconheceram?

  • O que aconteceu da última vez em que José estivera com os irmãos?

  • Que sentimentos vocês poderiam ter se fossem José e vissem seus irmãos pela primeira vez em mais de 20 anos?

Leia Gênesis 42:9 em voz alta e peça à classe que procure o que José lembrou quando viu seus irmãos se curvando perante ele.

  • De que sonhos José se lembrou? (Você pode recapitular Gênesis 37:6–7, 9–10 com a classe. Lembre-os de que o ato de curvar-se é uma expressão de profundo respeito ou cortesia perante um superior, geralmente baixando-se a cabeça.)

  • Com base no que aconteceu com José, que verdade podemos aprender sobre as profecias que o Senhor concede por meio de seus servos? (Os alunos podem identificar uma verdade como a seguinte: As palavras ou profecias de Deus concedidas por meio de Seus servos são cumpridas de acordo com a vontade Dele.)

  • Quando foi que vocês viram as palavras de Deus serem cumpridas em sua vida ou na vida de alguém que vocês conhecem?

Resuma Gênesis 42:10–18 e explique que, depois de José ter acusado seus irmãos de serem espiões, ele colocou-os na prisão por três dias.

Peça a um aluno que leia Gênesis 42:19–20 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que José instruiu seus irmãos a fazerem para provar que estavam dizendo a verdade. Peça aos alunos que relatem o que encontrarem.

  • Por que vocês acham que os irmãos de José podem ter ficado preocupados naquela situação? (Para provar sua inocência, eles precisavam trazer Benjamim para o Egito. No entanto, seu pai Jacó já tinha dito que não queria que Benjamim fosse ao Egito.)

Gênesis 42:21–38

José envia seus irmãos para casa a fim de buscarem Benjamim

Escreva as seguintes perguntas no quadro e peça aos alunos que respondam.

Vocês acham que sentir-se culpado é bom ou ruim? Qual é o propósito do sentimento de culpa? Quando é que o sentimento de culpa pode ser uma bênção?

Para variar, você pode pedir aos alunos que discutam essas perguntas em duplas. Depois que os alunos tiverem tido tempo para debater essas perguntas em duplas, convide alguns deles a compartilhar suas respostas com a classe.

Peça a um aluno que leia Gênesis 42:21–23 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que os irmãos de José começaram a pensar ao passarem por aquela situação difícil no Egito.

Quem é o irmão a quem eles se referiam nesses versículos? (José.)

  • Que evidências vocês veem nos versículos 21–23 de que os irmãos de José ainda sofriam pelo que tinham feito mais de 20 anos antes, quando venderam José como escravo e depois mentiram ao pai a esse respeito? (Depois que os alunos responderem, você pode sugerir que marquem a frase “somos culpados acerca de nosso irmão” no versículo 21.)

  • Por que vocês acham que os irmãos de José sentiram culpa pelo que haviam feito a José tantos anos antes? (Eles ainda não tinham se arrependido plenamente, portanto a culpa permanecia.)

Explique-lhes que a expressão “o seu sangue também é requerido” no versículo 22 sugere que o irmão de José, Rúben, sabia que eles teriam de prestar contas pelo que haviam feito a José.

  • Nos versículos 21–22 e nas ideias abordadas, que verdades podemos aprender sobre a culpa? (As verdades que os alunos podem identificar incluem estas: A culpa acompanha o pecado. A culpa pode fazer com que sintamos pesar por nossos pecados. Você pode anotar essas verdades no quadro.)

Para ajudar os alunos a entender melhor alguns dos propósitos da culpa, peça a um aluno que leia em voz alta a seguinte declaração feita pelo Élder David A. Bednar, do Quórum dos Doze Apóstolos.

Élder David A. Bednar

“Todos já vivenciamos a dor associada a uma ferida ou lesão física. Quando sentimos dor, geralmente buscamos alívio e nos sentimos gratos pelo medicamento e pelos tratamentos que ajudam a aliviar nosso sofrimento. Considerem o pecado como uma ferida espiritual que provoca culpa. (…) A culpa é para nosso espírito o que a dor é para nosso corpo: um aviso de perigo e uma proteção contra lesões adicionais” (“Cremos em Ser Castos”, A Liahona, maio de 2013, p. 41).

  • De acordo com o Élder Bednar, quais são alguns dos propósitos do sentimento de culpa?

  • De que modo a culpa nos protege de causarmos mais danos? (A culpa nos protege de outros danos espirituais alertando-nos quando fizemos algo errado. A culpa também pode motivar-nos a fazer mudanças que vão ajudar-nos a evitar erros futuros.)

Você pode escrever outra verdade no quadro: A culpa pode motivar-nos a arrepender-nos, a buscar o perdão e a evitar pecados futuros.

Peça a um aluno que leia outra declaração feita pelo Élder Bednar. Peça-lhes que identifiquem o que acontece quando nos arrependemos de nossos pecados.

Élder David A. Bednar

“O Salvador é muitas vezes chamado de o Grande Médico, e esse título tem significado tanto simbólico quanto literal. (…) Da Expiação do Salvador flui o bálsamo consolador que pode curar nossas feridas espirituais e remover a culpa. Contudo, esse bálsamo somente pode ser aplicado por meio dos princípios da fé no Senhor Jesus Cristo, do arrependimento e da obediência constante. Os frutos do arrependimento sincero são paz de consciência, consolo e cura e renovação espirituais” (“Cremos em Ser Castos”, A Liahona, maio de 2013, p. 41).

  • Que conselho o Élder Bednar deu aos que têm sentimentos de culpa por causa de seus pecados?

  • Qual é a promessa a todos os que se arrependerem sinceramente?

Convide os alunos a seguirem o conselho do Élder Bednar de buscar a paz e a cura espiritual, exercendo fé no Senhor Jesus Cristo e arrependendo-se de seus pecados. Você também pode prestar testemunho dos princípios que a classe acabou de abordar.

Peça a um aluno que leia Gênesis 42:24 em voz alta. Peça à classe que procure a reação de José ao ver e ouvir as expressões de culpa e remorso dos irmãos. Peça aos alunos que relatem o que encontrarem.

Resuma Gênesis 42:25–35 e explique que, depois que José prendeu Simeão, ele enviou os outros irmãos de volta para casa, com alimento. Mas, antes de partirem, ordenou a seus servos que escondessem nos sacos de cereais dos irmãos o dinheiro que eles usaram para comprar os grãos. Quando eles descobriram mais tarde o dinheiro nos sacos, ficaram com medo.

Peça a um aluno que leia Gênesis 42:36–38 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique como Jacó reagiu inicialmente ao pedido feito por seus filhos de levar Benjamim de volta com eles ao Egito. (Você pode explicar-lhes que a palavra desfilhado no versículo 36 significa perder os filhos ou ser privado deles.) Peça a eles que relatem o que encontrarem.

Gênesis 43:1–15

Os filhos de Jacó pedem novamente para voltar ao Egito com Benjamim

Peça aos alunos que reflitam sobre algumas das provações da vida de Jacó, fazendo a seguinte pergunta:

  • Nesse ponto da vida de Jacó, quais de seus entes queridos ele havia perdido?

Você pode ter de lembrar os alunos de que Jacó trabalhou 14 anos para Labão para poder casar-se com Raquel, a quem ele muito amava. Depois de não ter sido capaz de gerar filhos por muitos anos, ela deu à luz José e mais tarde veio a falecer ao dar à luz Benjamim. Jacó acreditava que José estivesse morto.

  • Por que vocês acham que Jacó estava relutante em enviar Benjamim ao Egito com os irmãos? [Você pode ter que salientar que Benjamim era o único filho restante de sua amada esposa Raquel (ver Gênesis 44:27–29).]

Peça a vários alunos que se revezem para ler em voz alta Gênesis 43:1–15. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que persuadiu Jacó a permitir que seus filhos voltassem ao Egito com Benjamim. Peça aos alunos que relatem o que encontrarem.

  • De acordo com os versículos 8–10, o que Judá prometeu ao pai?

  • De que maneira Jacó reagiu?

Gênesis 43:16–34

Os irmãos de José retornam ao Egito e participam de um banquete com ele

Resuma Gênesis 43:16–25 e explique que os filhos de Jacó retornaram ao Egito. Quando José viu que eles tinham trazido Benjamim com eles, instruiu seu servo a recebê-los em sua casa. Os irmãos temeram que José os prendesse por causa do dinheiro que havia sido devolvido em seus sacos de cereais na visita anterior.

Lembre os alunos de que aquela era a primeira vez que José via Benjamim em muitos anos. Peça a vários alunos que se revezem para ler em voz alta Gênesis 43:26–34. Você pode parar de vez em quando para perguntar aos alunos o que eles acham que José e seus irmãos estariam sentindo.

Explique-lhes que, na próxima aula, os alunos vão aprender como e quando José revelou sua identidade aos irmãos.

Comentários e Informações Históricas

Gênesis 42:21–22. A culpa acompanha o pecado

O Élder Dallin H. Oaks, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou a respeito da necessidade do sofrimento pessoal no processo de arrependimento:

“O Presidente Spencer W. Kimball, que nos deixou ensinamentos muito abrangentes sobre o arrependimento e o perdão, disse que o sofrimento pessoal ‘é uma parte muito importante do arrependimento. Uma pessoa ainda não começou a se arrepender até que tenha sofrido intensamente por seus pecados. (…) Se a pessoa não sofreu, ela não se arrependeu’ (The Teachings of Spencer W. Kimball [Ensinamentos de Spencer W. Kimball], 1982, pp. 88, 99). (…)

Temos que suportar um sofrimento pessoal no processo do arrependimento — e para as transgressões graves, esse sofrimento pode ser severo e prolongado” (“Pecado e Sofrimento”, A Liahona, abril de 1994, p. 26).

O Élder M. Russell Ballard, do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou o seguinte sobre o pecado e o sofrimento:

“O pecado sempre, sempre mesmo, resulta em sofrimento. Esse sofrimento pode vir mais cedo ou mais tarde, mas virá” (“A Pureza Precede o Poder”, A Liahona, janeiro de 1991, p. 39).