Seminário
Lição 3: O Papel do Aluno


Lição 3

O Papel do Aluno

Introdução

Esta lição deve ajudar os alunos a cumprir seu papel no aprendizado do evangelho. Para entender seu papel, os alunos também precisam entender o papel do Espírito Santo e o do professor. Pode ser necessário rever regularmente os princípios ensinados nesta lição a fim de relembrar os alunos de suas responsabilidades no tocante ao aprendizado do evangelho.

Sugestões Didáticas

Os papéis do Espírito Santo, do professor e do aluno

Divida os alunos em grupos de três ou quatro pessoas e peça-lhes que falem o seguinte (se quiser, escreva os itens no quadro): o nome deles, o time favorito, a posição que eles preferem nesse esporte, se tiverem alguma (complete com outras atividades, como uma banda, um coro ou um grupo de teatro).

Depois que os alunos tiverem conversado, peça a um aluno que desenhe no quadro um campo ou uma quadra do seu esporte favorito e marque com um X a posição de cada jogador. Peça ao aluno que explique o objetivo daquele esporte e o que o time tem de fazer para ganhar. Depois, faça as seguintes perguntas ao aluno:

  • Em sua opinião, qual é a posição mais importante dentro do time? E a menos importante?

  • O que aconteceria se você excluísse uma posição e tentasse competir assim mesmo?

  • O que aconteceria se o jogador daquela posição estivesse lá, mas ele (ou ela) não entendesse direito seu papel ou estivesse esperando que os outros cumprissem o papel dele (ou dela)?

Ressalte como é importante que cada jogador entenda e cumpra o seu papel para que o time consiga atingir seu objetivo com sucesso. Explique aos alunos que participar de uma aula do seminário é semelhante a fazer parte de um time.

  • Qual você acha ser o propósito da aula do seminário?

Depois de os alunos terem respondido, peça a um aluno que leia a seguinte declaração em voz alta enquanto a classe presta atenção ao propósito do seminário. (Você pode fazer cópias desta declaração para distribuir aos alunos e também deixá-la exposta na classe pelo menos durante as primeiras semanas de aula do seminário.)

O propósito do seminário é “ajudar os jovens e os jovens adultos a entender e confiar nos ensinamentos e na Expiação de Jesus Cristo, a qualificarem-se para as bênçãos do templo e prepararem-se a si próprios, suas famílias e outras pessoas para a vida eterna com seu Pai Celestial” (“O Objetivo dos Seminários e Institutos de Religião”, Ensinar e Aprender o Evangelho, 2012, p. x).

  • Que parte do propósito do seminário você mais deseja alcançar em sua vida?

  • Como membro da classe do seminário, qual você acha ser o seu papel para atingir esse propósito?

Depois de os alunos responderem, explique-lhes que para atingir o propósito do seminário é necessário o esforço de três pessoas distintas. Cada uma tem uma posição ou um papel singular no processo. Escreva os seguintes títulos no quadro: Espírito Santo, Professor, Aluno.

  • Qual você acha ser a posição ou o papel mais importante? Qual você acha ser a menos ou o menos importante?

  • O que aconteceria se excluíssemos um desses papéis de nossa aula do seminário?

  • O que aconteceria se uma dessas pessoas não entendesse direito seu papel ou esperasse que outros o cumprissem?

Ressalte que por mais eficiente que o Espírito Santo ou o professor sejam, o propósito do seminário não será alcançado se os alunos não cumprirem seu papel. Diga-lhes que para os alunos entenderem seu papel, eles precisam entender também os papéis do Espírito Santo e do professor.

O papel do Espírito Santo

Peça aos alunos que reflitam sobre o que eles acham ser o papel do Espírito Santo na classe do seminário.

  • Por que o Espírito Santo é essencial para nossa experiência no seminário?

Peça a um aluno que leia 2 Néfi 33:1 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique como o Espírito Santo age sobre os alunos quando uma verdade é ensinada por Seu poder.

  • De acordo com esse versículo, como o Espírito Santo age sobre os alunos? (No quadro, abaixo de “Espírito Santo”, escreva a seguinte doutrina: O Espírito Santo leva a verdade ao nosso coração.)

  • O que você acha que vai acontecer se não convidarmos ou recebermos o Espírito Santo em nossa sala de aula?

Peça aos alunos que ponderem como seu comportamento e sua dignidade pessoal se relacionam com a capacidade de ser ensinado pelo Espírito Santo.

Para ilustrar o papel do Espírito Santo no Velho Testamento, conte-lhes que um profeta chamado Elias estava se sentindo desanimado por causa da iniquidade do povo. O Senhor, então, falou com ele no cume de um monte. Peça a um aluno que leia I Reis 19:11–13 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique como o Senhor Se comunicou com Elias nesta ocasião. Peça aos alunos que relatem o que encontrarem.

  • Como o fato de saber que o Senhor Se comunica conosco por meio do Espírito Santo pode ajudá-lo enquanto você se esforça para aprender pelo Espírito Santo? Como o fato de saber que o Espírito Santo Se comunica conosco pode ajudá-lo?

Se possível, distribua aos alunos uma cópia da seguinte declaração do Élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos. Peça a um aluno que a leia em voz alta.

Élder Jeffrey R. Holland

“Saibam que o Pai Celestial os ama, e Seu Filho Unigênito também. Quando Eles falarem a vocês — e hão de falar — não será no vento nem no terremoto nem no fogo, mas com uma voz mansa e delicada, uma voz terna e bondosa” (“A Língua dos Anjos”, A Liahona, maio de 2007, p. 16).

Convide os alunos a compartilharem seus pensamentos e sentimentos sobre a capacidade do Espírito Santo de levar as verdades do evangelho para nosso coração.

O papel do professor

Aponte para a palavra “Professor” no quadro e faça as seguintes perguntas:

  • Se o papel do Espírito Santo é levar a verdade ao coração do aluno, qual você acha ser o papel do professor do seminário?

Peça a dois alunos que leiam em voz alta Doutrina e Convênios 42:12–14 e Doutrina e Convênios 50:13–14. Peça aos alunos que ouçam qual é o papel do professor.

  • Como você resumiria o que essas passagens nos ensinam sobre o papel do professor? (Os alunos podem dar várias respostas, como a doutrina a seguir: O Senhor ordena aos professores que ensinem o evangelho pelo Espírito. Escreva essa doutrina abaixo de “Professor” no quadro.)

Explique-lhes que depois de ter falado no Monte Sinai aos israelitas da Antiguidade, o Senhor deu instruções específicas àqueles que fossem ensinar Sua palavra. Peça a um aluno que leia Deuteronômio 6:4–7 em voz alta. Peça à classe que preste atenção ao que o Senhor ordenou aos israelitas.

  • O que o Senhor esperava daqueles que ensinavam a palavra de Deus a Seus filhos?

  • Como o versículo 7 ajuda você a entender o papel de seu professor do evangelho?

O papel do aluno

Aponte para “Aluno” no quadro e pergunte-lhes qual, na opinião deles, é o papel dos alunos para atingir o propósito do seminário.

Depois de responderem, peça a dois alunos que se dirijam à frente da classe. Dê a um deles um peso (como os usados em academia) e peça-lhe que faça repetições de levantamento com ele. Enquanto ele faz isso, pergunte se tem como transferir a força que este aluno está ganhando nos músculos para o outro aluno.

  • Como esse exemplo se compara à nossa aquisição de conhecimento e testemunho? (Se os alunos querem crescer espiritualmente, eles têm de se esforçar.)

Distribua aos alunos uma cópia da seguinte declaração do Élder David A. Bednar, do Quórum dos Doze Apóstolos. Peça aos alunos que a leiam silenciosamente e identifiquem o que ela ensina sobre o papel do aluno.

Élder David A. Bednar

“Um aprendiz que exerce seu arbítrio agindo de acordo com princípios corretos, abre seu coração ao Espírito Santo e convida-O a ensinar, a testificar com poder e a confirmar o testemunho. O aprendizado pela fé exige esforço físico, mental e espiritual e não apenas uma receptividade passiva. (…)

O aluno precisa exercer fé e agir para obter o conhecimento por si mesmo” (“Aprender pela Fé”, A Liahona, setembro de 2007, p. 17).

  • O que você aprende com essa declaração a respeito de seu papel na aquisição de conhecimento espiritual? (Os alunos podem dar várias respostas, mas provavelmente incluirão um princípio semelhante ao seguinte: A aquisição de conhecimento espiritual requer empenho de nossa parte. Escreva esse princípio abaixo de “Aluno” no quadro.)

  • Quais são alguns esforços espirituais, mentais ou físicos que podemos fazer para adquirir conhecimento espiritual? (Você pode escrever as respostas dos alunos abaixo do princípio que você acabou de escrever no quadro.)

(Observação: Se desejar, convide os alunos a ler Doutrina e Convênios 88:122 e a falar sobre a importância da ordem e do respeito em sala de aula.)

No quadro, trace uma reta conectando “Espírito Santo” a “Aluno”, e pergunte:

  • A seu ver, qual é a relação entre os alunos conseguirem cumprir com seu papel no processo de aprendizado e o Espírito Santo conseguir cumprir o papel Dele? (Ainda que seja em outras palavras, as respostas dos alunos devem refletir o seguinte princípio: Quando nos empenhamos por cumprir nosso papel de aluno, abrimos o coração para o poder do Espírito Santo nos ensinar.)

Para ajudar os alunos a entender como os papéis do Espírito Santo, do professor e do aluno trabalham juntos, peça-lhes que abram em II Reis 5.

Explique-lhes que Naamã era capitão do exército Sírio e sofria de uma doença chamada lepra. Uma serva judia que trabalhava na casa dele comentou que o profeta israelita Eliseu, que estava em Samaria, poderia curá-lo.

Peça a dois alunos que se revezem para ler em voz alta II Reis 5:9–15. Peça à classe que acompanhe a leitura procurando o resultado das ações de Naamã. Depois que os alunos lerem, faça as seguintes perguntas para ajudá-los a reconhecer os papéis do aluno, do Espírito Santo e do professor.

  • Quais foram os resultados que as ações de Naamã tiveram?

  • Quem estava no papel de professor nesse relato?

  • Como você acha que o Espírito Santo desempenhou um papel na experiência de Naamã?

Convide os alunos a compartilharem como eles têm convidado o Espírito e agido de acordo com o que estão aprendendo no seminário ou em outras classes do evangelho, e quais são os resultados de tais esforços.

Dê aos alunos tempo para refletir sobre uma ou duas coisas que eles querem fazer para cumprir com seu papel no seminário este ano. Peça-lhes que tracem uma meta para cumprir esses desejos. Você pode sugerir que escrevam essa meta no diário de estudo das escrituras ou em uma folha de papel. Se os alunos precisarem de ajuda quanto a ideias de metas, você pode mostrar as seguintes sugestões encontradas no capítulo 1 do livro Ensinar e Aprender o Evangelho:

  • Criar o hábito de estudar as escrituras diariamente.

  • Descobrir e expressar doutrinas e princípios relevantes para sua própria vida.

  • Fazer perguntas e procurar respostas que os ajudem a entender melhor o evangelho e a entender como aplicá-lo na vida.

  • Falar daquilo que entenderam, de suas experiências e seus sentimentos.

  • Explicar as doutrinas e os princípios do evangelho a outros e prestar-lhes testemunho de sua veracidade.

  • Adotar técnicas de estudo das escrituras, como a de marcá-las, cruzar referências e utilizar o Guia para Estudo das Escrituras.

Comentários e Informações Históricas

O papel do Espírito Santo em relação aos papéis do professor e do aluno

O Élder David A. Bednar, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou sobre a relação que há entre o poder do Espírito Santo e os papéis do professor e do aluno:

“Néfi nos ensina que ‘quando um homem fala pelo poder do Espírito Santo, o poder do Espírito Santo leva a mensagem ao coração dos filhos dos homens’ (2 Néfi 33:1). Observe que o poder do Espírito leva a mensagem ao coração, mas não necessariamente para dentro dele. O professor pode explicar, demonstrar, persuadir e testificar, e pode fazê-lo com grande força espiritual e eficácia. Mas no final, o conteúdo da mensagem e o testemunho do Espírito Santo só penetrarão no coração se o aluno permitir que entrem” (“Aprender pela Fé”, A Liahona, setembro de 2007, p. 17).

Empenhar-se para converter-se ainda mais

Esta é uma época gloriosa para ser jovem na Igreja. Lembre-se de que não importa o quanto os pais, líderes dos jovens e professores do seminário sejam inspirados, cada aluno tem a responsabilidade por sua própria conversão. “A sua principal responsabilidade é quanto à sua própria conversão. Ninguém pode converter-se em seu lugar nem forçá-lo a se converter, mas outras pessoas podem ajudá-lo no processo de conversão. Aprenda com os bons exemplos de seus familiares, dos líderes e professores da Igreja e dos homens e mulheres das escrituras” (Sempre Fiéis: Tópicos do Evangelho, 2004, p. 50). A conversão acontece quando somos diligentes em orar, ler as escrituras, frequentar a Igreja e ser dignos de participar das ordenanças na Igreja e no templo. A conversão acontece quando colocamos em prática os princípios justos que aprendemos em casa e na sala de aula. A conversão acontece quando vivemos uma vida pura e virtuosa e desfrutamos a companhia do Espírito Santo.

A importância do Espírito Santo

O Presidente Henry B. Eyring da Primeira Presidência ensinou por que é importante que o Espírito Santo cumpra Seu papel no seminário:

“Não é possível que nossos alunos venham a conhecer as coisas de Deus e a amar como devem amar, a menos que sejam ensinados pelo Santo Espírito. Só pelo Espírito poderão saber que Deus nos amou a ponto de enviar o próprio Filho para ser o [mediador] de nossos pecados, que Jesus é o Filho de Deus e que Cristo pagou o preço de nossos pecados. Só pelo Espírito poderão saber que o Pai Celestial e Seu Filho ressurreto e glorificado apareceram a Joseph Smith. Só pelo Espírito poderão saber que o Livro de Mórmon é verdadeiramente a palavra de Deus. E só por inspiração poderão sentir o amor que o Pai e o Filho lhes têm, que é o motivo pelo qual nos deram as ordenanças necessárias para receber a vida eterna. Só quando obtiverem o testemunho dessas coisas, arraigado fundo em seu coração por obra do Espírito Santo, estarão edificados sobre um alicerce seguro e serão capazes de permanecer firmes em meio às tentações e provações da vida” [“To Know and to Love God” (Conhecer e Amar a Deus), discurso para educadores religiosos do Sistema Educacional da Igreja, 26 de fevereiro de 2010, p. 2; si.LDS.org].