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Lição 119: Isaías 10–16


Lição 119

Isaías 10–16

Introdução

Isaías predisse a destruição da Assíria e da Babilônia, que é comparável à destruição dos iníquos na Segunda Vinda. Ele profetizou a Restauração da Igreja nos últimos dias e o papel dela na coligação de Israel. Ele também profetizou a destruição de Moabe.

Sugestões Didáticas

Isaías 10

Isaías profetiza que a Assíria castigaria Israel, mas que ela também seria destruída

Escreva as expressões Ai de/Ai dos que no quadro e pergunte se os alunos se lembram do que elas significam. (Intenso sofrimento ou tristeza.) Depois de responderem, peça a um aluno que leia Isaías 10:1–2 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique os atos que acarretariam tristezas e sofrimento intenso a Israel.

  • Que atos fariam com que Israel sofresse?

Para resumir Isaías 10:3–4, diga que, como os líderes e o povo de Israel haviam-se afastado do Senhor por meio da iniquidade, eles seriam castigados e não teriam a ajuda do Senhor.

Peça a um aluno que leia Isaías 10:5–6 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique como Israel seria punida por suas iniquidades.

  • Quem seria o instrumento do Senhor para castigar Israel?

Para resumir Isaías 10:7–19, diga que Isaías profetizou que, depois que os assírios cumprissem o propósito de castigar Judá e o reino de Israel, ao norte, o Senhor também castigaria os assírios por seu orgulho e perversidade. Essa destruição simboliza a destruição dos orgulhosos e iníquos na Segunda Vinda.

Para resumir Isaías 10:20–34, lembre à classe que Isaías predisse que o exército assírio destruiria muitas cidades em sua marcha para Jerusalém, mas Jerusalém seria milagrosamente preservada (ver II Reis 19).

Isaías 11–12

Isaías prediz tanto a Restauração que ocorreria nos últimos dias como o Milênio

Peça a um aluno que vá até o quadro. Peça a outro que leia Isaías 11:1, 10 em voz alta enquanto o primeiro desenha o que é lido. Depois que o desenho estiver terminado, pergunte se a classe entende do que Isaías está falando. Peça ao aluno que fez o desenho que continue junto ao quadro e faça as alterações necessárias no desenho à medida que a escritura for explicada.

Diga-lhes que, às vezes, fica mais fácil de entender o significado de certos símbolos empregados nas escrituras quando recorremos às explicações contidas em outras escrituras ou dadas por profetas modernos.

  • Que objetos Isaías mencionou? (Um rebento, um tronco, um renovo, a raiz e um estandarte.)

tronco com raízes e um renovo

Explique aos alunos que a palavra tronco, empregada em Isaías 11:1, foi traduzida de uma palavra hebraica que pode ser usada para se referir ao toco de uma árvore cortada. Peça ao aluno junto ao quadro que corrija o desenho de forma a incluir o toco de uma árvore, se necessário, e que escreva a palavra tronco junto ao toco. Depois peça ao aluno que acrescente raízes, se necessário, e escreva Raiz junto ao desenho.

  • De acordo com Isaías 11:1, o que sai do tronco? (Um rebento — em outras palavras, um novo broto.)

Peça ao aluno que desenhe o broto saindo do tronco, se necessário, e escreva ao lado dele Rebento.

Saliente que, em Doutrina e Convênios 113, encontra-se a explicação dada pelo Profeta Joseph Smith do que significa o tronco, o rebento e a raiz. Peça–lhes que leiam Doutrina e Convênios 113:1–6 em silêncio e identifiquem o significado desses símbolos.

Peça ao aluno junto ao quadro que escreva Jesus Cristo ao lado da palavra Tronco. Você pode sugerir que os alunos anotem os significados encontrados nas próprias escrituras. O Élder Bruce R. McConkie, do Quórum dos Doze Apóstolos, esclareceu que o renovo citado por Isaías também representa Jesus Cristo (ver The Promised Messiah: The First Coming of Christ [O Messias Prometido: A Primeira Vinda], 1978, pp. 192–194; ver também Jeremias 23:5–6).

Diga que o Élder Bruce R. McConkie explicou que tanto o rebento como a raiz podem representar Joseph Smith (ver The Millennial Messiah: The Second Coming of the Son of Man [O Messias Milenar: A Segunda Vinda do Filho do Homem], 1982, pp. 339–340). Peça a um aluno que escreva Joseph Smith no quadro ao lado das palavras Rebento e Raiz.

Diga que, depois de descrever algumas das características do Milênio (ver Isaías 11:5–9), Isaías profetizou sobre Joseph Smith e os últimos dias.

Peça a um aluno que leia Isaías 11:10 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que Isaías disse sobre Joseph Smith.

  • O que Isaías disse que a raiz de Jessé seria para os povos? (Um estandarte.)

  • O que é um estandarte? (Uma bandeira que às vezes os exércitos usam, em torno da qual os soldados se reúnem, ou levam à sua frente ao marchar.)

Peça a um aluno que leia Doutrina e Convênios 45:9 em voz alta.

  • Qual é o estandarte ao qual os gentios buscarão? (O eterno convênio, que é o evangelho de Jesus Cristo.)

  • Como o que o Senhor realizou por meio de Joseph Smith é comparável ao ato de levantar um estandarte entre os povos?

Peça a um aluno que leia Isaías 11:11–12 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que Isaías profetizou que aconteceria nos últimos dias?

  • O que Isaías profetizou que aconteceria nos últimos dias?

Explique à classe que a frase “o Senhor tornará a pôr a sua mão para adquirir outra vez o remanescente do seu povo”, no versículo 11, refere-se à Restauração da Igreja e à coligação de Israel nos últimos dias (ver D&C 137:6).

Diga que, graças às revelações modernas, sabemos que a frase “E levantará um estandarte entre as nações”, no versículo 12, refere-se à Restauração da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Anote esta frase no quadro: A Igreja restaurada é um estandarte para…

  • Com base no versículo 12, como vocês completariam essa frase? (Depois que os alunos responderem, complete a frase de modo a afirmar esta verdade: A Igreja restaurada é um estandarte para que a Israel dispersa volte a unir-se no evangelho de Jesus Cristo.)

  • O que significa “ajuntar” ou “reunir” os dispersos de Israel no evangelho de Jesus Cristo? [Significa ajudar outras pessoas a unirem-se à Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (ver Doutrinas de Salvação, comp. Bruce R. McConkie, 3 vols., 1954–1956, vol. III, p. 259).]

  • O que nós, membros da Igreja, podemos fazer para ajudar a reunir a Israel dispersa em torno do Senhor?

Para resumir Isaías 11:13–16, diga que Isaías profetizou que o Senhor empregaria meios milagrosos para ajudar a ajuntar Israel.

Peça aos alunos que façam a leitura silenciosa de Isaías 12:1–3 e identifiquem o que os israelitas farão durante o Milênio por terem sido reconduzidos ao evangelho de Jesus Cristo.

  • Em sua opinião, por que eles louvarão ao Senhor e se alegrarão tanto?

Sugira aos alunos que pensem em alguém que conheçam e que se tenha convertido à Igreja. Peça a alguns deles que contem como essa pessoa se sentiu ao entrar para a Igreja. Para resumir Isaías 12:14–6, diga que os que forem trazidos para o evangelho de Jesus Cristo louvarão o Salvador durante o Milênio.

Isaías 13–16

A destruição da Babilônia é comparável à destruição dos iníquos na Segunda Vinda

Peça aos alunos que imaginem o que fariam se tivessem a oportunidade de entrar para uma destas duas equipes: A primeira é chefiada por um capitão que se importa muito com a equipe e quer que cada um de seus integrantes seja bem-sucedido. A segunda é chefiada por alguém que promete uma grande vitória e muito sucesso, mas que só se importa consigo mesmo.

  • Que equipe vocês escolheriam? Por quê?

Diga aos alunos que essas equipes representam o lado do Senhor e o de Satanás. Escreva no quadro: Lado do Senhor e Lado de Satanás. Sugira aos alunos que, ao estudar Isaías 13–16, procurem princípios do evangelho que os ajudem a entender por que devem escolher o lado do Senhor e não o lado de Satanás.

Para resumir Isaías 13:1–10, diga que Isaías profetizou a destruição da Babilônia e que esses acontecimentos podem ser vistos como símbolos da destruição dos iníquos que ocorrerá por ocasião da Segunda Vinda do Salvador.

Peça a um aluno que leia Isaías 13:11 em voz alta. Peça à classe que identifique o que o Senhor afirmou que faria aos iníquos da Babilônia.

  • Se os castigos citados nesse versículo são símbolos do que ocorrerá na Segunda Vinda, o que eles nos ensinam sobre o que o Senhor fará aos iníquos quando retornar? (Usando as palavras dos alunos, escreva a seguinte verdade no quadro: Quando o Senhor voltar, Ele destruirá os iníquos.)

Para resumir Isaías 13:12–22, diga que Isaías continuou a profetizar os acontecimentos ligados à destruição da Babilônia.

Peça a um aluno que leia Isaías 14:3 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que o Senhor fará por Seu povo depois da destruição da Babilônia.

  • Se os acontecimentos citados nesse versículo são símbolos do que ocorrerá na Segunda Vinda, o que eles nos ensinam sobre o que o Senhor fará por Seu povo quando retornar? (Usando as palavras dos alunos, escreva a seguinte verdade no quadro: Quando o Senhor voltar, Ele será misericordioso para com Seu povo e lhe dará descanso.)

  • Em sua opinião, que tipo de descanso o povo do Senhor terá?

Para resumir Isaías 14:4–11, diga que Isaías profetizou a queda do rei da Babilônia e comparou-a à queda de Lúcifer, que é Satanás. Peça a um aluno que leia Isaías 14:12–14 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que Satanás queria.

  • De acordo com esses versículos, o que Satanás queria? [Queria tomar para si o poder de Deus (ver também Moisés 4:1; D&C 29:36–37).]

Peça a diferentes alunos que se revezem na leitura em voz alta de Isaías 14:15–20. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique qual será o destino final de Satanás.

  • De acordo com os versículos 15–16, qual será o destino final de Satanás? O que as pessoas dirão dele? (Depois que os alunos responderem, escreva esta verdade no quadro: Satanás perderá o poder e a influência que tem sobre a humanidade e será expulso para sempre.)

  • Como os princípios escritos no quadro nos ajudam a decidir colocar-nos ao lado do Salvador, em vez de ao lado de Satanás?

  • Em sua opinião, por que Satanás consegue convencer algumas pessoas a passarem para seu lado, apesar do fato de que ele será derrotado no final?

Incentive os alunos a, quando se sentirem tentados a deixar o lado do Senhor, lembrarem-se do fim que aguarda Satanás e seus seguidores.

Para resumir Isaías 15–16, diga que Isaías profetizou a destruição de Moabe. Você pode encerrar prestando testemunho dos princípios abordados em aula.

Comentários e Informações Históricas

Isaías 11:1. “Um rebento do tronco de Jessé”

Jessé foi o pai do rei Davi; por isso, a expressão “tronco de Jessé” refere-se ao rei que governará Israel. O Élder Bruce R. McConkie, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou que Joseph Smith é o rebento visto por Isaías:

“Estaríamos equivocados ao dizer que o profeta aqui mencionado é Joseph Smith, a quem foi conferido o sacerdócio, que recebeu as chaves do reino e que levantou o estandarte para a coligação do povo do Senhor em nossa dispensação? E não seria ele também o ‘servo nas mãos de Cristo, que em parte é descendente de Jessé assim como de Efraim, ou seja, da casa de José, a quem foi dado muito poder’? (D&C 113:4–6.) (The Millenial Messiah: The Second Coming of the Son of Man [O Messias Milenar: A Segunda Vinda do Filho do Homem], 1982, pp. 339–340).

Isaías 11:1. Quem é o “renovo”?

O Élder Bruce R. McConkie, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou que o renovo citado em Isaías 11:1 é Jesus Cristo (ver The Millenial Messiah: The Second Coming of the Son of Man [O Messias Milenar: A Segunda Vinda do Filho do Homem], 1982, pp. 339–340, citado em O Velho Testamento, Manual do Aluno: I Reis a Malaquias, manual do Sistema Educacional da Igreja, 1984, p. 148).

Isaías 11:10. “Estandarte dos povos”

O Presidente Joseph Fielding Smith falou do estandarte e de seu significado:

“Há mais de 125 anos, na pequena localidade de Fayette, Condado de Sêneca, Nova York, o Senhor ergueu um [estandarte] às nações, e isso em cumprimento das profecias de Isaías que acabo de ler. Esse [estandarte] é a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, estabelecida pela última vez, para nunca mais ser destruída ou passar a outro povo (ver Daniel 2:44). Foi o maior acontecimento presenciado pelo mundo desde o dia em que o Redentor foi pregado na cruz e operou a infinita e eterna Expiação. Para a humanidade, significou mais do que qualquer outra coisa que aconteceu desde esse dia. (…)

Após o levantamento desse [estandarte], o Senhor enviou às nações da Terra Seus élderes[,] investidos do sacerdócio e com poder e autoridade, a fim de prestarem testemunho da Restauração da Igreja a todas as gentes e conclamarem os filhos dos homens a se arrependerem e receberem o evangelho; pois estava agora sendo pregado ao mundo inteiro como um testemunho, antes de chegar o fim, isto é, o fim do reinado da iniquidade e estabelecimento do reino do milênio de paz. Os élderes foram, conforme mandados, e continuam pregando o evangelho e congregando dentre as nações a semente de Israel, à qual foi feita a promessa” (Doutrinas de Salvação, comp. Bruce R. McConkie, 3 vols., 1954–1956, vol. III, pp. 258–259; ver também Isaías 5:26).

Isaías 14:12–16. “Eu subirei ao céu (…) e serei semelhante ao Altíssimo”

Isaías 14:12–16 conta que, na vida pré-mortal, Lúcifer aspirava desafiar o plano de Deus e usurpar Sua autoridade. O Élder Jeffrey R. Holland, do Quórum do Doze Apóstolos, esclareceu qual era a motivação de Satanás e o que ele desejava:

“Satanás, Lúcifer ou o pai das mentiras — chamem-no como quiserem — é real. Ele é a própria personificação do mal. Sua motivação é sempre maldosa. (…) Ele se opõe eternamente ao amor de Deus, à Expiação de Jesus Cristo e à obra de paz e salvação. Ele vai lutar contra essas coisas sempre que puder e onde puder. Ele sabe que será derrotado e expulso no final, mas está decidido a levar consigo tantos outros quantos lhe for possível” (“Somos os Soldados”, A Liahona, novembro de 2011, p. 44).

Isaías 13–14. Os múltiplos significados dos escritos de Isaías

“Certos escritos de Isaías têm duplo sentido; isto é, podem ser aplicados em mais de um sentido ou cumprir-se mais de uma vez. Além disso, Isaías às vezes combina frases dualistas com termos dirigidos a determinado grupo, ou que só esse grupo é capaz de entender. (…)

Nos capítulos 13 e 14, Isaías fala da coligação de Israel e seu triunfo final sobre Babilônia. (…) Babilônia aqui refere-se tanto ao povo da Babilônia que existia nos tempos de Isaías como também à iniquidade do mundo e domínios de Satanás no mundo, dos quais o povo da Babilônia era símbolo. Em seus escritos sobre Babilônia nesses capítulos, Isaías usa conceitos que se aplicam à queda futura da Babilônia (como nação e como símbolo do mundo), ao triunfo de Israel e à derrota, no mundo pré-mortal, de Lúcifer e suas hostes (ver Isaías 14:4–23). Suas palavras são não apenas dualistas, como também esotéricas [ou seja, compreensíveis somente a certas pessoas], pois somente quem entende o Plano de Salvação estabelecido pelo Senhor consegue captar o sentido pleno da mensagem de Isaías. Muitos capítulos [do livro] de Isaías são dualistas no sentido de que a mensagem cumprida na época [desse profeta] é um prenúncio de eventos que acontecerão nos últimos dias.

Essa riqueza de linguagem e sentido parece ser o que Néfi tinha em mente, ao falar do modo de profetizar entre os judeus. Há frequentes referências à lei de Moisés, extenso uso de linguagem figurada, metáforas, frases e expressões com sentido dualista e esotérico. Ainda que o leitor moderno não entenda plenamente a cultura e a vida da antiga Israel, o entendimento das técnicas e dos recursos usados por Isaías para comunicar sua mensagem permite-lhe compreender bem melhor Isaías” (ver O Velho Testamento, Manual do Aluno: I Reis a Malaquias, manual do Sistema Educacional da Igreja, 1984, p. 133).