Lição 39

Gênesis 47–49

Introdução

Jacó e sua família se estabeleceram na terra de Gósen, no Egito. Ao longo dos sete anos de fome, José administrou sabiamente os assuntos do Egito. José apresentou seu pai Jacó ao Faraó, e Jacó abençoou o Faraó. No final da vida de Jacó, ele abençoou José e seus dois netos Efraim e Manassés. Jacó depois abençoou seus outros 11 filhos.

Sugestões Didáticas

Gênesis 47

O Faraó permite que Jacó e sua família habitem na terra de Gósen

Escreva o seguinte no quadro:

Minha Vida:
Estudo ou Formação Técnica	Profissão	Realizações	Família	Igreja

Peça aos alunos que conversem em duplas (ou peça que escrevam numa folha de papel) sobre o que gostariam de realizar em cada uma das categorias anotadas no quadro. Após alguns minutos, peça a um ou dois alunos que falem brevemente sobre suas metas em cada uma dessas áreas.

• Se vocês tivessem que escolher entre seus planos para sua vida e o que o Pai Celestial pode ter planejado para sua vida, qual escolheriam? Por quê?

• De que maneiras vocês acham que a vida de José pode ter sido diferente do que ele havia planejado?

Explique-lhes que, como José viveu dignamente, o Senhor dirigiu sua vida de modo a permitir que José realizasse muitas coisas boas e até salvasse a vida de sua família. Resuma Gênesis 47 e explique que o Faraó convidou o pai de José, Jacó, e a família a habitar no Egito, na terra de Gósen. Quando José apresentou seu pai ao Faraó, Jacó abençoou o Faraó. José administrou sabiamente os assuntos do Egito durante a fome, salvando a vida das pessoas e acumulando muita riqueza para o Faraó.

Gênesis 48

Jacó abençoa os filhos de José e dá a primogenitura a Efraim

Explique-lhes que, quando Jacó estava velho, José levou seus dois filhos, Manassés e Efraim, para visitá-lo. Peça a um aluno que leia em voz alta Tradução de Joseph Smith, Gênesis 48:7–10 (no Guia para Estudo das Escrituras). Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que Jacó disse a respeito de José.

• O que Jacó disse a respeito de José?

Peça a um aluno que leia Gênesis 48:8–9 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que Jacó quis fazer por Manassés e Efraim. Peça aos alunos que relatem o que encontraram.

Peça aos alunos que levantem a mão se já receberam uma bênção patriarcal. Explique-lhes que as bênçãos que Jacó desejava conceder a Manassés e a Efraim eram semelhantes a uma bênção patriarcal, porque descreviam as futuras possibilidades deles.

Explique-lhes que Jacó era o patriarca da família, o que significa que era o pai ou o cabeça da família. Como profeta e autoridade presidente do sacerdócio, Jacó tinha autoridade para conceder bênçãos semelhantes às que hoje conhecemos como bênçãos patriarcais.

Você pode explicar a diferença em nossos dias entre uma bênção paterna dada pelo patriarca de uma família e uma bênção patriarcal, dada por um patriarca ordenado. Um pai que possua o Sacerdócio de Melquisedeque pode dar bênçãos de cura ou de consolo e conselho para os filhos a qualquer momento. A bênção patriarcal pode ser dada a todo membro digno da Igreja por um patriarca que tenha sido chamado e ordenado sob a direção do Quórum dos Doze Apóstolos. A bênção patriarcal contém uma declaração da linhagem na casa de Israel daquele que a recebe, bem como orientações para ajudá-lo a dirigir sua vida de acordo com a vontade do Pai Celestial. Todos os que desejarem receber uma bênção patriarcal devem ser entrevistados pelo bispo ou presidente do ramo e receber uma recomendação.

Peça a um aluno que leia Gênesis 48:13–14 em voz alta e peça à classe que identifique o que aconteceu quando Jacó impôs as mãos sobre os filhos de José.

• Que mão Jacó colocou na cabeça de Efraim? (A mão direita. Você pode explicar-lhes que, na época de Jacó, a mão direita do patriarca geralmente era colocada sobre a cabeça do primogênito, simbolizando que a bênção da primogenitura pertencia a ele.)

Peça a alguns alunos que se revezem na leitura em voz alta de Gênesis 48:17–20. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique como José reagiu ao modo como Jacó impôs as mãos em seus filhos. Peça aos alunos que relatem o que encontrarem.

• Por que Jacó colocou a mão direita sobre a cabeça de Efraim?

• Como vocês acham que Jacó sabia que Efraim deveria receber a bênção da primogenitura?

• O que podemos aprender sobre as bênçãos patriarcais com a bênção que Jacó deu a seus netos? (Depois que os alunos responderem, escreva a seguinte verdade no quadro: As bênçãos patriarcais são dadas por inspiração de Deus.)

As promessas contidas na bênção patriarcal são condicionais à fidelidade daquele que a recebe. Para ilustrar a importância de dar ouvidos às advertências e de seguir o conselho dado na bênção patriarcal, leia a seguinte história contada pelo Presidente Henry B. Eyring, da Primeira Presidência:

“Certa vez, há muito tempo, quando eu servia como bispo, uma moça da minha ala me procurou para uma entrevista. Acabamos falando sobre como ela se sentia em relação a sua bênção patriarcal. Ela disse que a bênção mais a deixou deprimida do que a ajudou. Devo ter parecido surpreso, porque ela explicou seus sentimentos dizendo o seguinte. Disse que sua bênção a alertava em relação à imoralidade sexual. E pelo que ela me contou, não dizia muito mais do que isso. Aparentemente a bênção a alertava descrevendo uma situação em que ela poderia se encontrar e que, se cedesse à tentação, seria muito prejudicada e sofreria muito. Ela disse que aquilo a magoou duplamente, não apenas por ser algo tão deprimente quando ela precisava de encorajamento, mas por sua vida social ser tão vazia que aquela situação jamais poderia acontecer. (…)

Lembro-me melhor da entrevista que tive com ela menos de um ano depois. Ela soluçou por um tempo, sentada na cadeira em frente à minha mesa na sala do bispo. Depois descreveu sua tragédia e como havia acontecido, exatamente como lhe havia sido descrito pelo patriarca muito antes de ter acontecido. No pequeno intervalo de tempo em que duvidou do fato de que um patriarca pudesse ver com inspiração, ela fez escolhas que resultaram em anos de sofrimento” (“‘And Thus We See’: Helping a Student in a Moment of Doubt”, o Élder Henry B. Eyring fala a nós, 5 de fevereiro de 1993, pp. 1–2; si.LDS.org).

Convide um aluno que tenha recebido a bênção patriarcal a contar como ela abençoou sua vida ou o ajudou a tomar decisões corretas. Alerte o aluno para que não comente detalhes da bênção. Se nenhum dos alunos recebeu a bênção, ou se ninguém quiser compartilhar, você pode expressar seus sentimentos.

Compartilhar sentimentos e experiências

Quando os alunos compartilham reflexões e experiências relevantes, isso pode ampliar o entendimento que eles têm das doutrinas e dos princípios do evangelho. O professor deve certificar-se de que os alunos nunca se sintam forçados a responder a uma pergunta, a falar do que sentem, a contar experiências ou a prestar testemunho. Além disso, o professor deve ajudar os alunos a compreender que as experiências espirituais são pessoais e sagradas e deve incentivá-los a compartilhá-las somente quando isso for adequado.

Incentive os alunos que ainda não receberam a bênção patriarcal a ponderar sua situação e pensar no que precisam fazer para preparar-se ou para motivar-se a receber a bênção patriarcal. Explique-lhes que, para receber uma bênção patriarcal, eles precisam ter uma entrevista com o bispo ou presidente do ramo, que pode explicar-lhes como devem proceder.

Sem compartilhar detalhes específicos da bênção patriarcal, você pode prestar testemunho de que sabe que as bênçãos patriarcais são dadas pela inspiração de Deus.

Observação: O programa Progresso Pessoal das Moças inclui uma experiência de valor que incentiva as moças a aprender como se preparar para receber uma bênção patriarcal (ver Progresso Pessoal das Moças, livreto, 2009, p. 30).

Gênesis 49

No final da vida, Jacó abençoa seus 12 filhos

Mostre a gravura Jacó Abençoa Seus Filhos (Livro de Gravuras do Evangelho, 2009, nº 12; ver também o site LDS.org). Explique-lhes que Gênesis 49 relata as bênçãos que Jacó concedeu a cada um de seus 12 filhos. Você pode sugerir que os alunos examinem o capítulo e marquem o nome dos filhos de Jacó para que possam rapidamente encontrar onde está a bênção de cada filho.

Peça a um aluno que leia Gênesis 49:1–2 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que Jacó estava planejando dizer a seus filhos ao abençoá-los.

• O que Jacó disse que planejava revelar a seus filhos? (Ele planejava revelar-lhes o que aconteceria a eles, ou a sua posteridade, nos últimos dias.)

Diga aos alunos que as duas bênçãos mais detalhadas foram dadas a Judá e a José. Peça a alguns alunos que se revezem na leitura da bênção de Judá em voz alta em Gênesis 49:8–10. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique as bênçãos e profecias concedidas à tribo de Judá. Explique-lhes que a palavra leãozinho significa “descendência” e que a palavra cetro se refere ao direito ou à autoridade de governar.

• Quais são algumas bênçãos que vocês encontraram?

• Quais são algumas profecias que vocês encontraram? (Explique-lhes que a referência ao “cetro” era uma indicação de que reis, como Davi e Salomão, estariam entre a posteridade de Judá. Em hebraico, o nome Siló significa “Ele a quem pertence” e se refere ao Messias. Joseph Smith afirmou que Siló era Jesus Cristo, que nasceria da linhagem de Judá.)

Peça a alguns alunos que se revezem na leitura em voz alta da bênção de José em Gênesis 49:22–26. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique as bênçãos e profecias concedidas a José e sua posteridade. Explique-lhes que a palavra ramo no versículo 22 se refere a um galho grande e forte.

• Quais são algumas bênçãos que vocês encontraram?

• Quais são algumas profecias que vocês encontraram? [Ajude os alunos a entender que a profecia de que os “ramos [de José correrão] sobre o muro” se refere à dispersão de sua posteridade por toda a Terra e, em especial, cruzando os mares até a América (ver 1 Néfi 15:12). A família de Leí, no Livro de Mórmon, seria “descendente de Manassés, que era filho de José” (Alma 10:3).]

Peça a um aluno que leia Gênesis 49:28 em voz alta e peça à classe que identifique algo que um pai justo pode fazer por sua família.

• O que podemos aprender com Jacó sobre como ser um pai justo? (Os alunos devem salientar que um pai justo pode abençoar os filhos.)

• O que os rapazes podem fazer agora a fim de preparar-se para estarem prontos para abençoar sua família?

Pergunte aos alunos se já receberam uma bênção do pai ou de outro portador do sacerdócio. Você pode convidar alguns alunos a contar experiências que tiveram quando receberam uma bênção do sacerdócio.

• Quais são alguns momentos na vida de uma pessoa em que seria adequado receber uma bênção de um portador do sacerdócio?

Incentive os alunos a pensarem em pedir ao pai ou a outro portador do sacerdócio em quem confiem que lhes dê uma bênção, não apenas quando estiverem doentes, mas sempre que necessitarem de consolo ou orientação. Você pode encerrar contando uma experiência e compartilhando seu testemunho sobre receber bênçãos do sacerdócio de seu pai ou de outro portador do sacerdócio.

Comentários e Informações Históricas

Gênesis 48:18–22. Por que Efraim recebeu a primogenitura em lugar de Manassés?

“José, filho de Jacó, devido à fidelidade e integridade para com os propósitos do Senhor, foi recompensado com o direito de primogenitura em Israel. Nos tempos antigos, era costume conceder ao primogênito privilégios e bênçãos especiais, e estes eram considerados a ele pertencentes por direito inato. Rúben, primeiro filho de Jacó, perdeu o direito de primogenitura por transgressão, sendo então conferido a José, o mais digno de todos os filhos de Jacó (I Crônicas 5:1–2).

Ao abençoar José, Jacó deu-lhe porção dobrada, ou seja, uma herança entre seus irmãos na Palestina e também a bênção da terra de Sião — ‘até à extremidade dos outeiros eternos’. Abençoou-o ainda com as bênçãos dos altos céus, do abismo que está embaixo e de posteridade (Gênesis 49:22–26). Jacó abençoou também os dois filhos de José com as bênçãos de seu pai, as quais herdaram; e colocou Efraim, o mais novo, adiante de Manassés, o mais velho, e por inspiração do Senhor conferiu a Efraim o direito de primogenitura em Israel” (Joseph Fielding Smith, Doutrinas de Salvação, comp. Bruce R. McConkie, 3 vols., 1954–1956, vol. III, p. 254).

Gênesis 49. Bênçãos patriarcais

O Presidente Thomas S. Monson falou sobre a natureza única da bênção patriarcal de cada pessoa:

“Sua bênção patriarcal (…) pode ser breve ou longa, simples ou profunda. (…) É o Espírito que transmite o verdadeiro significado. Sua bênção não é para ser dobrada cuidadosamente e guardada. Não deve ser emoldurada ou publicada. Em vez disso, deve ser lida. Deve ser amada. Deve ser seguida. Sua bênção patriarcal lhe fará companhia em suas horas mais sombrias. Ela vai guiá-lo através dos perigos da vida” (“Vossa Bênção Patriarcal: Uma Liahona de Luz”, A Liahona, janeiro de 1987, p. 66).

Gênesis 49. Qual é a diferença entre uma bênção paterna e uma bênção patriarcal?

“O pai que é portador do Sacerdócio de Melquisedeque pode dar bênçãos paternas aos filhos. Essas bênçãos podem ser particularmente úteis quando os filhos saem de casa para estudar, saem em missão, casam-se, ingressam no serviço militar ou enfrentam desafios especiais. A família pode registrar a bênção paterna para seus próprios arquivos, mas essas bênçãos não são preservadas nos arquivos da Igreja. Os pais devem incentivar os filhos a pedir a bênção do pai nos momentos de necessidade” (Manual 2: Administração da Igreja, 2010, 20.8).

A bênção patriarcal deve ser concedida por um patriarca ordenado. Antes de receber a bênção, a pessoa que vai recebê-la precisa ser entrevistada pelo bispo ou pelo presidente do ramo para determinar sua dignidade e receber uma recomendação para bênção patriarcal.

O Presidente Joseph Fielding Smith escreveu: “O pai fiel, portador do Sacerdócio de Melquisedeque, pode abençoar seus próprios filhos, e isto seria uma bênção patriarcal (paterna). Tal bênção pode constar nos registros familiares, mas não será preservada nos arquivos da Igreja. Todo pai fiel ao sacerdócio é um patriarca sobre sua casa. Além disso, os filhos podem receber uma bênção de um patriarca ordenado” (Doutrinas de Salvação, comp. Bruce R. McConkie, 3 vols., 1954–1956, vol. III, p. 175).

Gênesis 49. Quando as promessas de minha bênção patriarcal serão cumpridas?

O Presidente Thomas S. Monson se referiu às bênçãos patriarcais como profecias referentes a nossas possibilidades terrenas e eternas:

“A bênção patriarcal literalmente contém capítulos de seu livro de possibilidades eternas. Digo eternas, porque assim como a vida é eterna, o mesmo se dá com a bênção patriarcal. O que talvez não seja cumprido nesta vida pode acontecer na próxima. Não controlamos o cronograma de Deus” (“Vossa Bênção Patriarcal: Uma Liahona de Luz”, A Liahona, janeiro de 1987, p. 66).

Gênesis 49. Por que sua linhagem é tão importante?

Enquanto servia na presidência geral das Moças, Julie B. Beck explicou por que os antepassados de uma pessoa na casa de Israel identificam seu nobre legado:

“A bênção fala de sua ancestralidade na casa de Israel. Essa é a sua linhagem familiar, que às vezes é chamada de tribo. Todas as tribos têm seu início no grande patriarca Abraão. A sua linhagem é importante, pois significa que você tem direito às promessas dadas a Abraão de que por meio dele todas as nações da Terra seriam abençoadas (ver Gênesis 26:4; Abraão 2:9).

A sua linhagem é uma ‘relação de consanguinidade’ (Joseph Fielding Smith, Doutrinas de Salvação, comp. Bruce R. McConkie, 3 vols., 1954–1956, vol. III, p. 252). Isso as torna literalmente ‘filhas dos profetas’ (3 Néfi 20:25) e de nobre nascimento. É por isso que dizemos sempre que vocês são ‘jovens de nobre estirpe’ (“Constantes Qual Firmes Montanhas”, Hinos, nº 184) e que pertencem a uma geração real e escolhida (I Pedro 2:9)” (“Vocês Têm um Nobre Legado”, A Liahona, maio de 2006, p. 106).