Lição 92
II Samuel 12:10–24:25
Introdução
O Profeta Natã repreendeu o rei Davi em relação ao adultério com Bate-Seba e ao assassinato de Urias. Natã explicou que as consequências das ações de Davi afetariam Davi, sua família e todo o reino. Em cumprimento das profecias de Natã, os tumultos e as contendas ocorridos na família de Davi levaram a uma guerra civil que ameaçou destruir o reino.
Sugestões Didáticas
II Samuel 12:10–31
Natã profetiza as consequências dos pecados de Davi
Antes do início da aula, escreva as seguintes frases no quadro:
Peça aos alunos que leiam as frases do quadro em voz alta.
-
Quais são algumas das possíveis consequências que podemos prever para essas escolhas?
Peça a um aluno que recapitule as escolhas pecaminosas do rei Davi envolvendo Bate-Seba e Urias. (Davi cometeu adultério com Bate-Seba e tomou providências para que seu marido, Urias, fosse morto.)
Explique-lhes que, depois de o Profeta Natã ter contado a parábola da cordeira, ele disse a Davi quais seriam as consequências de suas escolhas e ações. Peça aos alunos que, ao estudarem II Samuel 12–24, procurem princípios que os ajudem quando se sentirem tentados a pecar.
Peça a alguns alunos que se revezem lendo em voz alta II Samuel 12:10–14. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique as consequências das escolhas pecaminosas de Davi. Você pode sugerir que os alunos marquem essas lições nas escrituras deles.
-
Que consequências resultariam dos pecados de Davi?
-
O que vocês acham que significa a frase “não se apartará a espada jamais da tua casa” (versículo 10)? (Explique-lhes que a espada simbolizava violência e guerra. Por todo o restante da vida e do reinado de Davi, conflitos e guerra assolariam sua família e seu reino.)
-
Quem mais seria afetado pelos pecados de Davi? (As pessoas de seu reino, inclusive suas esposas e seus filhos.)
-
O que podemos aprender nesses versículos em relação às consequências do pecado? (Os alunos podem usar palavras diferentes, mas certifique-se de que identifiquem o seguinte princípio: Quando escolhemos o pecado, isso pode trazer consequências imprevistas e de longo prazo para nós mesmos e para outras pessoas.)
Para ajudar os alunos a entender que algumas escolhas podem ter consequências a longo prazo mesmo depois de nos arrependermos e sermos perdoados, peça a um aluno que leia em voz alta a seguinte declaração do Élder Richard G. Scott, do Quórum dos Doze Apóstolos:
“É uma verdade fundamental que por intermédio da Expiação de Jesus Cristo podemos ser purificados. Podemos nos tornar virtuosos e puros. Contudo, às vezes, nossas escolhas erradas nos deixam consequências duradouras. Um dos passos para o completo arrependimento é suportar as consequências de curto e longo prazos de nossos pecados passados” (“Força Pessoal por Meio da Expiação de Jesus Cristo”, A Liahona, novembro de 2013, p. 82).
-
Quais são alguns exemplos de más escolhas que podem resultar em consequências imprevistas de longo prazo tanto para nós quanto para outras pessoas?
Resuma o restante de II Samuel 12 explicando que o filho nascido de Davi e Bate-Seba morreu, conforme Natã havia profetizado. Davi e Bate-Seba tiveram outro filho, a quem deram o nome de Salomão.
II Samuel 13–18
Tumultos e contendas ocorridos na família de Davi levam à guerra civil
Explique-lhes que II Samuel 13–18 descreve trágicos acontecimentos envolvendo dois dos filhos do rei Davi, Amnom e Absalão. Esses capítulos também mostram o cumprimento das consequências profetizadas dos pecados de Davi.
Divida a classe em três grupos. (Se sua classe for grande, você pode dividir os alunos em mais de três grupos. Se o fizer, vai precisar dar a mesma tarefa para um ou mais grupos.) Explique-lhes que a cada grupo será designado um bloco de escrituras para estudar e para que se preparem para fazer o seguinte (anote as instruções no quadro):
-
Resumir os acontecimentos descritos nesses versículos.
-
Explicar as possíveis consequências de curto prazo das escolhas de Amnom ou de Absalão.
-
Explicar o que vocês acham que podem ter sido algumas das consequências imprevistas de longo prazo das escolhas de Amnom ou Absalão.
Entregue a cada grupo uma das designações a seguir:
Dê aos alunos vários minutos para ler os versículos designados a eles e discutir suas respostas para as instruções do quadro. Depois de dar-lhes tempo suficiente, peça ao primeiro grupo que relate suas respostas para a classe (os outros dois grupos relatarão mais tarde).
Escreva as palavras amor e desejo no quadro.
-
Que palavra descreve melhor o comportamento de Amnom?
Peça aos alunos que leiam II Samuel 13:4 em silêncio, procurando como Amnom descreveu seus sentimentos em relação a Tamar. Peça aos alunos que relatem o que encontrarem.
-
Por que algumas pessoas confundem desejo com amor?
Para ajudar os alunos a entender a diferença entre amor e desejo, peça a um aluno que leia em voz alta a seguinte declaração do irmão Tad R. Callister, presidente geral da Escola Dominical, feita quando ele era membro da Presidência dos Setenta:
“Satanás é o grande enganador. Ele tenta fazer-nos ver o desejo como amor. Há um teste bem simples para detectar a diferença. O amor é motivado pelo autocontrole, pela obediência às leis morais de Deus, pelo respeito à outra pessoa e pela abnegação. Por outro lado, o desejo é motivado pela desobediência, pela gratificação de anseios pessoais e pela falta de disciplina” (“O Padrão de Moralidade Estabelecido pelo Senhor”, A Liahona, março de 2014, p. 32).
-
Como vocês resumiriam a diferença entre amor e desejo?
Para ajudar os alunos a identificar princípios adicionais nessa história, peça a alguns alunos que se revezem lendo em voz alta II Samuel 13:10–15. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique evidências de que Amnom sentia desejo em vez de amor por Tamar.
-
De acordo com os versículos 12–13, como Tamar reagiu ao desejo de Amnom de se deitar com ela?
-
Como ela tentou persuadi-lo a não cometer pecado?
Você pode explicar que a palavra loucura nesse contexto significa algo moralmente errado.
-
Por que vocês acham que Amnom “não quis dar ouvidos à [voz dela]” (versículo 14)? O que pode ter feito ele rejeitar ou ignorar as consequências de suas ações?
-
Como o fato de ceder ao desejo afetou a atitude e as ações de Amnom em relação a Tamar?
Escreva a seguinte frase incompleta no quadro: Se cedermos ao desejo, …
Peça aos alunos que completem o princípio do quadro. Escreva as respostas no quadro. Se os alunos não identificarem princípios semelhantes aos seguintes, escreva-os no quadro também: Se cedermos ao desejo, perderemos o Espírito e poderemos rejeitar ou ignorar as consequências de nossas ações e, se cedermos ao desejo, perderemos o Espírito, e nosso amor e afeto por outras pessoas poderão diminuir.
-
Por que vocês acham que o fato de cedermos ao desejo destrói nosso amor e afeto por outras pessoas?
-
Quais são algumas coisas que podemos fazer para manter nossos pensamentos virtuosos?
Peça ao segundo grupo que relate para a classe o que encontrou. Pergunte aos alunos o que fez com que Absalão odiasse seu irmão Amnom (ver II Samuel 13:22). Substitua desejo por raiva nos princípios escritos no quadro.
-
Como a raiva pode nos fazer ignorar ou rejeitar as consequências de nossas ações? Como a raiva pode fazer nosso amor e afeto por outras pessoas diminuírem?
Peça ao terceiro grupo que relate para a classe o que encontrou. Substitua raiva por orgulho nos princípios escritos no quadro.
-
De que forma a conspiração de Absalão para se tornar rei era uma demonstração de orgulho?
-
Como o orgulho pode nos fazer ignorar ou rejeitar as consequências de nossas ações? Como o orgulho pode fazer nosso amor e afeto por outras pessoas diminuírem?
Resuma II Samuel 18 explicando que, durante a batalha entre os aliados de Absalão e os soldados do rei Davi, Absalão ficou preso numa árvore. Quando Joabe, capitão do exército do rei Davi, encontrou Absalão, ele o matou. Peça a um aluno que leia II Samuel 18:33 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique de que maneira Davi reagiu à morte de seu filho.
-
A despeito da rebelião de Absalão, por que vocês acham que Davi chorou pela morte de seu filho?
-
Quais foram as consequências que as escolhas do rei Davi, de Amnom e de Absalão tiveram sobre as famílias deles?
Você pode compartilhar seu testemunho sobre as consequências de curto e de longo prazo que suas escolhas tiveram sobre você e sua família. (Tenha cuidado para não compartilhar transgressões ou pecados passados. Concentre-se nas consequências das escolhas positivas que você fez.) Incentive os alunos a fazerem escolhas certas que poderão abençoá-los e também a suas famílias, tanto hoje quanto no futuro.
Forneça aos alunos uma cópia das seguintes instruções, assim como folhas de papel para que eles escrevam as respostas. Assegure aos alunos que você não pedirá que compartilhem suas respostas com os outros.
Pense nas escolhas positivas e negativas que você tem feito atualmente e em como elas afetam as pessoas ao seu redor, especialmente sua família. Escolha uma ou duas de suas escolhas e responda às seguintes perguntas:
-
Quais são os efeitos que essas escolhas podem ter sobre você e sua família?
-
Quais podem ser algumas das consequências de longo prazo dessas escolhas e desses comportamentos?
-
Ao fazer essas escolhas, quais mudanças você poderia fazer que poderiam abençoar você e sua família tanto hoje quanto no futuro?
II Samuel 19–24
Insurreição, fome e peste ameaçam o reinado de Davi
Resuma II Samuel 19–24 explicando que, depois da morte de Absalão, Davi retornou a Jerusalém. Uma nova rebelião entre as tribos de Israel foi rapidamente derrotada por Joabe, que liderava o exército de Davi. Israel sofreu com um período de fome que durou três anos. O rei Davi aborreceu o Senhor ao contar o número de homens que havia em Judá e Israel que poderiam servir no exército. As escrituras não explicam por que essa contagem do povo foi ofensiva, mas talvez isso tenha sido um reflexo da confiança de Davi na força de seu exército, e não no poder de Deus. Para salvar o povo de uma praga, Davi ofereceu sacrifícios ao Senhor.
Comentários e Informações Históricas
II Samuel 12:14–18. “O filho que te nasceu certamente morrerá”
“A criança nascida [da] união ilícita [de Davi e Bate-Seba] não sobreviveu, mas não há motivo para considerarmos sua morte como um ‘castigo’ pelos pecados dos pais. A remoção de um indivíduo desta Terra pela mão do Senhor pode ocorrer em qualquer ocasião e ser uma bênção para ele, que lhe é proporcionada para seu maior proveito na época que o Senhor julgar conveniente” (Ellis T. Rasmussen, An Introduction to the Old Testament and its Teachings [Uma Introdução ao Velho Testamento e Seus Ensinamentos], vol. 1 pp. 185–186).
II Samuel 13:1–18. “Vem, deita-te comigo, minha irmã”
O Élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos, nos ensinou como podemos evitar desejos lascivos:
“Falemos um pouco sobre os meios de nos protegermos da tentação. (…)
Acima de qualquer coisa, comecem afastando-se de pessoas, materiais e situações que os colocarão em risco. (…) Tal como José na presença da mulher de Potifar (ver Gênesis 39:1–13), simplesmente fujam correndo, o mais rápido que puderem, de tudo e de todos que os seduzam. (…)
Procurem e aceitem essa ajuda. Conversem com seu bispo. Sigam o conselho dele. Peçam uma bênção do sacerdócio. (…) Orem sem cessar. Peçam que os anjos os ajudem.
Além dos filtros nos computadores e do refreamento das paixões, lembrem-se de que o único controle real na vida é o autocontrole. (…) Se o programa de televisão for indecente, desliguem o aparelho. Se o filme for de mau gosto, saiam do cinema. Se estiverem desenvolvendo um relacionamento impróprio, cortem-no. Muitas dessas influências — ao menos no início — podem não ser tecnicamente más, mas têm o poder de embotar nosso julgamento, diminuir nossa espiritualidade e conduzir-nos para algo que pode ser mau. (…)
Substituam os pensamentos lascivos por imagens de esperança e lembranças felizes. (…)
Promovam a presença do Espírito do Senhor e estejam onde Ele está. Cuidem para que isso inclua sua própria casa ou seu apartamento, determinando o tipo de obras de arte, música e literatura que colocam ali. (…) Se tiverem sua investidura, frequentem o templo o máximo que puderem. Lembrem-se de que o templo os arma ‘com o poder de Deus, coloca Sua glória sobre vocês e os coloca sobre a guarda dos anjos’ (ver D&C 109:22)” (“Não Dar Mais Lugar ao Inimigo de Minha Alma”, A Liahona, maio de 2010, p. 44).
II Samuel 13:11–14, 22–29. Aprender a dominar nossas paixões
Ao falar da necessidade de dominar as paixões e os desejos do homem natural, o Élder David A. Bednar, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou:
“A exata natureza do teste da mortalidade (…) pode ser resumida na seguinte pergunta: Será que meu corpo vai dominar meu espírito, ou meu espírito vai dominar meu corpo? Vou seguir as inclinações do homem natural ou as inclinações do homem eterno? Esse, irmãos e irmãs, é o teste. Estamos aqui na Terra para desenvolver qualidades semelhantes às de Deus e para dominar todas as paixões da carne (ver Alma 38:12)” (“Ye Are the Temple of God” [Vós Sois o Templo de Deus], Ensign, setembro de 2001, p. 17).