Introdução ao Livro de II Reis
Por que estudar esse livro?
O livro de II Reis descreve a história do reino de Israel, ao norte, e do reino de Judá, ao sul, concentrando-se nos sucessos e fracassos espirituais de cada reino. O livro também explica por que Israel e Judá perderam a proteção do Senhor e foram conquistados. O estudo de I e II Reis pode ajudar os alunos a entender os fundamentos históricos de muitos dos livros proféticos do Velho Testamento. Os alunos podem aplicar as lições registradas pelos autores de II Reis à própria vida deles de modo a permitir que recebam a proteção do Senhor e não cedam às tentações.
Quem escreveu esse livro?
“Os livros [de I e II Reis] foram compilados por um autor desconhecido a partir de vários documentos escritos, inclusive as crônicas estatais” (Bible Dictionary na Bíblia SUD em inglês, “Kings, books of”). As crônicas estatais não eram os livros de I e II Crônicas, mas uma coletânea de registros mantidos sob a direção dos reis de Israel.
Quando e onde foi escrito?
Não se sabe ao certo quando e onde foram escritos os livros de I e II Reis. Em certa época, I e II Reis eram um único livro chamado Reis. A divisão que criou os livros de I e II Reis atuais ocorreu quando a Bíblia foi traduzida para o grego (ver Bible Dictionary na Bíblia SUD em inglês, “Kings, books of”).
Quais são algumas características marcantes desse livro?
Os livros de I e II Reis cobrem mais de 400 anos da história dos israelitas, começando pela morte do rei Davi (aproximadamente 1015 a.C.) e concluindo com a morte do rei Joaquim (em algum momento após aproximadamente 561 a.C.). O livro de II Reis explica as causas da dispersão de Israel. Devido à iniquidade do povo do reino de Israel, ao norte, eles foram conquistados pela Assíria por volta de 721 a.C. Infelizmente, Judá não aprendeu com os erros de Israel. Embora alguns dos reis de Judá mencionados em II Reis tenham sido fiéis e obedientes, houve muitos que foram iníquos. Um deles foi o rei Manassés, cuja iniquidade fez com que Judá perdesse sua proteção divina. A Babilônia derrotou o reino do sul e levou seu povo cativo (587 a.C.), cumprindo a profecia de Leí de que Jerusalém seria destruída (ver 1 Néfi 1:13, 18).
Os milagres registrados em II Reis são exemplos memoráveis do poder do Senhor. O livro relata que o Profeta Elias dividiu o Rio Jordão e foi levado para o céu numa carruagem de fogo. O sucessor de Elias, Eliseu, também dividiu o Rio Jordão. Eliseu também reviveu os mortos, instruiu Naamã a banhar-se sete vezes no Rio Jordão para que Naamã pudesse ser curado de sua lepra, fez com que a cabeça de um machado flutuasse e profetizou uma fome que durou sete anos.
Além disso, o livro de II Reis descreve o ambiente do ministério de Isaías no reino de Judá, ao sul. O livro relata que Isaías aconselhou o justo rei Ezequias de Judá e profetizou que a Babilônia conquistaria e espoliaria Judá.
Resumo
II Reis 1–13 No reino do norte, Elias é transladado e levado para o céu, e Eliseu inicia seu ministério. Judá e Israel se unem numa guerra contra Moabe e são vitoriosos. O Senhor cura Naamã, o capitão do exército sírio, de sua lepra. O povo de Israel sofre um período de fome. A iníqua Jezabel é morta, e a casa de Acabe é destruída. Eliseu morre.
II Reis 14–20 Muitos dos reis de Israel governam em iniquidade. O rei Tiglate-Pileser da Assíria leva muitos israelitas cativos. O rei Acaz de Judá governa em iniquidade. As idólatras dez tribos de Israel são levadas para o cativeiro pelo rei Sargom da Assíria. O rei Ezequias reina em Judá em retidão, obedecendo ao Senhor e eliminando os locais dedicados à adoração de deuses falsos. Graças à fé e à confiança no Senhor manifestadas pelo rei Ezequias, um anjo destrói o exército assírio, cumprindo uma profecia de Isaías.
II Reis 21–25 No reino do sul, o rei Manassés restaura temporariamente a adoração a ídolos. O justo rei Josias repara o templo, e o livro da lei é encontrado. Josias lê o livro da lei para o povo, elimina os locais dedicados à adoração de deuses falsos e reinstitui a Páscoa. Josias é morto em batalha. A Babilônia invade Judá e leva muitas pessoas para o cativeiro, inclusive o rei Zedequias. Após muitos anos, o rei Joaquim de Judá é libertado da prisão, sendo-lhe permitido viver seus últimos dias com relativa paz e conforto na Babilônia.