Isaías 6–9

Introdução

Isaías viu o Senhor, e o Senhor chamou Isaías para ensinar o povo de Judá. Isaías advertiu Acaz, rei de Judá, a não se aliar à Síria e a Israel contra a Assíria. Isaías profetizou sobre a destruição dos ímpios, a coligação de Israel nos últimos dias e o poder que Jesus Cristo tem para salvar Seu povo caso as pessoas se arrependam.

Sugestões Didáticas

Isaías 6

Isaías têm uma visão na qual vê o Senhor e é chamado a profetizar ao povo

Pergunte aos alunos quais seriam algumas das coisas que os deixariam preocupados se fossem chamados para ser missionários entre um povo iníquo.

Explique-lhes que Isaías 6 começa com a visão que Isaías teve ao ser chamado para servir ao Senhor. Peça a um aluno que leia Isaías 6:1–4 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que Isaías viu.

De acordo com o versículo 1, quem Isaías viu?
O que mais Isaías viu?

Sugere-se que você explique aos alunos que serafins são anjos que ministram na corte de Deus (ver Bible Dictionary na Bíblia SUD em inglês, “Seraphim”). As asas dos serafins representam seu poder para mover-se e agir (ver D&C 77:4).

Peça a um aluno que leia Isaías 6:5 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e verifique como Isaías se sentiu na presença do Senhor.

Como Isaías se sentiu na presença do Senhor? Por quê? (Sugere-se que você explique aos alunos que a exclamação “Ai de mim! Pois estou perdido” em Isaías 6:5, em hebraico, significa que ele se sentia indigno, pois tinha consciência de seus próprios pecados e dos pecados do povo.)

Peça aos alunos que pensem em ocasiões nas quais sentiram que estavam em um lugar muito sagrado ou na presença de alguém muito espiritual.

Peça a um aluno que leia em voz alta Isaías 6:6–7. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que aconteceu com Isaías na visão. Diga que a brasa retirada do altar é um símbolo de purificação (ver Isaías 6:6).

De acordo com o versículo 7, o que o serafim disse que aconteceu com os pecados de Isaías? (Os pecados dele foram expiados, ou seja, foram removidos.)
O que vocês sentiriam se um mensageiro do Senhor declarasse que foram purificado de seus pecados? Por que sentiria isso?

Peça a um aluno que leia Isaías 6:8 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que o Senhor perguntou e o que Isaías respondeu.

Qual foi a reação de Isaías quando o Senhor o chamou a servir? (Explique aos alunos que, com essa pergunta, o Senhor estava chamando Isaías para ser profeta.)
Que efeito a consciência de que havia sido purificado dos pecados poderia ter sobre a disposição de Isaías para servir?
Pelo que você aprendeu nessa passagem de Isaías, como o fato de estarmos purificados de nossos pecados pode afetar nosso desejo de servir ao Senhor? (Talvez os alunos citem como princípio algo mais ou menos assim: Quando nossos pecados são perdoados, passamos a ter mais vontade de fazer o que Deus nos pede.)

Comente que, quando somos purificados de nossos pecados, passamos a ter mais desejo de servir ao Senhor e de ajudar outros a achegarem-se a Ele e purificarem-se.

Diga que Isaías 6:9–10 descreve as pessoas às quais Isaías fora chamado a pregar. Peça a um aluno que leia Isaías 6:9–10 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique como o Senhor disse que as pessoas receberiam a mensagem de Isaías.

De que forma o Senhor disse que as pessoas receberiam a mensagem de Isaías? [Elas rejeitariam sua mensagem e, portanto, endureceriam o coração e se tornariam espiritualmente surdas (“faze-lhe pesados os ouvidos”) e cegas (“fecha-lhe os olhos”). Sugere-se que você esclareça que o Senhor não queria que as pessoas endurecessem o coração nem se tornassem espiritualmente surdas e cegas. O que as palavras do versículo 10 descrevem é a forma como elas receberiam a pregação de Isaías: elas se recusariam a dar-lhe ouvidos.]

Isaías 7–9

Isaías faz profecias referentes a Jesus Cristo

Pergunte aos alunos se sabem o significado do próprio nome. Peça a alguns alunos que digam o que o nome deles significa. Depois, pergunte se alguém sabe por que os pais escolheram aquele nome e convide alguns alunos a dizer o motivo à classe.

Explique-lhes que muitas vezes o significado dos nomes de pessoas citadas nas escrituras nos ensinam princípios importantes. Peça a alguém que leia Isaías 7:3 e 8:1, 3 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e verifique que nome Isaías deu a seus dois filhos.

Que nome Isaías deu aos filhos?

Divida o quadro em três colunas, intituladas respectivamente Maer-Salal-Has-Baz, Sear-Jasube e Isaías. Escreva embaixo das respectivas colunas o significado de cada nome de acordo com o quadro abaixo.

Maer-Salal-Has-Baz	Sear-Jasube	Isaías
(1) Apressar-se ao despojo (à destruição) ou (2) apressurar a presa ou (3) a destruição é iminente	O remanescente retornará	(1) O Senhor é a salvação ou (2) Jeová salva

Peça a um aluno que leia Isaías 8:18 em voz alta. Peça aos alunos que acompanhem a leitura e identifiquem como Isaías via seu próprio papel e o de seus filhos para com os israelitas.

Diga que o nome de Isaías e de seus filhos eram sinais das grandes coisas que o Senhor faria a Israel. Esses nomes representavam três temas de destaque nos escritos de Isaías: (1) a destruição do povo caso os israelitas persistissem na iniquidade, (2) a coligação de Israel que retornaria à terra prometida e ao convênio de Deus e (3) o poder de Jesus Cristo para Salvar Seu povo.

Anote cada uma das seguintes referências em um cartão ou papel e entregue uma para cada aluno. (Se a classe for grande, pode haver mais de um cartão com a mesma referência. Se a turma for pequena, cada aluno pode receber mais de uma referência.)

Isaías 6:11–13	Isaías 8:15	Isaías 9:6–7
Isaías 7:14–16	Isaías 8:22	Isaías 9:13–16
Isaías 8:13; 16–17	Isaías 9:2	Isaías 9:18–21

Peça aos alunos leiam a escritura indicada no cartão que receberam e decidam a qual dos três temas ela se refere. Peça-lhes que, um por vez, resumam o que leram e o que acham que podem aprender com aquela profecia específica. Você pode pedir aos alunos que coloquem na coluna correspondente do quadro o cartão que receberam.

Diga que, devido à iniquidade do povo na época de Isaías, sua destruição era iminente.

Peça a um aluno que leia a seguinte história contada pelo Élder Russell M. Nelson, do Quórum dos Doze Apóstolos, de algo que aconteceu com uma mulher que ele e o Élder David S. Baxter conheceram. Peça aos alunos que pensem no que responderiam a ela.

“No ano passado, quando o Élder David S. Baxter e eu estávamos a caminho de uma conferência de estaca, paramos num restaurante. Depois, ao voltarmos para o carro, uma mulher nos chamou e se aproximou. Sua aparência descuidada nos constrangeu. Seu grau de desleixo era, para dizer o mínimo, extremo. Ela perguntou se éramos élderes da Igreja. Respondemos que sim. Sem pudores, ela começou a contar a trágica história de sua vida mergulhada no pecado. Naquele momento, com apenas 28 anos de idade, ela era muito infeliz. Sentia-se inútil, sem nenhuma perspectiva. Ao falar, seu espírito doce começou a aflorar. Com lágrimas nos olhos, perguntou se havia esperança para ela, alguma forma de sair daquele profundo poço e se reerguer” (ver “Arrependimento e Conversão”, A Liahona, maio de 2007, p. 102).

O que vocês diriam a essa mulher?

Explique aos alunos que, em Isaías 9, lemos a descrição de como Israel se afastou do Senhor e das consequências que viriam.

Peça a um aluno que leia Isaías 9:12, 17, 21 em voz alta. Peça à turma que acompanhe a leitura e identifique uma frase que Isaías repetiu ao alertar o povo quanto às consequências de seus pecados.

Que frase Isaías repetiu? (“Nem com tudo isto cessou a sua ira, mas ainda está estendida a sua mão.” Escreva essa frase no quadro.)

Explique aos alunos que Isaías pode ter empregado a frase “ainda está estendida a sua mão” com mais de um significado, pois o Senhor pode estender a mão para executar a justiça ou conceder a misericórdia. O primeiro significado pode referir-se ao fato de que o povo da época de Isaías sentiria o peso da mão do Senhor, sob forma de destruição, por não ter se arrependido de seus pecados (ver Isaías 9:13–16). Contudo, talvez Isaías também estivesse ensinando que o Senhor continuava a oferecer a esperança de misericórdia, caso o povo se arrependesse.

Quais princípios podemos aprender com a imagem da mão do Senhor estendida utilizada por Isaías? (Ainda que as respostas dos alunos variem, escreva as seguintes verdades no quadro: Se nos arrependermos, o Senhor está disposto a estender a mão, conceder-nos misericórdia e perdoar nossos pecados. A justiça divina exige que os pecados sejam punidos, mas a Expiação coloca em ação o plano de misericórdia que satisfaz as exigências da justiça.)

Leia o fim da história do Élder Nelson e peça aos alunos que ouçam com atenção para descobrir o que ele e o Élder Baxter ensinaram àquela mulher.

“‘Há, sim’, respondemos, ‘há esperança, e ela está ligada ao arrependimento. Você pode mudar. Pode ‘[vir] a Cristo e [ser aperfeiçoada] Nele’ (Morôni 10:32). Nós a exortamos a não procrastinar. Com humildade, ela soluçava ao nos agradecer com sinceridade” (“Arrependimento e Conversão”, A Liahona, maio de 2007, p. 102).

Como a imagem do Senhor com mão estendida (seja para executar justiça e castigar-nos ou para conceder-nos misericórdia) ajuda-nos a tomar a decisão de arrepender-nos e achegar-nos a Ele?

Peça aos alunos que meditem sobre o amor que o Salvador tem por eles e que considerem as coisas das quais precisam se arrepender. Testifique-lhes que o Senhor está disposto a estender-nos a mão e conceder-nos a misericórdia, se nos arrependermos.

Chame a atenção dos alunos para o nome de Isaías e de seus filhos e respectivos significados. Sugira-lhes que procurem as ocorrências desses três temas ao longo do estudo de Isaías.

Incentive-os a conversar com um amigo ou membro da família sobre os pontos que os impressionaram na aula de hoje.

Comentários e Informações Históricas

Isaías 9:12, 17, 21. “Nem com tudo isto cessou a sua ira, mas ainda está estendida a sua mão.”

Apesar de a frase “ainda está estendida a sua mão” poder representar a justiça divina que recairá sobre os iníquos, o Élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos, lembra-nos do lado dessa metáfora que simboliza a misericórdia:

“A todos vocês que se julgam perdidos ou sem esperança ou que creem ter errado demais por tempo demais, a todos os que se consideram atolados (…), esta conferência torna a proclamar a mensagem imutável de Jeová: ‘[Minha] mão ainda está estendida’ (Isaías 5:25; 9:17, 21). ‘Apesar de eu estender o braço sobre eles’, afirmou Ele, ‘[eles] me negarão; não obstante, serei misericordioso para com eles, (…) caso se arrependam e venham a mim; pois o meu braço está estendido o dia todo, diz o Senhor Deus dos Exércitos’ (2 Néfi 28:32). A Sua misericórdia dura para sempre e Sua mão está estendida. O Seu amor é o puro amor de Cristo, a caridade que nunca falha, a compaixão que subsiste mesmo quando todas as outras forças desaparecem (ver Morôni 7:46–47).

Testifico desse Jesus misericordioso que estende a mão e resgata. Testifico que esta é a Sua Igreja redentora alicerçada no Seu amor redentor” (ver “Novamente Surgiram Profetas na Terra”, A Liahona, novembro de 2006, p. 104).