Isaías profetizou que os iníquos seriam destruídos e os justos receberiam bênçãos grandiosas na Segunda Vinda do Salvador. Ele também testificou que o Salvador é o único alicerce seguro sobre o qual podemos edificar nossa vida.
Isaías descreve a destruição dos iníquos e dá graças ao Senhor pelas bênçãos aos justos
Diga que, na década de 1970, um professor fez uma experiência na qual mostrou um doce a diferentes crianças de três a cinco anos. Ele disse a elas que podiam comer o doce imediatamente ou, se esperassem 20 minutos, ganhariam dois doces. (Se quiser, você pode realizar essa experiência com seus alunos.)
O que vocês acham que a maioria das crianças fez?
Vocês acham que, quando eram da idade daquelas crianças, teriam esperado os 20 minutos? Por que sim? Ou por que não?
Cite algumas coisas que o Senhor pediu-nos que esperássemos. (Escreva as respostas dos alunos no quadro. Essa lista será utilizada posteriormente na lição.)
Peça aos alunos que, ao estudar Isaías 24–27, procurem princípios que os ajudem a entender por que é importante ter paciência e esperar até o Senhor conceder as bênçãos que promete.
Para resumir Isaías 24, diga que esse capítulo contém a profecia da destruição dos iníquos na Segunda Vinda. Depois, explique aos alunos que Isaías 25 louva ao Senhor de forma poética pelas bênçãos que Ele concede aos justos.
Peça a diferentes alunos que se revezem na leitura em voz alta de Isaías 25:1–4. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique as coisas que, segundo Isaías, o Senhor fez pelos justos.
O que Isaías disse que o Senhor fez pelos justos?
Diga aos alunos que Isaías 25:6–12 contém algumas profecias de Isaías quanto à alegria que os justos sentirão quando o Senhor voltar. Peça a um aluno que leia Isaías 25:6–8 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que o Senhor fará quando voltar. Peça aos alunos que relatem o que encontrarem.
Diga que a festa simbólica mencionada no versículo 6 representa a ideia de que pessoas de todas as nações serão convidadas a receber as bênçãos do evangelho.
De que maneira a imagem de uma festa é adequada para representar as bênçãos que as pessoas que aceitam o evangelho podem receber?
Chame a atenção dos alunos para a frase “e destruirá (…) o véu com que todas as nações se cobrem” no versículo 7. Essa profecia se refere aos nossos dias (ver Moisés 7:60–61). O “véu” de escuridão que cobre a Terra simboliza a falta generalizada de conhecimento acerca de Deus e de Seu evangelho, bem como a falta de fé Nele. Essas trevas são dissipadas pela luz da Restauração do evangelho de Jesus Cristo que, um dia, penetrará todas as nações (ver D&C 101:23).
De acordo com Isaías 25:8, o que o Senhor fará por Seu povo no Milênio?
Como o Salvador “[aniquilou] a morte para sempre”?
Em sua opinião, o que significa a afirmação que o Senhor “enxugará (…) as lágrimas de todos os rostos”?
Peça aos alunos que leiam Isaías 25:9 em silêncio e identifiquem o que o povo do Senhor dirá no Milênio.
O que o povo do Senhor dirá no Milênio?
Que princípio podemos aprender com esse versículo? (À medida que os alunos responderem, ajude-os a identificar esta verdade: Se esperarmos no Senhor, Ele nos salvará e teremos alegria. Você pode sugerir aos alunos que marquem as frases do versículo 9 que ensinam essa verdade.)
Diga que essa profecia de Isaías também se aplica ao esperarmos pelas bênçãos prometidas pelo Senhor.
Para nós, o que significa aguardar o Salvador?
Se possível, dê aos alunos um cópia da seguinte declaração do Élder Robert D. Hales, do Quórum dos Doze Apóstolos. Peça a um aluno que a leia em voz alta e peça ao restante da classe que acompanhe a leitura e identifique o que significa esperar (ou aguardar) pelo Senhor:
Mostre no quadro a lista das coisas pelas quais o Senhor pediu que esperássemos.
Vocês conseguem pensar em outras bênçãos do Senhor pelas quais talvez tenhamos que esperar? (Algumas respostas possíveis são: fé, respostas para orações, revelações, ajuda em sobrepujar a tentação, perdão, casamento, filhos, cura física ou espiritual, testemunho e respostas para questões difíceis.)
Vocês alguma vez tiveram que esperar para receber uma bênção? O que o Senhor queria que vocês fizessem antes de receber a bênção?
Por que valeu a pena esperar por essa bênção?
Peça aos alunos que usem o verso da declaração do Élder Hales, ou outro papel, para escrever uma meta de como serão mais fiéis em esperar no Senhor agora para receber bênçãos futuras e ter alegria. Peça-lhes que levem o papel para casa e o coloquem em um lugar onde o vejam sempre para se lembrarem da meta.
Para resumir Isaías 26–27, diga que Isaías testificou que podemos confiar no Senhor eternamente. Você pode sugerir aos alunos que marquem Isaías 26:4, que ensina como é importante confiar no Senhor. Isaías também empregou a metáfora da vinha para mostrar como o Senhor cuida de Seu povo.
Isaías profetiza a destruição de Efraim e testifica que Cristo é o alicerce seguro
Se possível, leve para a aula uma escada, uma pedra, um torrão de terra e uma semente (ou desenhe essas coisas no quadro). Mostre esses objetos e peça aos alunos que, durante o estudo de Isaías 28, verifiquem qual a relação dessas coisas com os princípios desse capítulo.
Peça-lhes que se imaginem tentando subir a escada de quatro em quatro degraus.
Em sua opinião, por que fica difícil subir uma escada de quatro em quatro degraus?
Diga que, em Isaías 28, lemos uma verdade ensinada por Isaías e que o iníquo Reino de Israel, ao norte, precisava entender. Peça a diferentes alunos que se revezem na leitura em voz alta de Isaías 28:9–10, 13. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique um princípio relativo a receber conhecimento e entendimento do Senhor. Para ajudar os alunos a entender melhor o conteúdo desses versículos, explique-lhes que o texto de Isaías 28:9 quer dizer que é preciso aprender a praticar o bem desde pequeno e que a última frase de Isaías 28:13 significa que, apesar de o Senhor ter ensinado Israel por meio de profetas, grande parte do povo se tornou apóstata.
Que princípio sobre como o Senhor revela a verdade aprendemos com esses versículos? (É possível que os alunos mencionem diversos princípios, mas certifique-se de que não falte esta verdade: O Senhor nos revela verdades mandamento sobre mandamento, regra sobre regra. Você pode sugerir que os alunos marquem as frases dos versículos 10 e 13 que ensinam esse princípio.)
O que são mandamentos? (São leis ou ensinamentos.) O que quer dizer a afirmação de que o Senhor revela a verdade “mandamento sobre mandamento” e “regra sobre regra”?
Qual é a relação entre essa verdade e a escada? (O Senhor nos revela a verdade um pouco por vez, assim como subimos a escada um degrau por vez.)
Peça a um aluno que leia em voz alta a seguinte declaração do Profeta Joseph Smith. Peça à classe que preste atenção nos motivos por que o Senhor revela as verdades aos poucos.
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Profeta Joseph Smith
“Não é sábio recebermos todo o conhecimento de uma só vez; mas devemos receber um pouco de cada vez; então poderemos compreendê-lo.
Quando subimos uma escada, somos obrigados a começar de baixo e subir degrau por degrau, até chegar ao alto; o mesmo acontece com os princípios do evangelho — devemos começar com o primeiro, e continuar subindo até que tenhamos aprendido todos os princípios de exaltação” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 280).
Em sua opinião, por que o Senhor nos revela verdades passo a passo, degrau por degrau?
Para resumir Isaías 28:14–15, diga que as pessoas achavam que não precisavam da palavra do Senhor, pois acreditavam que outras coisas as livrariam dos problemas que o futuro lhes reservava.
Mostre a pedra aos alunos. Pergunte-lhes por que, na construção de prédios, usam-se pedras nos alicerces.
Peça a um aluno que leia Isaías 28:16 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que Isaías diz da pedra sobre a qual Sião, ou a Igreja, seria edificada.
O que Isaías diz dessa pedra?
De que forma a pedra representa o Salvador? (Depois que os alunos responderem, escreva o seguinte princípio no quadro: O Salvador é o único alicerce seguro sobre o qual podemos edificar nossa vida.)
Para resumir Isaías 28:17–20, explique aos alunos que o Senhor disse aos habitantes do Reino de Israel, ao norte, que seriam varridos por acreditarem que podiam alicerçar-se sobre algo que não fosse o Salvador.
Mostre o torrão de terra aos alunos. Explique-lhes que o verbo “desterroar” (usado no versículo 24) significa desmanchar torrões de terra. Peça a um aluno que leia Isaías 28:24–26 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que Isaías diz que tem a ver com torrões de terra.
De acordo com os versículos 24–25 por que o lavrador lavra os campos? (Para desterroá-los, ou seja, para desmanchar os torrões de terra e, assim, preparar o solo para receber as sementes.)
Explique aos alunos que, da mesma forma que o lavrador precisa desmanchar os torrões de terra para afofar o solo antes de plantar as sementes, o Senhor muitas vezes nos dá experiências para ajudar-nos a preparar nosso coração para receber Sua palavra.
Mostre a semente aos alunos. Peça a um aluno que leia Isaías 28:27–29 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que Isaías disse a respeito das sementes. Explique à classe que ervilhaca, cominho e trigo são sementes e que “trilhar” é o mesmo que debulhar, ou seja, é um processo usado para retirar as sementes das vagens ou espigas.
O que Isaías disse sobre a forma como debulham (ou trilham) as sementes de ervilhaca e de cominho? (Não se usa o trilho, que é uma ferramenta específica para debulhar; em vez disso, usa-se uma vara ou um pau para sacudi-las, em um processo mais delicado.)
Em sua opinião, por que certas sementes precisam ser debulhadas de forma mais delicada?
De acordo com Isaías, como o trigo é debulhado? (Ele é “esmiuçado” ou “socado”, o que é um processo mais violento.)
Diga que essa analogia ensina que os agricultores sabem que diferentes tipos de semente precisam ser debulhados de forma diferente.
Que princípio aprendemos com essa metáfora sobre a forma como o Pai Celestial age para com seus filhos ? (Os alunos podem identificar vários princípios diferentes, inclusive esta verdade: Por conhecer cada um de nós individualmente, o Senhor concede-nos experiências talhadas especialmente para nós a fim de ajudar-nos a desenvolver-nos.)
Sugira que os alunos contem experiências próprias que ilustrem esse princípio. Considere a possibilidade de contar uma experiência sua.
“A menção a vinhos velhos nessa passagem é uma referência ao processo de produção de vinhos, no qual o vinho passa algum tempo armazenado para maturar. Durante esse período de maturação, a borra, ou sedimento, deposita-se no fundo do recipiente, e o vinho velho, com exceção dessa borra no fundo, fica ‘bem purificado’. Essa é uma metáfora para as muitas e sublimes bênçãos reservadas para os fiéis e obedientes” (Ed J. Pinegar e Richard J. Allen, Unlocking the Old Testament [Como Desvendar o Velho Testamento], 2009, p. 331).
O Élder Robert D. Hales, do Quórum dos Doze Apóstolos, contou esta história de como o Presidente David O. McKay aguardou ou esperou pelo Senhor:
“Quando jovem, o Presidente David O. McKay orou por um testemunho da veracidade do evangelho. Muitos anos depois, quando estava em missão na Escócia, o testemunho finalmente chegou. Mais tarde, ele escreveu: ‘Foi uma confirmação para mim de que a oração sincera é respondida ‘em seu devido tempo e lugar’ ’ ”(Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: David O. McKay, 2003, p. XVIII).
“Talvez não saibamos quando ou como as respostas do Senhor serão dadas, mas testifico que, no Seu tempo e a Seu modo, as respostas virão. Para algumas respostas, talvez tenhamos de esperar até a vida futura. Isso se aplica a algumas promessas de nossa bênção patriarcal e a certas bênçãos para nossos familiares. Não desistamos do Senhor. Suas bênçãos são eternas e não temporárias” (ver “Esperar no Senhor: Seja Feita Tua Vontade”, A Liahona, novembro de 2011, p. 71).
O Élder David A. Bednar, do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou o padrão segundo o qual o Senhor nos dá conhecimento espiritual:
“Acho que muitos de nós, sem perceber, encaram o padrão empregado pelo Senhor a partir de uma premissa falsa. Essa premissa falsa nos leva a expectativas errôneas quanto à forma de se conseguir conhecimento espiritual. Essa premissa falsa e nossas expectativas equivocadas acabam prejudicando nossa capacidade de reconhecer e seguir a inspiração do Espírito Santo. Acredito que muitos de nós tipicamente partem do princípio que receberão uma resposta ouinspiração se orarem e rogarem com fervor. Além disso, muitas vezes esperamos receber a resposta ou inspiração imediatamente e de uma só vez. Sendo assim, geralmente acreditamos que o Senhor nos dará uma RESPOSTA EXTRAORDINÁRIA, LOGO E DE UMA SÓ VEZ. Entretanto, o padrão descrito diversas vezes nas escrituras indica que receberemos ‘linha sobre linha, preceito sobre preceito [ou, seja, ‘regra sobre regra, mandamento sobre mandamento’]; em outras palavras, receberemos muitas pequenas respostas ao longo de certo período. Para recebermos a inspiração e ajuda do Espírito Santo, é importante que reconheçamos e entendamos esse padrão” (“Line upon Line, Precept upon Precept” [Linha sobre Linha, Preceito sobre Preceito], New Era, setembro de 2010, pp. 3–4; grifo do autor).